Retrospectiva: os melhores e os piores da NBA em 2022

Listamos tudo de bom (e ruim) que aconteceu no ano

melhores piores NBA 2022 Fonte: ELSA / AFP

O ano de 2022 acaba hoje e, em retrospectiva, vamos mostrar os melhores e os piores acontecimentos da NBA.

A melhor troca

Indiana Pacers e Sacramento Kings protagonizaram uma troca que foi boa para os dois lados. Tem noção do quanto isso é raro?

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De um lado, Domantas Sabonis, duas vezes All Star. Do outro, Tyrese Haliburton e Buddy Hield. Outras peças entraram na negociação, como Tristan Thompson e Jeremy Lamb, que já nem estão na NBA e Justin Holiday.

Enquanto o Pacers melhorou muito (a gente ainda vai falar deles aqui), o Kings se tornou time com reais chances de playoffs.

Para ter uma ideia, o time de Sacramento não chega lá desde 2006/07. Mas como De’Aaron Fox cresceu de produção sem Haliburton por perto e Sabonis está fazendo números de All Star mais uma vez, a equipe ocupa o sétimo lugar no Oeste.

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A pior troca

Bem, pode ter sido ruim para um lado, mas foi boa para o outro. A troca entre Minnesota Timberwolves e Utah Jazz é, ao mesmo tempo, uma das piores e das melhores de 2022 na NBA.

Por partes.

Primeiro, vendo um movimento cada vez mais crescente na liga, o Timberwolves quis ter uma dupla de garrafão. Nos últimos anos, com formações baixas, o ala-pivô, às vezes não chega a dois metros. Então, como o Boston Celtics foi às finais com Al Horford e Robert Williams, o Cleveland Cavaliers funcionou muito bem com Evan Mobley e Jarrett Allen, a direção de Minnesota quis fazer o mesmo.

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No entanto, para ter dois jogadores assim, é necessário que os dois saibam defender. Não é o caso de Karl-Anthony Towns.

O espaçamento de quadra ficou ruim, Anthony Edwards reclamou publicamente que não havia como enterrar e o projeto Rudy Gobert não está funcionando.

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O Jazz pediu um “caminhão” de escolhas de Draft por Donovan Mitchell e Gobert. Conseguiu.

Pior para o mercado que, como resultado, elevou os “preços” de jogadores a valores jamais vistos.

O melhor contrato na agência livre

Jalen Brunson.

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O New York Knicks precisava de um armador e, agora, tem. Jalen Brunson não é um grande defensor, mas chegou em Nova York tendo muito impacto. Tudo bem que o Knicks derrapou nas últimas partidas e perdeu cinco consecutivas, mas vinha com 18 vitórias e 13 derrotas até começar a apagar nos fins dos jogos.

Brunson é o principal responsável pela evolução do Knicks, ao lado de Julius Randle.

É bem verdade que a equipe fez bobagem no processo de sua contratação, mas o saldo é bem positivo.

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Com 20.2 pontos e 6.6 assistências, quantos jogadores na NBA produzem melhor que ele com o atual salário (cerca de US$27 milhões)?

Bem poucos.

O pior contrato da agência livre

Bradley Beal.

É importante ressaltar que Bradley Beal é um dos melhores alas-armadores da NBA, mas sua extensão foi uma das piores da offseason em 2022. Aos 29 anos, o atleta sofre com seguidas lesões, mas vai ganhar um total de US$251 milhões por cinco anos.

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Ou seja, quando ele estiver com 33 anos, terá a opção de receber US$57 milhões!

Ele engessou o teto salarial do Washington Wizards, que não sobe o suficiente para brigar por playoffs, mas não fica ruim o bastante por loteria do Draft. Então, o Wizards fica em um limbo até o fim de seu acordo e tudo certo, pois ele não quer sair de lá.

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Com esse contrato, quem iria querer?

A melhor saga

Kevin Durant é sensacional, mas o que ele aprontou na offseason foi ainda mais incrível. Primeiro, ele não gostou de como a direção do Brooklyn Nets estava agindo. Poucos jogadores que se comprometiam nos dois lados da quadra, técnico ruim (na visão dele) e falta de treinamentos.

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Então, ele pediu troca. Duas vezes.

Ao mesmo tempo, a saga fez parte dos melhores e piores momentos da NBA em 2022.

Se ele deixou a direção preocupada, tudo era apenas um plano. Bem, de acordo com o que o camisa 7 disse, claro.

Durant fez a diretoria demitir Steve Nash, promoveu Jacque Vaughn e o Nets começou a jogar basquete.

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Aliás, são dez vitórias consecutivas, que colocam a equipe na segunda posição do Leste.

A pior saga

O peso de Zion Williamson foi um grande problema. Enorme.

Que ele tem talento, todo mundo sabe. No entanto, a falta de compromisso com o basquete o fez ganhar muito peso. Ele teria ultrapassado os 150 quilos e estava realmente muito fora de forma. Mas a direção do New Orleans Pelicans deu ao jogador uma chance de brilhar.

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Williamson renovou o contrato, mas com cláusula de metas sobre o peso.

Então, visivelmente mais magro, o atleta faz uma grande temporada e, de quebra, o Pelicans aparece no topo do Oeste.

Nem o torcedor mais otimista de New Orleans acreditava na possibilidade.

Ah, e em muitos jogos sem Brandon Ingram.

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A maior surpresa

Falando em surpresa, o que o Dallas Mavericks fez ao superar Phoenix Suns nos playoffs foi incrível. Não só por passar, pois o Suns teve a melhor campanha da fase regular, mas pela forma que foi.

Claro, Luka Doncic é sensacional e tudo mais. Mas o Mavs terminou o primeiro tempo vencendo por 57 a 27.

