Em longa série de derrotas, Pistons faz história na NBA em novembro

Equipe de Detroit vive pior sequência de reveses de sua história e segue com pior campanha da liga

pistons derrotas história nba Fonte: Elsa / AFP

Vencer só duas de 19 partidas no início de uma temporada quase acaba com qualquer pretensão competitiva de uma equipe. Então, pelos lados do Michigan, a campanha já está quase condenada. O Detroit Pistons vive a sua maior série de derrotas de sua existência e, com isso, também fez história na NBA. Tornou-se o oitavo time a passar um mês de calendário da liga (com 15 ou mais jogos) sem vencer uma única vez.

“Eu acho que esse grupo tem problemas para lidar com adversidades, antes de tudo. A cada problema que aparece em jogo, você pode ver a equipe ‘encolhendo’ em quadra. Mas a única coisa que não podemos fazer é desistir. O nosso time quer acertar tudo e vencer. O meu trabalho é mostrar-lhes o caminho. Mas não fiz isso. A culpa é minha”, admitiu o técnico Monty Williams, antes do revés contra o New York Knicks.

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Nos últimos dias, Williams notabilizou-se pela revolta diante das 16 derrotas seguidas do Pistons. Ele criticou a postura dos jogadores e até acusou que o elenco não honrava a camisa da franquia. Por isso, curiosamente, a partida contra os nova-iorquinos mostrou uma luz no fim do túnel. O treinador ficou impressionado com a combatividade do time, que chegou a liderar o placar no último período contra o Knicks.

“Eu não sou um homem de vitórias morais, mas vi luta e resiliência em quadra hoje. Não faz muito sentido, pois não tem sido o nosso padrão recente. Mas tudo o que aconteceu hoje foi motivo de orgulho: a atuação, a energia, a produção. Apresentamos o senso de competitividade que desejamos ter todas as noites. É um jogo em cima do qual pode-se construir algo positivo”, apontou o experiente comandante.

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Alterações

A sequência de derrotas no calendário frenético da NBA forçou Monty Williams a tentar mudar essa história com alterações no Pistons. E, a princípio, a análise da performance contra o Knicks sinaliza que surtiu efeito. Jaden Ivey e Ausar Thompson perderam espaço, enquanto Killian Hayes e Isaiah Livers ganharam as vagas no quinteto titular. Mas o treinador garante que isso não foi uma crítica ao rendimento dos jovens.

“Quando um time perde tantas partidas, você precisa fazer mudanças. Precisamos fazer alterações porque temos que mexer em tudo. Vamos observar cada formação possível para, assim, buscar as melhores chances de vencer. Não só ganhar, aliás, mas evoluir como grupo. Acho que esse jogo foi um sinal positivo. Então, diria que mais mudanças estão por vir”, indicou o técnico, com a intenção de fazer mais experimentos.

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Em um elenco tão jovem, no entanto, as alterações devem ser geridas com cuidado. Afinal, os garotos costumam se decepcionar e ver um retorno ao banco de reservas como um “rebaixamento”. Williams revelou que conversou com os dois atletas antes de promover as mudanças. Ivey, em particular, entendeu a situação e viu o movimento com naturalidade.

“A decisão do treinador, para começar, não muda nada para mim. A minha mentalidade é entrar em quadra e fazer o meu melhor para vencermos. Isso não muda se for titular ou sair do banco, pois carrego uma visão positiva ao longo da minha vida. Não acredito que deva sentir ou intimidar-me, por exemplo, com uma mudança como essa. É algo natural nessa liga”, minimizou o jovem armador.

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Vaias da torcida

O Pistons luta agora não só para acabar com a série de derrotas e essa história negativa na NBA, mas para reconquistar os torcedores. Antes do jogo contra o Knicks, o time foi vaiado em partidas seguidas como mandante. A última, aliás, teve um revés por quase 30 pontos de diferença para o Los Angeles Lakers. Williams sabe que a equipe e o seu trabalho devem uma resposta positiva à torcida de Detroit.

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“As vaias não me incomodam porque é parte do basquete competitivo. Os fãs querem uma equipe para torcer e o nosso trabalho é oferecer isso. A minha missão é ajudar o elenco a superar esse momento. Já disse para todos aqui que uma forma de ganhar o respeito dessa liga, assim como na vida, é lutar nos piores momentos. Simplesmente não desistir”, refletiu o ex-treinador do Phoenix Suns.

No entanto, não há outro jeito de enfrentar a realidade a não ser encará-la de frente. Vai ser necessário um melhor basquete para dar a volta por cima, mas, além disso, mais regularidade e vontade também. “Quero que esses jogadores ganhem o respeito da nossa comunidade enquanto caras que brigam todos os dias. E, por enquanto, a verdade é que não mostramos isso de forma consistente”, cobrou Williams.

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Mais mudanças

A próxima mudança no quinteto titular do Pistons, aliás, já não é segredo para ninguém. O veterano Bojan Bogdanovic está recuperado de uma lesão na panturrilha e, assim, deve estrear na temporada nesse sábado. A tendência é que já seja titular nesse jogo contra o Cleveland Cavaliers. Williams acredita que o retorno do ala, para começar, vai ajudar a resolver vários problemas da rotação da equipe.

“Acho que Bojan, em primeiro lugar, vai nos trazer mais opções para o nosso sistema ofensivo. Mas ele também é um atleta que compete na defesa e serve como um líder dentro de quadra. É um veterano muito importante, para resumir. E, com um talento desse porte, nós não vamos ter que depender de tantos jovens atuando tantos minutos como aconteceu nesse início de temporada”, concluiu o técnico.

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