Rudy Gobert: “Não vou esquecer como fui esnobado no Jogo das Estrelas deste ano”

Pivô do Jazz acostuma-se com noção de que especialista defensivos são menos valorizados do que pontuadores

Fonte: Pivô do Jazz acostuma-se com noção de que especialista defensivos são menos valorizados do que pontuadores

Os números não deixam mentir: Rudy Gobert está em meio à melhor temporada da carreira na NBA. O pivô do Utah Jazz vem registrando as maiores médias pessoais de pontos (15.4), rebotes (12.8) e assistências (2.1) na atual campanha, liderando mais um bem-sucedido ano da franquia. No entanto, o fato de ter sido esnobado na convocação do Jogo das Estrelas não é algo que tenha “absorvido” ainda.

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“Definitivamente, eu não vou esquecer o que aconteceu. Tudo serve de motivação. Todos sabem que não entro em quadra para ser selecionado para um evento, mas é uma situação em que você questiona o que mais precisa fazer. Fiquei frustrado, não surpreso, com a notícia. Acho que sempre tive a sensação do que estava por vir”, contou o jogador francês, em uma longa entrevista ao site HoopsHype.

Gobert é amplamente reconhecido por seu impacto defensivo nas partidas, sendo o atual vencedor do prêmio de melhor defensor da NBA. Nesta temporada, o atleta de 26 anos é dono da quarta maior média da liga em tocos (2.3). O treinador Quin Snyder já declarou que o pivô também é o jogador ofensivo mais importante do Jazz, mas ele não espera receber tal reconhecimento do grande público.

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“Há muitas coisas, nos dois lados da quadra, que não aparecem nas estatísticas. As minhas contribuições, por isso, sempre serão subestimadas. O cara que não assiste aos jogos abre o boxscore e faz seu julgamento, mas aquilo não mostra tudo o que ocorre em uma partida. É assim que funciona – e, por isso, só me foco em vencer. Sempre será o mais importante”, afirmou o titular de Salt Lake City.

A ausência no Jogo das Estrelas e a pouca atenção que Gobert recebe durante sua melhor temporada na liga apenas expõem um fato que ele já havia constatado no passado: marcadores de elite não têm status (minimamente) semelhante ao dos grandes cestinhas na NBA. E, sobre isso, o especialista defensivo acredita poder fazer muito pouco. É uma situação que precisa simplesmente aceitar.

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“Defensores nunca vão receber a mesma atenção dos pontuadores porque os fãs gostam de ver ataque, cestas. Isso é o que vende. Marcar um caminhão de pontos, fazer enterradas plásticas e lances de efeito, sempre será mais divertido aos olhos do público. É frustrante para mim, claro, mas sempre vai ser assim. Não deveria ser, mas é como as coisas funcionam”, admitiu um resignado Gobert.

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