Previsão: Houston Rockets (1º) x (2º) Golden State Warriors

James Harden e Stephen Curry protagonizam aguardado duelo entre dois melhores times do Oeste – e da NBA

Fonte: James Harden e Stephen Curry protagonizam aguardado duelo entre dois melhores times do Oeste – e da NBA

Houston Rockets (1º) x (2º) Golden State Warriors

Confrontos na temporada: Houston Rockets 2 x 1 Golden State Warriors

17 OUT – Warriors 121 x 122 Rockets
04 JAN – Rockets 114 x 124 Warriors
20 JAN – Rockets 116 x 108 Warriors

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Programação da série

14-05: Rockets x Warriors – 22h (em Houston) – com transmissão do SporTV
16-05: Rockets x Warriors – 22h (em Houston) – com transmissão do SporTV
20-05: Warriors x Rockets – 21h (em Oakland) – com transmissão do SporTV
22-05: Warriors x Rockets – 22h (em Oakland) – com transmissão do SporTV
24-05: Rockets x Warriors – 22h (em Houston)* – com transmissão do SporTV
26-05: Warriors x Rockets – 22h (em Oakland)* – com transmissão do SporTV
28-05: Rockets x Warriors – 22h (em Houston)* – com transmissão do SporTV

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* Se necessário
Horários de Brasília

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Houston Rockets (65-17)

Time-base: Chris Paul, James Harden, Trevor Ariza, P.J. Tucker, Clint Capela

Reservas com mais tempo de quadra: Eric Gordon, Nenê Hilário, Ryan Anderson, Luc Richard Mbah-a-Moute, Gerald Green

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Técnico: Mike D’Antoni

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Golden State Warriors (58-24)

Time-base: Stephen Curry, Klay Thompson, Andre Iguodala, Kevin Durant, Draymond Green

Reservas com mais tempo de quadra: David West, Kevon Looney, Shaun Livingston, Quinn Cook, JaVale McGee

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Técnico: Steve Kerr

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Análise do confronto

A decisão que todos esperavam no Oeste chegou: Warriors e Rockets confirmaram seus favoritismos e são os finalistas da conferência, prometendo um espetáculo de possíveis sete jogos à altura da espera. A grande virtude dos atuais campeões nos últimos três anos é a versatilidade de seu elenco e os texanos são o oponente que está mais próximo de replicar essa versatilidade. Além disso, essa será a primeira vez no período que Golden State não tem a vantagem de mando de quadra.

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Esse é um duelo entre duas das ofensivas mais eficientes da história da NBA, mas que alcançam essa alta de produção de formas bem diferentes: o Warriors aposta na movimentação incessante de atletas e bola para criar seu ataque, enquanto os comandados de Mike D’Antoni dominam oponentes nas jogadas de isolação, com James Harden como grande referência. Se há alguém que pode bater um desses times, a melhor resposta parece ser exatamente um ao outro.

Mas, para começar, nós nem sabemos quem será o time titular de Steve Kerr. Até pela lesão de Stephen Curry, o ex-armador escalou algumas formações diferentes para iniciar as dez partidas disputadas nos playoffs e pode realizar mudanças uma vez mais. A tendência, imagino, é que ele volte a escalar um pivô para começar a série – e apostaria que o bom momento de Kevon Looney vá garantir-lhe a vaga.

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Pensar em duelos individuais nessa série é bastante difícil, já que, defensivamente versáteis como são, as duas equipes deverão trocar marcações constantemente para armarem defesas mais combativas. As duas exceções, claro, são Harden e Stephen Curry. Ambos devem ser extremamente protegidos – em especial, dos embates um contra o outro – e “escondidos” na defesa. O ataque mais capaz de explorar o “elo fraco” do adversário sai em vantagem, com certeza.

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Na série diante do Jazz, Harden e Chris Paul exploraram a falta de mobilidade de Gobert para pontuar. O Warriors, neste sentido, representará um desafio maior pela presença de jogadores de garrafão mais móveis em espaço aberto do que o francês para tentarem acompanhá-los (Looney, Jordan Bell), defensores iniciais mais altos (Klay Thompson, Kevin Durant, Andre Iguodala) e os alas da franquia serem excelentes “rodando” para proteger o aro (Durant, Draymond Green).

O Rockets, ao mesmo tempo, será um adversário muito mais desafiante para os atuais campeões do que o Pelicans por ter a altura necessária para defendê-los. Thompson e Durant não poderão, por exemplo, apenas saltar e arremessar por cima de jogadores mais baixos (como E’Twaun Moore e Jrue Holiday) encarando altas altos como P.J. Tucker, Trevor Ariza e Luc Richard Mbah-a-Moute. Se um deles puder marcar Durant consistentemente, isso pode ser decisivo para uma vitória para Houston.

