Jontay Porter
Idade: 18 anos
País: Estados Unidos
Universidade: Missouri
Experiência: Freshman
Posição: pivô / ala-pivô
Altura: 6’11.5’’ (2.12m)
Médias na temporada 2017-18: 9.9 pontos, 6.8 rebotes, 2.2 assistências, 1.7 tocos, 0.8 roubo de bola, 1.9 erros de ataque, 43.7% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 36.4% de acerto nas tentativas de três pontos e 75% de conversão nos lances livres em 24.5 minutos de ação.
Pontos fortes
– Porter possui atributos físicos adequados para atuar como ala-pivô e pivô de ofício no próximo nível: são 2.12m de estatura, com 2.13m de envergadura e cerca de 107 quilos.
– Não se trata de um atleta rápido, mas é consideravelmente móvel e ágil para sua altura. Destaca-se na movimentação sem a bola, o que não costuma ser um ponto forte de atletas da posição.
– É dono de um controle de bola e drible extremamente avançado para um pivô, em especial tão jovem, o que proporciona-lhe a capacidade de atacar marcadores mais lentos para chegar à cesta.
– Excelente arremessador, Porter tem uma das mecânicas mais polidas que já vi em um prospecto de garrafão (equilíbrio, consistente ponto de lançamento, movimento rápido). Bons aproveitamentos em alto volume de tentativas.
– Finalizador ambidestro e, embora nem sempre assertivo, relativamente refinado para sua idade. Exibe um arsenal ofensivo promissor, que já inclui ganchos e floaters pontuais.
– Porter é o melhor pivô operando como passador da classe, provavelmente: possui visão de quadra, atenção à movimentação de companheiros e qualidade de passe naturais e altamente apuradas.
– Ele não é um reboteiro dos mais prolíficos ou instintivos, mas seus fundamentos no quesito são sólidos e bem aplicados em quadra. Posiciona-se bem a partir do arremesso e bloqueia adversários, por exemplo.
– Suas ações defensivas evidenciam um jogador atento e esforçado: tem ótimos instintos rotacionando para proteger o aro, entende as trocas de marcação fora da bola e sempre tenta contestar arremessos.
– A compreensão da dinâmica do jogo de Porter é fantástica para um prospecto de 18 anos – e isso é algo que só tende a melhorar. Não há dúvidas que trata-se de um pivô especial em termos de QI de basquete.
– Essa inteligência pode ser explicada pelo pedigree de basquete que Jontay traz de família: seu pai é treinador, suas irmãs são jogadoras universitárias e seu irmão é Michael Porter, provável escolha TOP 10 desse mesmo recrutamento.
– Prospecto mais jovem do draft, ele não vai completar 19 anos até o segundo mês da próxima temporada regular. Ter alguém tão jovem e já com um arsenal técnico tão variado disponível fora da loteria é raríssimo.
Pontos fracos
– Do ponto de vista atlético, em especial na NBA atual, Porter vai destoar de outros pivôs: não é particularmente veloz nem em espaço aberto, não é dono de grande impulsão e não se trata de um jogador explosivo.
– É perceptível que ele ainda carrega uns “quilinhos” a mais no corpo, como vimos em astros como Kevin Love e Marc Gasol. Um emagrecimento pode, inclusive, trazer bons reflexos na condição atlética.
– Foi menos testado do que diversos outros prospectos de ponta do recrutamento, atuando só cerca de 24 minutos por jogo. Nunca soou ser uma das referências da equipe de Missouri, na verdade.
– Porter é um pivô que opera excessivamente fora do garrafão, até pela dificuldade de estabelecer espaço contra atletas mais físicos. Ser versátil é uma virtude, mas o jogador da posição precisa ser ativo principalmente na área pintada.
– Seu aproveitamento de arremessos próximo da cesta é baixo para um atleta de garrafão e esse problema pode acentuar-se com o aumento do nível dos oponentes competindo contra profissionais.
– Aliás, como Porter vai lidar e adaptar-se aos defensores e atacantes muito mais físicos e atléticos que encontrará no próximo nível? Sua técnica já é refinada o bastante para superar tal obstáculo?
– Defender em espaço aberto também será um problema projetando-o na NBA: sua agilidade lateral merece um pouco mais crédito, mas não chega perto da precisa para as trocas de marcação no perímetro profissional.
– Embora seja um ótimo passador, Porter teve um índice de assistências por erros de ataque surpreendentemente baixo na NCAA (1.16). Pode ser mais cuidadoso e correr menos riscos com a bola nas mãos.
– Porter encanta pelo repertório técnico, mas não é um encaixe fácil na NBA: sua adaptação à velocidade do jogo pode ser difícil e nem todos os times da liga estão abertos a serem o atual Nuggets, armando o ataque através do pivô.
Comparações: Nikola Jokic (Denver Nuggets) e Kelly Olynyk (Miami Heat)
Projeção: segunda metade da primeira rodada
Confira alguns lances de Jontay Porter
https://www.youtube.com/watch?v=KU-Cy9okzZQ