Jumper Brasil dá prosseguimento à série “Prospecto do Draft 2023″, agora com o ala-armador Brandin Podziemski. Destaque da Universidade de Santa Clara, na última temporada, ele é projetado como uma escolha de final de primeira rodada no recrutamento deste ano. Confira a análise do site para o atleta de 20 anos.
Brandin Podziemski
Idade: 20 anos
País: Estados Unidos
Universidade: Santa Clara
Experiência: sophomore (segundo ano universitário)
Posição: ala-armador
Altura: 6’5″ (1,96m)
Envergadura: 6’5.5″ (1,97m)
Peso: 92 kg
Médias na última temporada: 19,9 pontos, 8,8 rebotes, 3,7 assistências, 1,8 roubo de bola, 0,5 toco, 2,3 turnovers, 48,3% nos arremessos de quadra, 43,8% nas bolas de três pontos (com 5,8 tentativas por jogo), 77,1% nos lances livres, 36 minutos por jogo
Por Lucas Nicolau
Atributos físicos e atléticos
- Não é nada explosivo e não possui grande velocidade. Seu primeiro passo torna sua vida muito difícil ao tentar superar marcadores. A verdade é que não possui grandes valências atléticas. No geral, sua agilidade e troca de direção também o atrapalham, principalmente na defesa.
- Não possui uma boa envergadura ou alcance para um jogador da posição 2 ou 3 na NBA. Dificilmente consegue fazer frente fisicamente a jogadores mais altos e, se colocá-lo para marcar os armadores da liga, ele é muito mais devagar.
Ataque
- Não tem muita tenacidade ou agressividade driblando e controlando a bola, mas compensa isso com uma inteligência e feeling elite para o jogo. Um verdadeiro talento natural, sendo muito controlado, às vezes até meio ortodoxo na forma que procura espaços em quadra. Compensa sua falta de explosão com um bom trabalho de pés e muita calma para encontrar melhores espaços dentro da defesa adversária. Além disso, possui um step back muito rápido e efetivo para conseguir pontuar à meia distância e do perímetro. Se infiltra na marcação, também consegue manter os jogadores atrás “na jaula” utilizando seu posicionamento e equilíbrio.
- Canhoto, apresenta um grande refino nos arremessos de qualquer lugar da quadra. Apresenta 45% quando utiliza seus variados floaters, um ótimo 44% na linha de três pontos em situações de catch-and-shoot e ainda mais impressionantes 42% arremessando de três partindo de um drible, jabs ou jogadas que iniciou. Seu gatilho é muito rápido e a fluência na sua mecânica o fazem capaz de arremessar a qualquer momento e de qualquer lugar. Assim, ele consegue arremessar tranquilamente bem antes da linha de três pontos da NBA. Mesmo quando a preparação não é ideal ou os pés não estão na posição correta, ele consegue manter a elegância e ser efetivo. Ainda tem bom potencial para arremessar saindo de bloqueios, algo que talvez se torne rotina entre os profissionais.
- Toma decisões muito rápidas e está sempre querendo encontrar a melhor jogada, seja para ele ou para seus companheiros. Ou seja, tenta envolver todo mundo no ataque. Isso fica claro quando vemos seu recorte de número de assistências para cada desperdício, que é excelente para alguém que passa tanto tempo com a bola nas mãos. Um verdadeiro jogador cerebral, que dá pausa ao jogo, fazendo leituras de passe bem difíceis, podendo iniciar jogadas de pick-and-roll. Um controle de bola mais apurado e uma maior velocidade o impedem de ser um grande jogador da posição 1.
Defesa
- Suas limitações físicas não o impedem de ser aguerrido e muito ligado na defesa, sempre mostrando muito empenho e agressividade, na medida do possível. É assim que consegue alguns roubos e tocos.
- Também utiliza muito bem sua inteligência para conseguir uma taxa elevada de rebotes. Afinal, busca sempre o melhor posicionamento e tenta brigar no box out, embora também tenha conseguido boa parte desses rebotes por ser o “dono” da equipe de Santa Clara neste ano.
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Pontos fracos
- Seu primeiro passo é lento. Não consegue ultrapassar ou tirar defensores, possuindo ainda poucos movimentos avançados para criar seu arremesso. Além disso, o seu controle de bola também não é bom, principalmente com a mão direita, ficando ainda mais previsível. Sua mudança de ritmo e direção são ruins, muitas vezes perdendo o equilíbrio. Só é refém de seu trabalho de pés para conseguir espaço. A sorte, como falamos, é que não precisou de muito para conseguir pontuar no College.
- Seus closeouts são amedrontadores graças à sua falta de agilidade e dificuldade de sair do lugar. Jogadores mais rápidos conseguem passar muito fácil por ele. Portanto, quem ele conseguirá defender na NBA? Se não conseguir ficar na frente de armadores, também não é grande e longo o suficiente para marcar alas, já que faltam força e alcance para representar um problema contra jogadores mais altos.
Conclusão
- Brandin Podziemski possui um arremesso excepcional e uma inteligência daqueles atletas que se destacam por onde jogam. No entanto, suas preocupações defensivas parecem limitar seu potencial como um verdadeiro prospecto. Notou-se uma queda significativa em seus números em % de arremessos, rebotes e assistências na última temporada, quando enfrentou universidades de nível mais alto do que os encontrados em sua conferência (West Coast). Isso, portanto, pode indicar que ele terá dificuldades em níveis mais elevados. Para ter sucesso no próximo nível, Brandin precisará encontrar uma maneira de melhorar sua habilidade atlética, ou pelo menos sua flexibilidade, para não se tornar um alvo fácil em trocas de marcação contra jogadores mais rápidos ou altos.
Comparações: Austin Reaves (Los Angeles Lakers), Luke Kennard (Memphis Grizzlies)
Projeção: entre as escolhas 19 e 32
Confira alguns lances de Brandin Podziemski
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