A grande história do início da temporada 2015-16 da NBA é a possibilidade do Golden State Warriors quebrar os recordes de vitórias na história da liga. Além de estar perto da marca de 16 vitórias seguidas nos primeiros 16 jogos, o time é visto com grande chance de conquistar 72 ou mais triunfos, ultrapassando o número do Chicago Bulls de 1995-96.
Na última semana, Ron Harper e Dennis Rodman – titulares da equipe recordista do Bulls – responderam com indiferença sobre o sucesso do Warriors na atual temporada. Porém, o segundo ainda aproveitou a chance para dar mais uma declaração polêmica, agora sobre o Dream Team.
“Isiah Thomas deveria ter jogado do Dream Team no lugar do Larry Bird”, afirmou o ex-ala-pivô em entrevista à rádio SiriusXM. “Mesmo que as pessoas tentem negar ou dizer que eu estou errado, o fato é que Larry estava machucado, mal conseguia jogar, e estava no último esforço da carreira”.
De fato, a ausência de Thomas no primeiro time profissional da seleção norte-americana é uma das maiores polêmicas da história do basquete no país, ainda mais, com a presença de Christian Laettner – recém recrutado para a NBA – no time.
No documentário oficial sobre o Dream Team, Jordan confirmou que uma das condições para aceitar o convite da USA Basketball era a não convocação de Thomas, posição apoiada pelo ex-companheiro Scottie Pippen. Também deixado de lado, Rodman preferiu não envolver Jordan em sua declaração.
“Não sei qual era o problema do Jordan, Magic Johnson e Charles Barkley com o Isiah, mas para mim ele deveria ter jogado no Dream Team. Eu entendo o tratamento presidencial para o Bird, uma vez que ele fez tanto pelo jogo, mas para mim Isiah deveria estar no time”.
Antes dos Jogos Olímpicos de Barcelona, a rivalidade entre Detroit Pistons e Chicago Bulls era uma das maiores na NBA, e naquela época, Rodman estava do lado dos Bad Boys de Michigan. O ex-ala-pivô pode não se lembrar, mas os confrontos físicos e as diversas provocações entre Jordan e os jogadores do Pistons resultaram no problema entre Thomas e o astro do Bulls.
Com 36 anos em 1992, Larry Bird foi um dos primeiros nomes procurados pela entidade americana, mesmo após disputar sua última temporada na NBA. Tricampeão, três vezes MVP e 12 vezes selecionado para o Jogo das Estrelas, Bird é considerado ao lado de Magic Johnson um dos propulsores da NBA na década de 80. Sua convocação para o Dream Team não havia sido questionada, pelo menos, até a declaração de Rodman.
Mesmo sem Isiah Thomas, a seleção de basquete norte-americana de 1992 é uma das maiores e melhores equipes da história dos esportes coletivos.
