Fonte: Andrew D. Bernstein / AFPRussell Westbrook chegou ao Los Angeles Clippers, já na reta final da última temporada, sob várias críticas e dúvidas. O astro, afinal, era um atleta em baixa que exige alto volume ofensivo e difícil encaixe. Mas, em quadra, o resultado foi uma surpresa até para os mais otimistas. O técnico Tyronn Lue, por exemplo, acredita que a contratação do armador salvou a temporada da franquia.
“Eu adorei Russell desde o primeiro dia porque é um atleta durão. O foco e força mental dele são incríveis. Todos os jogadores que foram contratados durante a temporada, aliás, foram muito bons. Mas Russell é diferente. Ele simplesmente assumiu a equipe quando Paul George lesionou-se. O que fez nas 20 partidas finais da campanha, por exemplo, salvou o nosso ano”, exaltou o treinador.
Westbrook deu uma ótima resposta em quadra para o Clippers, mas há também quem critique a sua conduta no dia-a-dia. Outro questionamento, aliás, que Lue não consegue entender. O relacionamento entre ambos foi espetacular até agora. Por isso, ele comemorou muito ao saber que o armador aceitou uma proposta financeira modesta para seguir na equipe angelina.
“Eu amo trabalhar com Russell. Nós temos uma ótima relação, mas, na verdade, vai muito além disso. Sentimos que temos um laço de real confiança porque eu posso falar verdades para ele e vice-versa. Então, fiquei muito feliz em saber de sua permanência. Tudo o que Russell quer, por fim, é ouvir a verdade das pessoas”, garantiu o ex-jogador.
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Entrega
Westbrook é um jogador que, para resumir, suscita sentimentos extremos. Tem um número enorme de defensores e, ao mesmo tempo, uma legião de críticos. O seu estilo de jogo define-se por uma entrega incondicional, antes de tudo. Lue entende que, em um time instável, a regularidade de comportamento e exemplo do craque é muito importante.
“Russell, em primeiro lugar, deixa tudo em quadra todas as noites. Mas é mais do que isso. Ele joga todas as noites, não fica fora de jogo nenhum, e sempre com a mesma postura agressiva. É difícil contratar um atleta e saber precisamente o que ele vai entregar. Com Russell, no entanto, é assim. É sempre o máximo, todas as noites”, elogiou o comandante angelino.
E, se depender de Lue, isso não vai mudar. A intenção do treinador, afinal, é criar uma equipe que aproveite, não limite o ímpeto do astro. “Eu fiz uma reunião com Russell antes da contratação e expliquei como gostaria de utilizá-lo. Ele não teve uma objeção, pois só queria jogar. Trabalhamos, desde então, para que possa ser si mesmo – e nada mais – em quadra”, explicou.
Temporada regular
A postura de Russell Westbrook, de certa forma, destoa da forma como os outros astros do Clippers encaram a temporada regular. George e Kawhi Leonard estão constantemente lesionados e, por isso, têm a reputação de atletas com quem já não se pode contar. Leonard, além disso, afirmou que só se importa mesmo com playoffs. Lue sugere que gostaria que eles fossem mais como o armador.
“Kawhi e Paul querem jogar, mas não decidem se podem ou não estar lá. A nossa equipe médica é quem bate o martelo. No entanto, uma coisa que já disse para ambos é que precisamos levar a temporada regular à sério. As pessoas até dizem que não importa, mas não é bem assim. Isso define quem vamos enfrentar, ter mais jogos em casa, evitar o play-in”, alertou o técnico.
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