Sem Chris Bosh, futuro do Miami Heat fica nebuloso

Mesmo com chegada de Goran Dragic, carência de ala-pivô e problemas de saúde serão obstáculos

Fonte: Mesmo com chegada de Goran Dragic, carência de ala-pivô e problemas de saúde serão obstáculos
Issac Baldizon/Getty Images

Esloveno Goran Dragic não chegou a atuar ao lado de Chris Bosh (Foto: Issac Baldizon/Getty Images)

Até a temporada passada, muitos apontavam que faltava apenas um bom pivô e um bom armador ao Miami Heat. Na atual edição da NBA, após perder LeBron James, a franquia conseguiu preencher as duas posições: Hassan Whiteside vem obtendo números convincentes e Goran Dragic acaba de chegar para ser o articulador do time. Porém, com a embolia pulmonar de Chris Bosh, fica difícil acreditar no futuro do Heat em 2015.

Daqueles que compõem o quinteto titular, Chris Bosh está fora da temporada em função do problema pulmonar e Dwyane Wade acaba de se recuperar de uma lesão na coxa direita e não é possível precisar como o astro da franquia chegará na pós-temporada. Além disso, Luol Deng, apesar de ter jogado bastante nesta temporada, também costuma ter problemas de saúde (perdeu três jogos com dores na panturrilha em janeiro).

A chegada de Goran Dragic, através de uma troca que levou Norris Cole ao New Orleans Pelicans e Danny Granger ao Phoenix Suns, elevou o Miami Heat a um status mais alto e a equipe passou a ser vista como uma forte candidata a avançar nos playoffs. Porém, a confirmação de coágulos de sangue no pulmão de Bosh foi capaz de enxugar toda a empolgação.

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Diante da pouca participação de Dwyane Wade até aqui, Bosh vinha sendo o melhor jogador da franquia, obtendo números próximos àqueles que registrou na época em que vestia o uniforme do Toronto Raptors. Fica difícil imaginar um Heat forte nos playoffs sem o camisa 1. Com Bosh afastado, o time de Erik Spoelstra perde um jogador que, além de contribuir defensivamente, preocupa a defesa tanto no garrafão quanto no perímetro, visto que o ala-pivô apresenta bom arremesso de longa distância, com rendimento de 37,5% nas tentativas de três pontos nesta temporada (segunda melhor média em seus 12 anos de carreira).

Aos 34 anos, Udonis Haslem é o único ala-pivô saudável que restou no elenco atual do Heat, já que Shawne Williams foi envolvido na troca por Dragic e Josh McRoberts está inativo devido a uma lesão no joelho. Haslem, porém, dificilmente será capaz de substituir Bosh à altura. Nesta temporada, o veterano marcou mais de dez pontos em apenas três jogos.

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Haslem voltou a ser titular (Foto: Getty Images)

Há veículos internacionais apontando que o Heat tem potencial para sobreviver sem Bosh, com Wade liderando ofensivamente e Hassan Whiteside protegendo a área pintada como poucos são capazes. O pivô, que de fato vem mostrando atributos surpreendentes na defesa e no ataque, vai passar a ter uma responsabilidade maior sem a presença de Bosh. E, para um atleta que está começando na NBA, isso pode ser prejudicial.

Por outro lado, o time do sul da Flórida passa a contar com Dragic, que é um armador completo, apesar de não ser espetacular em nenhum quesito. Com o esloveno de 28 anos, há a crença de que com a bola nas mãos do armador algo vai acontecer. Anteriormente, com Norris Cole ou Mario Chalmers, isso não acontecia. Além disso, Henry Walker, que estava na D-League e acertou contrato de dez dias, mostrou desempenho incrível em seus primeiros jogos, inclusive cravando duas difíceis bolas de três nessa quarta-feira que levaram o duelo contra o Orlando Magic à prorrogação.

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Entretanto, para ser competitivo nos playoffs, o Heat precisará ter todos os seus atletas em plenas condições. O quinteto titular formado por Dragic, Wade, Deng, Haslem e Whiteside é bom. Mas, com a rotação, os homens do banco, muitos sem experiência, podem não ser capazes de manter o bom nível em uma fase decisiva. Ainda há enorme carência na posição quatro, difícil de solucionar. Por fim, o que se vê é um futuro nebuloso.

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