Revisão da temporada – Houston Rockets

Equipe alcançou TOP 4 do Oeste com reforço de Dwight Howard, mas tropeçaram nos playoffs

Fonte: Equipe alcançou TOP 4 do Oeste com reforço de Dwight Howard, mas tropeçaram nos playoffs

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Houston Rockets (54-28)

MVP do time na temporada: James Harden – 25.4 pontos, 4.7 rebotes, 6.1 assistências, 1.6 roubo de bola e 45.6% de aproveitamento nos arremessos de quadra.

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Pontos positivos:

– O Rockets se notabilizou por ser um time ofensivo e veloz. O time teve o quarto ataque mais eficiente (108.6 pontos a cada 100 posses de bola) atuando no quinto ritmo mais rápido (98.8 posses de bola por partida) da última temporada.

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– Um dos trunfos texanos na campanha foi o desempenho nos rebotes. Seus 45.3 rebotes por jogo e taxa de 52.1% rebotes coletados por duelo foram, respectivamente, quarta e segunda melhores marcas da liga.

– O sucesso no garrafão passou por Dwight Howard. Reforço da franquia, o pivô mostrou-se mais saudável e participativo em Houston do que na sua breve passagem pelo Los Angeles Lakers. Subiu ainda mais de produção nos playoffs, apesar da derrota na primeira rodada.

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– Entusiasta das estatísticas avançadas, a equipe está alcançando a meta de limitar ao máximo os arremessos de média distância – considerados menos eficientes. Na última temporada, 85.35% dos chutes de quadra tentados foram em torno da cesta ou para três pontos.

– Poucas franquias usam a D-League de forma tão exemplar quanto o Rockets. O Rio Grande Valley Vipers serve não apenas para desenvolver e descobrir jovens talentos, mas também como laboratório para experiências táticas a serem implantadas na NBA.

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Pontos negativos:

– Em termos de eficiência, a defesa do Rockets não foi tão ruim (12º). No entanto, o time sentiu falta de um ala defensivo no elenco e teve problemas marcando matchups específicos durante a temporada inteira – LaMarcus Aldridge na primeira rodada dos playoffs, por exemplo.

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– Proteção da bola e passes foram um obstáculo no sucesso de Houston. A equipe foi a sétima que menos trocou passes por jogo (292.7) e teve o oitavo pior índice de posses finalizadas em assistências (16.2%). Além disso, cometeu erros de ataque em 14.6% de suas posses, terceira pior marca da liga.

– James Harden foi o MVP do time no ano e consolidou-se como um dos principais jogadores ofensivos da NBA, mas sua falta de esforço na defesa virou motivo de piada ao redor da liga. Não é a postura que se espera de uma referência técnica.

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– As estatísticas avançadas também têm seus aspectos negativos: a insistência em investir no garrafão e em arremessos de três pontos torna os comandados de Kevin McHale mais previsíveis e menos versáteis.

– Ninguém arremessou mais bolas de três e lances livres do que o Rockets na temporada, mas a equipe não esteve no TOP 15 em aproveitamento nos dois quesitos. Quantidade sem qualidade ainda é eficiência?

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Análise

Com a chegada de Dwight Howard, o Rockets se apresentava como um emergente candidato ao título no início da última temporada. Não era um elenco perfeito, mas tinha poder de fogo o bastante para encarar alguns dos “gigantes” da liga. Pelo menos durante a campanha regular, a equipe correspondeu às expectativas em termos de resultados. Foi um time que usou seus principais talentos para propor um jogo de execuções rápidas e impor um ritmo desenfreado aos oponentes. Jogando e deixando jogar, eles venceram 54 jogos e chegaram aos playoffs com vantagem de mando de quadra. Mas pagaram o preço pelo estilo de jogo quando não podiam.

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Nos playoffs, o Rockets parecia ter encontrado o adversário perfeito no Portland Trail Blazers: uma equipe muito ofensiva com defesa frouxa, que joga e deixa jogar. Era uma disputa entre francos atiradores em que os texanos foram fragilizados pelas circunstâncias: James Harden caiu de produção e Patrick Beverley (único defensor do perímetro) “lutava” contra uma lesão. Enquanto isso, do outro lado, Damian Lillard teve passe livre para atuar e LaMarcus Aldridge “destruiu” o oponente por boa parte da série nos arremessos de média distância.

Faltou algo mais sólido, um time mais organizado em Houston para superar as adversidades e confirmar a superioridade que o recorde, vantagem de mando de quadra sugeriam.

 

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Futuro

A decisão de tornar Chandler Parsons agente livre desencadeou uma série de mudanças no Rockets. Ele foi o único titular que saiu, mas grande parte do banco de reservas (Jeremy Lin, Omer Asik, Omri Casspi, Jordan Hamilton) também se foi em negociações e decisões que – direta ou indiretamente – tiveram ligação com a saída do ala. O jogo continua, mas as peças espalhadas no tabuleiro vão mudar bastante.

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Parsons é um melhor jogador do que o substituto contratado, Trevor Ariza, mas o novo reforço encaixa-se na proposta da equipe e traz o ala defensivo que parecia uma carência importante na última temporada. A reposição no banco é muito mais complicada de se avaliar, uma vez que chegam incógnitas vindas do basquete europeu (Joey Dorsey, Kostas Papanikolaou) e segue a aposta em jovens talentos (Isaiah Canaan, Nick Johnson).

Com Harden e Howard, é difícil imaginar que o Rockets não alcance 50 vitórias e esteja na disputa por mando de quadra no Oeste. Quase tudo que envolve a dupla, porém, é um ponto de interrogação que pode levar o time de mais uma eliminação na primeira rodada à disputa real do título. Atletas como Beverley e Terrence Jones vão continuar em evolução? Os reforços vindos da Europa vão se encaixar bem? Ariza pode manter a produção do primeiro semestre? Houston ainda parece ser uma certeza. Até certo ponto.

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