O Jumper Brasil dá sequência à série “Prospectos do Draft 2024″ com o ala Ron Holland II. O atleta foi o cestinha do G League Ignite na última temporada e, por enquanto, surge como uma provável escolha de loteria do recrutamento. Confira a análise do site para o talento de 18 anos.
Ron Holland
Idade: 18 anos
País: EUA
Time: G League Ignite (EUA)
Posição: ala
Altura: 6’8″ (2,03m)
Envergadura: 6’10.75’’ (2,10m)
Peso: 89,4 kg
Médias nesta temporada (G League): 19,5 pontos, 6,6 rebotes, 2,9 assistências, 2,3 roubos de bola, 0,9 toco, 3,2 turnovers, 44,3% nos arremessos de quadra, 24% nas bolas de três pontos (com 3,6 tentativas por jogo) e 75,7% nos lances livres (com 5,0 tentativas) em 33,6 minutos por jogo
Atributos físicos e atléticos
– Holland, antes de tudo, possui ótimas estatura e envergadura para um ala profissional. Além disso, é provável que esteja apto a jogar como um ala-pivô em formações mais baixas e leves na NBA;
– Trata-se de um atleta de elite, para resumir: explosivo em espaço curto e rápido em quadra aberta. Dessa forma, protagonizou algumas jogadas e enterradas incríveis na temporada passada;
– Não parece forte em um primeiro momento, mas joga de forma mais física do que o corpo sugere. Lida muito bem com o jogo de contato, o que ficou comprovado contra profissionais na G League.
Ataque
– Prospecto bem agressivo com a bola nas mãos, pois recebe um passe já pensando em atacar a cesta. Pode nem sempre ser assertivo, mas há muito valor em jogadores que colocam pressão nas defesas e aro o tempo inteiro;
– Quer impor velocidade ao jogo durante os 48 minutos e, por isso, revela-se um terror operando em transição. É muito veloz para um ala com a posse da bola e, ao mesmo tempo, preenche linhas de passe sem ela;
– A sua disposição para o contato resulta nos 5,0 lances livres por partida na temporada da G League, contra profissionais. E converteu quase 76% deles, ou seja, também os aproveita em bom nível;
– Qualidade como slasher, como resultado, faz com que a movimentação sem a bola de Holland seja menosprezada. Não deveria, pois é um cutter bem inteligente, ágil e com alto aproveitamento na temporada passada;
– É um reboteiro defensivo, em particular, acima da média para a posição. Oferece o bônus de pegar a bola e iniciar o ataque rápido porque gosta de driblar em velocidade e aproveitar quadra aberta;
– Holland exibe alguns flashes de visão de quadra mais apurada em situações de drive and kick. Essa é uma virtude que pode ser potencializada na NBA por causa do melhor espaçamento de quadra do jogo;
– Precisamos avaliar a sua eficiência e estilo de jogo, mas também não relativize demais. Esse é um prospecto de 18 anos que marcou quase 20 pontos por jogo atuando contra profissionais na G League. Não é algo fácil.
Defesa
– Defensor versátil no um contra um que pode marcar até quatro posições por causa dos seus atributos físico-atléticos. Mostrou-se confortável, assim, com as trocas de marcação no perímetro na G League;
– Estamos falando de um quebrador de linhas de passe de elite, o que se traduz em sua média de 2,3 roubos de bola. Ele possui um ímpeto agressivo em ponto de ataque e faz bom uso da envergadura;
– Mas é um melhor marcador individual ou em cima do homem da bola do que coletivo. Apresenta, assim como vários atletas jovens, a tendência a “perder-se” nas ações por ficar atento demais à bola;
– Holland pode até não ser um defensor com uma compreensão e leitura apurada em coberturas e jogadas, mas esforço e entrega nunca lhe faltam. Trata-se de um marcador mais instintivo e disposto do que brilhante.
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Pontos fracos
– Não dá para ignorar, antes de tudo, que o G League Ignite foi um verdadeiro desastre na última temporada. O time venceu só duas partidas na campanha e, queira ou não, Holland era a referência do elenco;
– É um finalizador em torno do aro menos eficiente do que as ferramentas físico-atléticas poderiam sugerir. Eu acho que lhe falta uma compreensão mais apurada de ângulos e tomada de decisão sobre quando atacar;
– Holland é um arremessador ruim de longa distância, apesar do alto volume. Converteu menos de 25% das suas tentativas na G League, enquanto contava com uma mecânica muito instável. Suspeito que nunca vá ser um chutador em alcance;
– Falta-lhe, por enquanto, um controle de bola mais avançado e recursos de mudança de direção para criar separação de defensores. Está mais confortável em receber o passe e driblar em direção ao aro rapidamente;
– Distribuiu menos assistências do que cometeu erros de ataque na temporada passada. Não acho que Holland seja um passador de qualidade e, mais do que isso, há dúvidas se processa o jogo rápido o bastante;
– Aliás, o prospecto foi uma máquina de turnovers enquanto atuou com a bola nas mãos pelo Ignite. Ficou evidente que, no momento, ainda não tem a maturidade ou polidez para ser um point forward;
– Vai precisar passar por um ajuste em seu papel ofensivo no próximo nível, certamente. A NBA é complicada para alas que não espaçam a quadra e precisam da posse para impactar o ataque, enquanto não são bons passadores.
Conclusão
Holland iniciou a temporada como um candidato à primeira escolha do draft. Mas, assim como aconteceu com Matas Buzelis, as suas chances naufragaram com o projeto do G League Ignite. O seu jogo, a princípio, sempre esteve mais fincado nos atributos físico-atléticos e instintos do que fundamentos. Ele até tem a postura e esforço para adaptar-se a um menor protagonismo na NBA, mas será que possui a técnica?
Comparações: Jaylen Brown (Celtics) e Tari Eason (Rockets)
Projeção: loteria (TOP 14)
Confira alguns lances do prospecto do Draft 2024, Ron Holland
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