A vida sem o astro Gordon Hayward já começou para o Utah Jazz. E, para quem imaginava uma reconstrução de elenco, os novos planos foram surpreendentes. O gerente-geral Dennis Lindsey recusou-se a desfazer o núcleo formado nos últimos anos por conta da saída da principal referência do grupo e continuou reforçando-o visando competir na conferência Oeste. A única coisa que mudou para o executivo foi a peça central de seu planejamento.
“Nós simplesmente sentimos ter talento demais para recomeçar do zero. Sentimos que podemos construir defensivamente em torno de Rudy. Nós o vemos como um dos dez melhores jogadores da NBA e um defensor único, na verdade. Temos um grande jogador e vamos apostar em suas habilidades. Queremos estruturar nosso futuro centrado nos talentos dele”, explicou o dirigente, em recente entrevista ao jornal The Salt Lake Tribune.
Acreditando possuir um dos melhores atletas da NBA no garrafão, Lindsey agora vai focar seus esforços no desenvolvimento dos talentos de perímetro. O GM selecionou o ala-armador Donovan Mitchell na loteria do draft deste ano e trouxe o armador Ricky Rubio para reforçar sua base de jovens jogadores que já possuía. Ele admite que outros reforços estavam ao alcance, mas a prioridade do Jazz é trabalhar quem já está no elenco.
“Havia alguns jogadores talentosos disponíveis no mercado para nós, mas estamos mais comprometidos a deixar Ricky ter a bola nas mãos e Rodney [Hood] ser o ala ofensivo que possui potencial para ser, alguém que anote uns 18 pontos por jogo. Não queríamos trazer ninguém que fosse ser um obstáculo ao desenvolvimento deles, de Donovan ou Dante [Exum]”, argumentou o executivo, exaltando os atletas que já fazem parte do time.
O Jazz finalizou sua melhor temporada em quase uma década e, sem Hayward, a tendência é que não voltem a repetir o desempenho do primeiro semestre. Mas, para Lindsey, esse grupo pode quebrar os prognósticos. “Estamos empolgados e podemos surpreender. Só queremos que os jogos comecem logo para podermos competir e analisar nosso nível comparado aos melhores”, concluiu o gerente-geral, confiante no sucesso da vida sem Hayward – mas com Gobert.
