O Jumper Brasil dá prosseguimento à série “Prospecto do Draft 2023″, agora com o ala-armador Nick Smith. Um dos destaques da Universidade de Arkansas, ele é projetado como uma escolha top 20 no recrutamento deste ano. Confira a análise do site para o atleta de 19 anos.
Nick Smith
Idade: 19 anos
País: Estados Unidos
Universidade: Arkansas
Experiência: freshman (primeiro ano universitário)
Posição: ala-armador
Altura: 6’5″ (1,96m)
Envergadura: 6’8.5″ (2,05m)
Peso: 84 kg
Médias na última temporada: 12,5 pontos, 1,6 rebote, 1,7 assistência, 0,8 roubo de bola, 0,1 toco, 1,6 turnover, 37,6% nos arremessos de quadra, 33,8% nas bolas de três pontos (com 4,2 tentativas por jogo), 74% nos lances livres, 25,8 minutos por jogo
Por Lucas Nicolau
Atributos físicos e atléticos
- Nick Smith é um prospecto do Draft 2023 que teve a sua temporada prejudicada por lesões no joelho. Dessa forma, ele ficou fora da maior parte dos jogos de Arkansas. Assim, acabou atuando apenas 17 vezes. Por isso, o seu potencial físico ainda não foi todo mostrado.
- Possui grande velocidade em todas as suas ações em quadra. Enfim, uma troca de direção e velocidade lateral que podemos considerar entre a elite dos jogadores da NBA.
- No entanto, Smith não apresentou até aqui grande explosão ou atributos impressionantes verticalmente. O peso da sua lesão nisso, portanto, só veremos a partir do próximo ano.
- Smith é muito magro, o que o torna vulnerável no jogo interior em jogadas de post. Desse modo, é presa fácil para mismatchs com jogadores maiores ou mesmo armadores mais físicos e forte.
Ataque
- Smith tem um potencial absurdo criando seu próprio arremesso. Afinal, tem uma incrível mudança de direção, um excelente jogo de pés e um diverso arsenal para achar espaço, seja em hesitações, step backs, etc. É, portanto, um atleta incrivelmente fluido, com excelente controle corporal quando está com a bola. Além disso, ele possui controle de bola preciso, o que lhe permite criar arremessos de todas as partes da quadra, especialmente do lado direito.
- Tem grande potencial para fazer a diferença na NBA também atuando sem a bola nas mãos, ao lado de outro armador. Sua grande velocidade o torna uma ameaça constante em ser encontrado livre, tendo muita fluência em sua mecânica de arremesso, especialmente do corner (mesmo que os números nessa temporada não tenham mostrado isso).
- Se tivesse mais calma, seu floater seria elite, lembrando jogadores como Tony Parker ou Joe Johnson, pois sua técnica e finesse é linda. Acertou incríveis 72% nesse tipo de arremesso no ensino médio. O problema é que devido à falta de explosão e força, acaba sempre se encontrando em situações difíceis para atacar a cesta. Assim, prefere malabarismos para desviar de contato ou se contentando apenas a esses floaters ou arremessos contestados na meia distância, tornando seu jogo bem inefetivo.
Defesa
- Quando interessado e dentro do jogo, traz a mesma energia, velocidade e agilidade que tem no ataque para o lado defensivo, com um excelente esforço e agressividade na marcação. Sua postura e posicionamento de pés são ótimos, mas assim como no ataque, também peca e se precipita por querer ser mais rápido que o jogador com a bola, abrindo espaço e caminho para ser driblado e/ou uma infiltração. E não são poucas as vezes que desiste da jogada uma vez que é batido na marcação.
- Também é muito suscetível a fintas, pulando sem necessidade e precipitadamente.
- Desatento na defesa sem bola, principalmente quando perde seu jogador de vista ou quando não lê qual ajuda necessita fazer.
- Reboteiro fraco devido à falta de foco. Smith não procura jogadores para efetuar bloqueios para pegar rebotes ou ajudar outros de seu time a conseguir recuperar a bola.
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Pontos fracos
- Seleção de arremessos altamente questionável. Tende a forçar muitos arremessos desnecessários, geralmente fora de hora ou super contestados em média distância. Além disso, é adepto do famigerado hero ball em fins de jogos.
- Sua força física é uma limitação. Ele não absorve bem o contato no ataque e isso também limita seu potencial defensivo. Ele é tão magro que, mesmo jogando com intensidade, provavelmente será alvo dos adversários.
- Não é um bom organizador de jogo. Tem dificuldades em ler as jogadas de pick-and-roll, optando sempre pelas jogadas mais fáceis e previsíveis, sem considerar a presença de jogadores na ajuda e qual a melhor opção de passe. Comete alguns erros evitáveis ao atacar a cesta contra muitos defensores ou girar em direção a um defensor que veio na ajuda sem vê-lo, resultando em roubadas de bola.
- Falta sensibilidade e inteligência em seu jogo, age sempre sem pensar. Parece sempre apressado, correndo e sem entedimento de qual próximo movimento executar. Perde leituras de passe e tem visão limitada devido à sua tendência de sempre pensar em arremessar antes de qualquer coisa. Às vezes, até salta antes de decidir o que fazer, o que, juntando-se às outras decisões questionáveis, gera erros bobos, frustrantes e infantis, colocando o time em situações difíceis dentro de quadra.
- Necessita de um primeiro passo mais rápido para ser um grande pontuador na NBA. Por não gostar do contato pela falta de força, não conseguiu pressionar a cesta no College. Afinal, apenas 16% de suas tentativas de arremesso foram próximas ao aro. Conseguir ser um pontuador em três níveis é o que não o tornará um jogador limitado e previsível na NBA.
Conclusão
- Nick Smith foi um dos prospectos do Draft 2023 mais frustrantes de se ver jogar neste ano. Afinal, era o prospecto com melhor nota saindo do high school, no último ano, e, hoje, mal é cotado para ser uma escolha top 10 do recrutamento. Por causa das lesões, inconsistências e dificuldades, as equipes da NBA que querem acreditar em seu potencial devem esquecer toda a sua temporada em Arkansas. Além disso, o elenco de Arkansas simplesmente não o ajudou (pouco espaçamento). Graças às regras da NBA e ao grande número de jogadores capazes de arremessar em quadra, Nick terá muito mais espaço e caminho para ser mais agressivo e não ficar se enroscando com a bola nas mãos. Sua capacidade de atacar o aro e conseguir chegar a linha de lance livre vai ser essencial para torná-lo útil na NBA. Caso não apresente melhora nos fatores aqui apresentados, seu papel entre os profissionais vai ser apenas de um pontuador vindo do banco, no máximo um sexto homem.
Comparações: Caris LeVert (Cleveland Cavaliers) / Jordan Clarkson (Utah Jazz) / Jordan Crawford (ex-Washington Wizards)
Projeção: entre as escolhas 8 e 17
Confira alguns lances de Nick Smith
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