“Sou um jogador de contrato máximo na NBA”, crava Deandre Ayton

Pivô acumula atuações discretas na temporada pelo Blazers, mas garante merecer status na liga

deandre ayton contrato nba Fonte: Cameron Browne / AFP

Deandre Ayton desembarcou no Portland Trail Blazers, antes do início da temporada da NBA, com um contrato máximo e apresentando-se como “DominAyton”. O cartão de visitas gerou expectativa, mas, em quadra, a história foi bem diferente. Mesmo em uma equipe em reconstrução, o jovem pivô faz uma campanha discreta em números e produção. No entanto, ele não vê motivos para ter o seu status questionado.

“Eu sou um jogador de contrato máximo nessa liga. E nada mudou, pois está assinado e vai continuar assim. Por isso, no fim das contas, sei que não tenho nada a provar para ninguém”, sentenciou o jogador, em entrevista ao site Basketball Inteligence.

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Projetava-se que Ayton teria espaço e liberdade para emplacar a melhor temporada de sua carreira no Oregon. As estatísticas, no entanto, apontam para a direção contrária. Ele vem registrando a sua menor média de pontuação (12,7), por exemplo, desde que chegou à NBA. Cobra, além disso, menos de dois lances livres por noite na campanha. Ou seja, pode ser muito mais agressivo também.

“A minha prioridade é mostrar como a nossa equipe pode aproveitar-se do respeito que recebo dos oponentes. Afinal, eu não preciso ser o pontuador para causar impacto nos jogos. As defesas reagem a qualquer movimentação ofensiva minha, pois reconhecem como trabalhei desde que cheguei à NBA. Então, tudo gira em torno de mais do que apenas cestas”, argumentou o atleta de 25 anos.

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“Explosão”

Deandre Ayton recebeu o contrato máximo do Phoenix Suns, em 2022, mais como um tipo de estratégia na NBA do que convicção. Ele teve uma oferta do Indiana Pacers e, como resultado, a franquia precisava cobri-la para não perder o pivô. A equipe igualou, mas, um ano mais tarde, trocou-o. No Blazers, a expectativa de “DominAyton” não passou da apresentação. No entanto, ele não vê isso como um problema.

“Eu faço muitas coisas no ataque que pressionam as marcações. Faço bloqueios, finalizo pick-and-rolls, pego rebotes ofensivos. As defesas precisam reagir por causa da ameaça que represento no garrafão. Os nossos jovens, portanto, só devem entender como jogar quando estou no centro das ações. Posicionar-se bem para os arremessos e fazer os passes extras, por exemplo”, explicou o titular de Portland.

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O treinador Chauncey Billups até assume parte da culpa porque Ayton não se tornou a força dominante que esperavam no Blazers. “Deandre tem sido ótimo quando possui oportunidades de ‘explodir’ e dominar os jogos. Mas não foram tantas chances assim. Isso é algo em que devemos trabalhar, pois ainda temos uma equipe bem jovem que tenta encontrar o caminho das vitórias”, reconheceu.

Acidente

A temporada de Ayton, no entanto, também virou uma decepção por alguns acidentes. Lesões fazem parte da carreira de um jogador, mas não deixam de ser acidentes de percurso. Além disso, houve casos ainda mais estranhos. Na última semana, ele foi desfalque em um duelo porque ficou preso em casa durante uma nevasca. O pivô até ficou bravo após ser questionado sobre o assunto pelos jornalistas locais.

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“Eu pensei que já tivessem todas as informações necessárias sobre isso. Não tenho nada a dizer, pois foi exatamente o que noticiaram. Moro em um lugar complicado e não consegui sair de casa por causa da neve. Ponto final. Não houve barcos ou helicópteros que pudessem me resgatar naquela tarde. Tive que aceitar a situação e aceitar a derrota”, finalizou a primeira escolha do draft de 2018.

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