Fonte: Reprodução / InstagramOs sul-sudaneses quase conseguiram uma vitória histórica sobre o Team USA durante os amistosos de preparação para as Olimpíadas. Mas, no torneio olímpico, o roteiro do jogo foi um pouco diferente. Os africanos perderam por 17 pontos para os norte-americanos, pela segunda rodada da competição. O técnico do Sudão do Sul, Royal Ivey, admite que foi um resultado normal diante dos “Monstars” dos EUA.
“A gente permitiu só três pontos para Stephen Curry. Jayson Tatum, por sua vez, só fez quatro. São dois dos melhores jogadores da NBA e conseguimos limitá-los. Geralmente, você ganha jogos quando faz isso. Mas não foi o bastante. Você faz tudo isso e alguém como Bam Adebayo, por exemplo, converte duas bolas de três pontos. São como os Monstars do outro lado”, avaliou o ex-armador Royal Ivey.
A partida entre as equipes não deveria atrair tanta atenção e seria um duelo protocolar, em condições normais. Mas, por causa do amistoso surpreendentemente equilibrado, ganhou ares de curiosidade. Ivey admite que, desde o primeiro minuto, notou que o jogo seria diferente. Como resultado, a postura do “azarão” deve ser mais valorizada do que o placar final.
“Eu disse para o pessoal que eles entrariam em quadra em alerta e bem físicos. Tivemos um início ruim, em síntese. E, quando você começa mal contra um bom time, fica muito difícil voltar para o jogo. Mas é preciso reconhecer que não desistimos. Nós não ficamos intimidados e, assim, até cortamos a diferença para 11 pontos. Seguimos competindo, mas não conseguimos voltar”, exaltou o assistente do Houston Rockets.
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Não foi amistoso
O jogo do torneio olímpico teve contornos bem diferentes do amistoso entre os times de semanas atrás. O Sudão do Sul foi para o intervalo com dígitos duplos de vantagem na partida anterior. Dessa vez, os estadunidenses já tinham 12 pontos de vantagem ainda no primeiro período. Os EUA converteram mais de 43% das tentativas de três pontos, além disso. Para Ivey, o rival estava mais bem preparado nesse encontro.
“Naquele amistoso, eles não estavam prontos para nos enfrentar. Entramos em quadra tentando dar uns socos, mas quase conseguimos um nocaute. Dessa vez, acredito que estavam preparados. Compreenderam o que queríamos fazer. Eles não só bloquearam, mas contra-atacaram cada investida que fizemos. Virou uma competição complicada para nós”, admitiu o treinador.
Ivey assegura que o plano de jogo dos sudaneses, a princípio, foi aplicado em quadra. A diferença considerável de talento foi o problema do duelo. “Eles nos derrubaram, mas levantamos e fomos resilientes. Embora não tenha sido um desempenho do nível que gostaríamos, estou orgulhoso do time. Todos fizeram o que planejamos, jogamos sem medo, mas só não foi o bastante”, reconheceu.
Monstar amigo
Royal Ivey está em uma situação interessante quando fala sobre o Team USA. Ele pode ser o técnico do Sudão do Sul hoje, mas atuou com vários “Monstars” dos EUA em sua carreira de uma década na NBA. Uma situação curiosa ocorreu durante o jogo, quando “bateu boca” com Kevin Durant. Afinal, os dois foram companheiros de elenco no Oklahoma City Thunder.
“Eu não vou mentir: foi só amor fraternal. Eles estavam cometendo faltas, nós fizemos uma falta em Kevin e ele disse para jogarmos basquete. Eu sou competidor e, por isso, respondi. A gente trocou umas provocações, mas ele é quase um irmão para mim. Adoro esse cara e sei que o sentimento é mútuo. Agora, o nosso foco vai se direcionar para o jogo contra a Sérvia”, concluiu um tranquilo Ivey.
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