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Como Pelicans e Cavaliers mostraram ao longo dos playoffs, uma forma de limitar Curry, Durant, Paul e Harden seria “subir” agressivamente a defesa e usar dobras para tirar a bola das mãos deles. A estratégia – que vi ser apresentada por David Thorpe, em um podcast – seria mais interessante para o Warriors do que para os texanos: Thompson e Green, por exemplo, são melhores criadores e passadores operando no perímetro do que atletas como Tucker e Capela.

Mas quer saber, realmente? Esse é o encontro de dois dos ataques mais eficientes da história da liga e, diante disso, a verdade é que as equipes vão tentar focar-se em minimizar aqueles que sabem serem diferenciais. No fim das contas, por mais que isso possa parecer circunstancial, a série pode ser definida simplesmente por quais chutadores “razoáveis” vão converter mais arremessos de longa distância, punindo as escolhas da defesa: Green e Iguodala ou Tucker e Moute.

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O controle do ritmo do jogo sempre é um ponto crucial nesses duelos e, em uma análise inicial, o Rockets parece ter boas perspectivas aqui. Atuando da forma já descrita, os texanos lideram a liga com fantástica taxa de desperdícios inferior a 10% das posses nos playoffs e devem dar mínimas chances para que o Warriors saia em transição se mantiver esse nível de segurança. Não cometer erros de ataque, em várias instâncias, é uma das chaves para vencer partidas.

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A questão é que os tricampeões do Oeste não precisam, necessariamente, de erros de ataque do adversário para emplacar o jogo em velocidade: excetuando os pivôs, todos do elenco têm capacidade de colocar a bola no chão e iniciar a ofensiva. Uma boa sequência na marcação (o que é comum para Golden State, que encaixou mais uma vez sua excelente defesa nos playoffs) ou um rebote bastam para que o jogo seja acelerado – e, quando essa “simbiose” defesa-ataque funciona, dois minutos são o bastante para que abram larga vantagem.

Esse é um dos vários motivos pelos quais Clint Capela é essencial para o Rockets nessa série. Revelação nos playoffs, o suíço é a peça mais singular da montagem desse time: um pivô ágil como poucos, capaz defender no perímetro e proteger o aro, que abre bastante espaço para o homem da bola em bloqueios e gira para a cesta em velocidade. A equipe sofreu quando ele não esteve em quadra e vai ser novamente importante nas finais do Oeste por todos esses motivos, mas há uma razão extra: rebotes. Esse têm sido o “calcanhar de Aquiles” das formações mais baixas dos campeões – e Capela tem o maior índice de taxa de rebotes pegados entre os jogadores ainda “vivos” na pós-temporada, com folgas.

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Mas, de qualquer forma, o Warriors não pode abrir mão de usar o agora chamado Hampton Five: a formação com Green como pivô e Iguodala como um “ala extra” em quadra, visão máxima da versatilidade da franquia. Green é o cara de garrafão que não precisa ser escondido e troca marcações na defesa, enquanto arma o time e até espaça a quadra no ataque. Como Capela, ele é a peça singular de Oakland. E, quando estiver em quadra, o suíço provavelmente precisará ser deslocado para marcar outros atletas – imagino, quem estiver fazendo o bloqueio para o homem da bola.

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O banco de reservas é um outro fator que pode jogar em favor dos desafiantes ao título. Escalar um pivô no quinteto inicial pode ser, mais do que uma escolha para melhor defender o adversário, uma necessidade para o Warriors: passar Iguodala para a suplência é, provavelmente, a única chance de Steve Kerr ter um jogador versátil, capaz de mudar ou dar nova dimensão ao jogo, no banco.

O Rockets, por outro lado, possui dois atletas que podem oferecer reais mudanças saindo da reserva: Eric Gordon (ofensiva dinâmica, atual melhor sexto homem da liga) e Moute (ala alto, defensor versátil e experiente, que faz ótima temporada). Além disso, o banco apresenta dois espaçadores de elite em Gerald Green e Ryan Anderson – que, por questões defensivas, acho que não veremos muito pouco ao longo da série.

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Os texanos fizeram um aparente bom trabalho na montagem de um elenco para derrotar o Warriors, especificamente, mas há uma coisa que não conseguiram replicar: quatro all-stars, legítimos game changers muito entrosados. Esse é um poder de fogo que, provavelmente, ninguém tem na NBA além de Golden State. Trata-se de um poder de fogo, talento que faz com que possam bater Houston inclusive se as partidas virarem um festival de isolations. Eis a grandeza de um dos melhores times da história da liga.

Chegou a hora de colocar a declarada obsessão de Daryl Morey e de uma franquia inteira à prova – e, só que acreditemos que o Rockets seja a maior ameaça que o Warriors já encarou, é um elogio. Essa será uma série de detalhes, versatilidade, perfeccionismo de execução. E, se você acredita também que assim vai ser, vira algo muito complicado apostar contra os campeões e donos do basquete mais consistente dos playoffs até agora.

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Palpite

Houston Rockets 2 x 4 Golden State Warriors

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