A chance da próxima temporada da NBA começar antes da virada do ano soa cada vez mais remota. Em entrevista à CNN nesta terça-feira, o comissário Adam Silver admitiu pela primeira vez que já não consegue ver o reinício da competição antes de janeiro de 2021. A notícia é uma decepção para torcedores, executivos e donos de franquias, que projetavam jogos na tradicional rodada de Natal.
“Esperávamos poder começar no Natal, mas acredito que estaremos em melhores condições iniciando a próxima temporada em janeiro. Esse é o meu melhor palpite no momento. O objetivo é realizarmos uma campanha padrão, com as 82 partidas e playoffs. Mais do que isso, nós queremos jogar nos ginásios locais e com fãs nas arenas”, afirmou o dirigente-mor da liga, sem abrir mão de calendário “cheio”.
Como reflexo dessa projeção mais “pessimista”, datas importantes da offseason já sofreram alterações: o draft desse ano já foi postergado para 18 de novembro e, consequentemente, a abertura da agência livre passará para o penúltimo mês de 2020. Mas, para os planos de retomada de Silver, ele mesmo já reconhece que janeiro do ano que vem possa ser um prazo otimista demais.
“Nossa prioridade é colocar os fãs de volta nas arenas. E ainda há muita coisa para aprendermos sobre testes rápidos, por exemplo, como maneira de recolocar público nos ginásios. Dá para garantir a segurança de todos? Existe muita informação ainda a absorver para tomarmos essa decisão, então, se pudermos adiar mais um pouco esse início para termos fãs, é isso que vamos buscar”, avisou o comissário.
Um problema sério que envolve o adiamento da temporada e a manutenção de sua extensão original (82 jogos) diz respeito ao ciclo olímpico. Isso significaria que boa parte dos jogadores da NBA – tanto norte-americanos, quanto estrangeiros – ainda estariam atuando em julho e não poderiam defender as seleções nacionais. Silver admite que esse é um dos grandes desafios do calendário que projeta.
“Há muitos jogadores norte-americanos para suprir um cenário em que os melhores atletas da NBA, por exemplo, não possam competir nas Olimpíadas. E, obviamente, o mesmo vale para outros países. Precisamos analisar a situação, mas são tempos únicos e teremos que encontrar uma ‘mescla’ que leve em consideração as duas competições”, apontou Silver, ainda sem solução para o provável impasse.
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