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De um lado, Doncic tinha as ajudas de Spencer Dinwiddie e Jalen Brunson, mas do outro tinha Chris Paul, Devin Booker, Deandre Ayton e Mikal Bridges.

O Mavs chegou às finais do Oeste e caiu para o Golden State Warriors, mas o grande favorito da série semifinal, sem dúvidas, era Phoenix.

O melhor time que tinha cara de tank e não foi

Aqui, temos um empate. Indiana Pacers e Utah Jazz perderam peças importantes na offseason, mas de alguma forma conseguiram se reagrupar. Claro que o Pacers não abriu mão de todo mundo, mas Domantas Sabonis saiu em troca para o Sacramento Kings e Malcolm Brogdon para o Boston Celtics. Então, você imaginava que a equipe iria piorar e fazer uma reconstrução.

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No entanto, Myles Turner ficou e Tyrese Haliburton jogou como um All Star. Aliás, Turner tinha tudo para sair em troca, mas pediu para jogar ao lado de Haliburton. O pivô classificou seu companheiro como o melhor armador que teve a chance de atuar.

Por outro lado, o Jazz negociou quatro dos cinco titulares. Saíram dos astros (Donovan Mitchell e Rudy Gobert), além de dois alas (Royce O’Neale e Bojan Bogdanovic).

E não é que Utah seguiu competitivo?

Aconteceram algumas lesões e o time caiu para o décimo lugar, mas para quem era visto como “terra arrasada”, viu ali um grupo capaz de brigar por playoffs. E o Jazz está fazendo isso, especialmente com o finlandês Lauri Markkanen.

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O pior time que tinha cara de playoffs e não foi

Toronto Raptors.

Veja o quinteto titular: Fred VanVleet, Scottie Barnes, OG Anunoby, Pascal Siakam e Christian Koloko. Tirando o pivô novato, os outros quatro são realmente muito bons. Enquanto VanVleet e Siakam são materiais de Jogo das Estrelas, Barnes foi eleito o calouro de 2021/22 e Anunoby é ótimo dos dois lados da quadra.

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Mas de alguma forma o Raptors não funciona. O técnico Nick Nurse perdeu a paciência com a falta de esforço de seus atletas e, em breve, é possível que trocas aconteçam.

Ainda é possível que as coisas mudem, pois não chegamos na metade da temporada, mas é preocupante.

“Todo mundo já sabia”

O time velho do Lakers.

Sim, todo mundo sabia que não iria funcionar pelo estilo de jogo de Russell Westbrook não bater com o de LeBron James. Mas o fato de quase todo o elenco ser trintão, pesou. Vários jogadores se machucaram, incluindo Anthony Davis e James.

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Não chega a ser surpresa o Lakers ficar fora dos playoffs e mais, muitos daqueles atletas estão sem time em 2022/23.

São eles: Carmelo Anthony, DJ Augustin, Trevor Ariza, Kent Bazemore, Avery Bradley, Darren Collison, Wayne Ellington, Dwight Howard, Rajon Rondo e Isaiah Thomas.

Nunca vi nada igual.

O pior acontecimento de 2022

Miles Bridges.

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Ele entrava em sua primeira agência livre e se falava muito que receberia em torno dos US$25 milhões anuais. Então, Bridges se envolveu em violência doméstica, foi preso e, agora, tenta acertar com o Charlotte Hornets.

De qualquer forma, o ala vai tomar uma grande suspensão e corre o risco de até nem jogar na temporada.

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O melhor acontecimento de 2022

O MVP das finais de Stephen Curry era algo necessário para a liga. Não só para a sua carreira, mas para o que ele representa. Um dos melhores jogadores de todos os tempos da NBA, Curry finalmente foi premiado (atletas bem piores já ganharam) em 2022.

Mas Curry sabia que esse dia chegaria. Apenas em seu quarto título, ele foi reconhecido não só pelo desepenho ofensivo, mas defensivo. E para quem dizia que o Golden State Warriors o “escondia” de um dos lados da quadra, a coisa mudou. Seu trabalho contra Jayson Tatum, em alguns momentos da decisão, foi impecável.

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Melhor momento do Draft 2022

A noite do Draft é sempre uma das mais aguardadas da NBA. Grandes nomes aparecem todos os anos, mas o Brasil vinha de uma seca. Sem atletas do país, notamos uma entressafra.

Claro, durante alguns anos, tínhamos Leandro Barbosa, Nenê, Anderson Varejão, Tiago Splitter, entre outros. Então, eles se aposentaram e ficamos com um número reduzido de atletas na melhor liga de basquete.

Mas quando o nome de Gui Santos foi ouvido, nós ficamos tão empolgados que conseguimos falar com ele ao vivo.

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Hoje, Gui está na liga de desenvolvimento, enquanto se prepara para estrear na NBA. E, óbvio, torcendo por ele e todos os outros brasileiros.

Melhor agente livre

Carmelo Anthony.

Não era para ser, né? Anthony fez uma boa temporada pelo Los Angeles Lakers em 2021/22, mas inexplicavelmente, está sem contrato na NBA. Com tanto time precisando de arremesso de três (Lakers, inclusive), o veterano está fora da liga.

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Pior jogador sob contrato

Josh Christopher.

Não sabe quem é? Sorte sua.

O armador e ala-armador do Houston Rockets está em seu segundo ano na NBA. Seus números são ruins puros, em estatísticas por 36 minutos e nas avançadas. Em quadra, então, é preocupante. Com TyTy Washington disponível, Christopher não deveria sequer se levantar do banco de reservas.

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Mas de alguma forma, o técnico Stephen Silas acha que ele precisa jogar.

Talvez, seja pelo tank. Quanto pior, melhor.

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