Fonte: Jed Jacobsohn / AFPOs torcedores e fãs de um esporte sempre gostam de ver um atleta habilidoso em ação. Muitas vezes, aliás, é mais prazeroso ver um jogador técnico do que alguém completo ou vencedor. O veterano Austin Rivers utiliza dois nomes bem discutidos recentemente para mostrar essa diferença. Ele crava que, por exemplo, o criticado Jordan Poole tem muito mais habilidade do que o destaque Austin Reaves.
“Eu adoro o estilo de jogo e talento de Austin, antes de tudo. Mas realmente é bem menos habilidoso do que Jordan. Não estão nem em uma mesma prateleira, aliás, em termos de habilidade. A capacidade de criar arremessos e o alcance de Jordan são loucos. Sou um fã de Austin, então não me entenda mal. Mas, nesse quesito, não estão nem perto”, avaliou o ala-armador, em entrevista ao site The Ringer.
Poole e Reaves, realmente, vivem momentos bastante distintos. O primeiro foi uma decepção pelo rendimento nos playoffs, após assinar uma extensão de contrato com o Golden State Warriors. O segundo, por sua vez, vai ser agente livre após ter sido um dos principais jogadores do Los Angeles Lakers finalista do Oeste. O veterano admira, sobretudo, a postura do titular angelino dentro de quadra.
“A maior virtude de Austin, em síntese, é a sua agressividade em quadra. Ele ataca cada vez que pega a bola. Pode até cometer erros e errar arremessos, mas não se deixa parar. Não é o mais rápido, atlético ou técnico, mas pode fazer um pouco de tudo com atitude. Um cara que agride o tempo inteiro e eu amo isso. É, acima de tudo, um competidor”, elogiou o hoje jogador do Minnesota Timberwolves.
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Participação
Mas, se Jordan Poole é tão mais habilidoso, por que é tão mal quisto em relação a Austin Reaves? Para Rivers, antes de tudo, é uma questão de participação. Afinal, como cada um desses jogadores participa de em uma partida? Os dois são muito diferentes, nesse sentido. Um até pode ser o melhor jogador de basquete em um vácuo, mas o outro é quem mais impacta um jogo.
“O ponto é que a habilidade passa longe de ser tudo. É só metade, na verdade, do que importa em um jogador. E o que Austin perde em habilidade, certamente, ele compensa em dedicação. O esforço que entrega nos dois lados da quadra e todas as funções que pode exercer da mesma forma, também o separam de Jordan”, apontou o filho do treinador Doc Rivers.
Os astros da NBA, via de regra, são incríveis reservas técnicas. Na NBA atual, no entanto, o que compõe um elenco em torno dessas referências mudou muito. É mais sobre saber complementar do que propriamente ser o melhor.
“Esse atleta joga da forma correta? Pode, além disso, encaixar-se em diferentes sistemas na NBA? Consegue cavar faltas e, assim, chegar à linha do lance livre? Atua com eficiência e, ao mesmo tempo, sabe o seu papel em um time? Os seus companheiros gostam dele? Esses são muitos fatores que pesam tanto quanto habilidade para um jogador ter e ajudar no sucesso”, explicou o veterano.
Escolha
Anteriormente, nós dissemos que os torcedores costumam preferir ver um atleta de habilidade do que alguém mais sólido. Mas, dentro do dia-a-dia NBA, isso tanto faz. O que importa, no fim das contas, é quem o técnico vai escalar. E Rivers sabe que, a princípio, a preferência sempre vai ser pela consistência. Austin Reaves, por isso, deve estar mais em alta do que Jordan Poole também entre os treinadores.
“Austin cumpre várias funções em quadra e, mais do que isso, oferece um basquete sólido. Essa é a sua força. Jordan pode até ser um jogador melhor, mais técnico, mas é bastante errático. Entrega 30 pontos em uma noite e, depois, dois pontos. Os altos são lá no topo, enquanto a baixa é o fundo do poço. O treinador escolhe Austin, pois ele é simplesmente consistente”, finalizou o ala-armador do Twolves.
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