Previsão da temporada – Sacramento Kings

Time californiano inicia nova reconstrução em primeira temporada completa sem DeMarcus Cousins

Fonte: Time californiano inicia nova reconstrução em primeira temporada completa sem DeMarcus Cousins

Sacramento Kings

Campanha em 2016-17: 32-50, 12º colocado na conferência Oeste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Dave Joerger (segunda temporada)
GM: Vlade Divac (terceira temporada)
Destaques: Willie Cauley-Stein e George Hill
Time-base: George Hill – Buddy Hield – Vince Carter – Zach Randolph – Willie Cauley-Stein

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Elenco

3- George Hill, armador
5- De’Aaron Fox, armador
10- Frank Mason III, armador
24- Buddy Hield, ala-armador
17- Garrett Temple, ala-armador
23- Malachi Richardson, ala-armador
8- Bogdan Bogdanovic, ala-armador/ala
15- Vince Carter, ala
25- Justin Jackson, ala
50- Zach Randolph, ala-pivô
7- Skal Labissiere, ala-pivô
20- Harry Giles, ala-pivô
00- Willie Cauley-Stein, pivô
13- Kosta Koufos, pivô
41- Georgios Papagiannis, pivô

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Quem chegou: De’Aaron Fox (draft), Justin Jackson (draft), Harry Giles (draft), Frank Mason III (draft), George Hill, Bogdan Bogdanovic, Vince Carter e Zach Randolph

Quem saiu: Darren Collison, Ty Lawson, Arron Afflalo, Ben McLemore, Langston Galloway, Rudy Gay e Tyreke Evans

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Revisão

DeMarcus Cousins é uma figura polarizante até na forma como finalmente deixou o Kings: a temporada passada do time pode ser dividida em antes e depois da troca do polêmico astro. Em rendimento, perspectivas e ambiente do elenco. Ficou bem claro que a direção da franquia tomou a decisão que não parecia querer, mas era necessária há muito tempo – e o rápido fim do clima de otimismo que existia em Sacramento antes da campanha começar “escancarou” isso.

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A primeira metade da temporada do Kings seguiu um “roteiro” que o torcedor já conhece muito bem. Embora alguns resultados acontecessem e a equipe tenha frequentado a zona de classificação aos playoffs pontualmente, a defesa fraca e ataque individualizado (carregado por um atleta extremamente volátil, com 15 faltas técnicas antes do Jogo das Estrelas) nunca deixou a impressão de que se tratava efetivamente de um dos oito melhores do Oeste.

Então, em fevereiro, a decisão de trocar Cousins significou um alívio em diversos níveis. O time livrou-se do peso de jogar por playoffs – tentando dar um fim ao jejum que ultrapassa uma década –, vencer partidas e administrar um ambiente deteriorado. Prova disso é que, no primeiro jogo pós-negociação, os atletas de Dave Joerger tiveram uma das melhores atuações recentes: vitória empolgante sobre o Nuggets, com a melhor atuação da carreira de Willie Cauley-Stein.

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Foram apenas oito vitórias nos 25 jogos derradeiros da campanha, sem Cousins, mas a equipe mostrou algumas virtudes importantes. Teve mais fluidez no ataque, sem o pivô como um âncora atrativa da bola no ponto em que bem entendia em quadra, e um estilo de jogo mais “antenado” com a NBA atual – com chutadores e mais versatilidade defensiva. Não foi um esquadrão, mas, perto da impressão de “terra arrasada” que parecia se anunciar, jovens como Cauley-Stein, Buddy Hield e Skal Labissiere apresentaram-se melhor do que o esperado.

Para o Kings, a moral da temporada foi simples: era hora de seguir em frente.

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O perímetro

O Kings possui rotações surpreendentemente recheadas de jogadores para um time em reconstrução. Não é comum que seja assim, mas isso é um reflexo do número de jovens talentos que o elenco possui e cria um desafio extra para o técnico Dave Joerger: é preciso encontrar espaço, minutos, para ao menos testar todos e notar aqueles que serão realmente importantes para essa nova reconstrução do elenco de Sacramento no período pós-Cousins.

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Embora tenha sido selecionado na quinta escolha do último draft, De’Aaron Fox não assumirá a armação de imediato. O veterano George Hill – contratado para ser um mentor neste elenco, mas um bom titular na NBA – fica com a posição e oferece a versatilidade para atuar com ou sem a bola nas mãos. Há a chance de que, mesmo quando o calouro estiver em quadra, ele possa estar também e abrir espaço para as infiltrações do jovem com seu bom arremesso de longa distância. Não se pode esquecer ainda que, no banco de reservas, Frank Mason III (que fez consistente pré-temporada) vai estar à espera de sua oportunidade também.

