Fonte: David L. Nemec / AFPO sucesso financeiro e competitivo não caminham juntos no basquete, assim como em outros esportes. Existem atletas que conseguiram enormes salários durante a carreira, mas nunca venceram sequer um título de conferência. E muitos deles se veem como injustiçados hoje em dia. Tobias Harris, por exemplo, embolsou mais de US$200 milhões na NBA e nunca foi eleito para all-stars.
“Acho que já fiz ótimas temporadas e, como resultado, houve alguns anos em que tive argumentos para ser um all-star. Estar em um Jogo das Estrelas, certamente, é algo que você busca como jogador. Eu deveria ter sido eleito anteriormente. No entanto, após a primeira vez em que fui esnobado, eu meio que desencanei. Dane-se”, desabafou o ala do Philadelphia 76ers, em entrevista ao site HoopsHype.
Harris esteve cogitado para disputar o Jogo das Estrelas em passagens pelo Detroit Pistons e Los Angeles Clippers. Mas, desde que chegou na Pensilvânia, o panorama de sua carreira mudou. Ele passou a ser muito mais atacado pela produtividade em relação ao salário de mais de US$35 milhões anuais. O jogador entende a mudança e canalizou os seus esforços em outras direções.
“Só existem 12 jogadores de cada conferência que são eleitos all-stars, então é um negócio difícil mesmo. É o que todos dizem. Sei que muito disso tem a ver com o sucesso do time, por exemplo. Por isso, eu converti isso em uma motivação para levar as minhas equipes às duas primeiras colocações da conferência em que estiver. É isso”, contou o jogador de 31 anos.
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Contratos
O contrato de Harris, aliás, voltará a ser um tema constante na NBA nos próximos meses. Ele entra no último ano de vínculo e, com isso, prepara-se para tornar-se agente livre. Os rumores sobre cortes salariais e o seu desejo de seguir no Sixers vão tomar as manchetes. No entanto, com o passar da carreira, o ala adotou uma visão mais profissional das especulações no esporte.
“Eu não penso em meu novo contrato, pois só controlo o que posso controlar. Vou aos treinos todos os dias, sou profissional e trabalho em minha condição técnica. Essa é a minha 13ª temporada e, por isso, já aprendi que tudo gira em torno de vencer. É o que sempre digo para os garotos: nós precisamos ser o melhor time. Ganhar o máximo que puder”, garantiu o pontuador.
Um jogador que já ganhou US$211 milhões em salários não deve ter problemas de dinheiro. Por isso, ele está preparado para mostrar essa mentalidade em um novo momento da vida. “Você pode jogar em times ruins e fazer números ou ter chance de ganhar títulos. Preciso estar nessa segunda situação agora. Então, só quero o melhor cenário possível para vencer o maior número de jogos”, explicou.
Próximo merecedor
Os tempos de Tobias Harris pensar em all-stars na NBA, aparentemente, já ficaram para trás. É claro que ele ainda pode surpreender, mas a impressão é que as suas melhores chances já passaram. Até porque, no fim das contas, a liga vive de ciclos: uma nova geração chega para assumir o estrelato. O ala aposta que o próximo Sixer que veremos no Jogo das Estrelas é Tyrese Maxey.
“Eu acho que Tyrese é um all-star. Já é um jogador que acerta arremessos difíceis, mas, nessa temporada, aposto que vai mostrar a sua capacidade criando para os companheiros. É um garoto que converte tantos lances incríveis, saindo do drible, em movimento. Então, acredito que vamos ver uma evolução espetacular desse menino”, previu o veterano de Philadelphia.
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