A ala-armação segue nas mãos de Buddy Hield – que teve médias de mais de 15 pontos e 40% de acerto para três desde que chegou a Sacramento –, que é uma das grandes apostas da equipe para suprir a posição e garantir o chutador que a franquia buscou em atletas como Jimmer Fredette e Ben McLemore recentemente. Mas Garrett Temple, um dos discretos destaques do elenco na última temporada, continua como uma alternativa mais provada e melhor opção como um two-way player. Complicada fica a situação de Malachi Richardson, que deverá seguir com pouco espaço (até por precisar mais da bola nas mãos para produzir).

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Um dos melhores jogadores do basquete europeu, Bogdan Bogdanovic também é opção para a posição dois. Mas, até pelas condições do elenco, ele deve ser mais utilizado como ala de ofício e começar como reserva imediato do interminável Vince Carter, o mentor da posição. O veterano oferece mais altura e espaçamento de forma consistente ao quinteto inicial, enquanto Bogdanovic pode precisar de tempo para adaptar seu jogo – mais voltado para a pontuação. Justin Jackson também tende a ter espaço na rotação, como uma alternativa mais versátil dos dois lados da quadra na ala ou até na posição quatro em formações mais baixas.

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O garrafão

A rotação de garrafão do Kings combina manutenção jovem e novidade veterana. O recém-chegado Zach Randolph deve ser o titular do time ao lado de Willie Cauley-Stein (o sucessor natural de Cousins). É possível ver como podem se entrosar em quadra: enquanto o jovem pivô é um jogador que tem a mobilidade como sua principal virtude e tentar atuar em movimento, o experiente ala-pivô é um atleta mais direcionado para o posicionamento – seja executando no garrafão, pegando rebotes ou tentando cada vez mais arremessos de média e longa distância.

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Skal Labissiere, que já teve algumas ótimas atuações no fim da última temporada, tende a ser o reserva imediato de Randolph e traz características diferentes: uma opção de mais mobilidade, velocidade e que pode ser bastante explorado no pick and pop, com seu arremesso de média distância difícil de ser contestado pela extensão de seu braço. Como citado anteriormente, com Harry Giles afastado até janeiro para condicionamento físico, Justin Jackson poderá receber minutos como ala-pivô em testes de formações mais baixas.

Andando na contramão da rotação anterior, a principal alternativa é o experiente Kostas Koufos – um jogador mais orientado para permanecer no garrafão ou em suas proximidades, contrastando com Cauley-Stein. Mas a tendência parece ser que, cada vez mais, o Kings aposte na tentativa de trocar o veterano para maior rejuvenescimento do grupo. Sua saída abriria espaço para o grego Georgios Papagiannis, aposta “ousada” do GM Vlade Divac na loteria do recrutamento de 2016 que precisa ganhar minutos após uma temporada de calouro bem sólida enquanto esteve em quadra.

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Análise geral

O Kings entra na próxima temporada com o objetivo de melhorar. Com oito atletas que foram selecionados na primeira rodada dos últimos dois drafts do elenco (sim, pode fazer a conta), trata-se de uma equipe que está abertamente começando um processo de reconstrução – mais um, na verdade – e sabe que não há chances de resultados surgirem tão cedo. Tanto há esse reconhecimento que a equipe trouxe três veteranos (Hill, Carter e Randolph) com o único intuito de serem mentores e ensinarem o “caminho das pedras” para a garotada.

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Isso não quer dizer que Sacramento não tenha atrativos para se assistir. A verdade é que o núcleo jovem montado parece ser melhor do que inicialmente imaginado e, quando estiverem juntos em quadra, esses garotos poderão ser divertidos de se assistir. Por trás disso, você tem um técnico (Dave Joerger) notabilizado por fazer seus times engajados defensivamente e tentando impregnar essa nova identidade dentro de um plantel que vive um ambiente visivelmente mais leve do que antes.

É difícil projetar um estilo de jogo para um time tão jovem, com pretensões baixas do ponto de vista competitivo e pouca pressão por bons resultados. A tendência é que, como seus jogadores, a cara desse Kings comece a se mostrar aos poucos – da fusão entre a crescente experiência em quadra e a visão de Joerger.

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O foco, por ora, parece muito mais desenvolver peças individuais do que um time (necessariamente) coletivo e coeso. Existe a compreensão de que é mais fácil e igualmente preciso consolidar Cauley-Stein como o defensor incrivelmente versátil que pode ser, Hield como um dos melhores arremessadores da liga e ajudar a transição de novatos importantes como Bogdanovic e Fox do que montar, de fato, uma equipe com identidade demarcada. Esse seria o final, não o começo.

Tudo tem seu tempo. E esse é o primeiro passo de um novo Kings.

Previsão: 13° lugar na conferência Oeste

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