Previsão da temporada – Phoenix Suns

Equipe do Arizona vem de uma boa campanha e promete brigar para voltar aos playoffs após cinco anos

Fonte: Equipe do Arizona vem de uma boa campanha e promete brigar para voltar aos playoffs após cinco anos

Phoenix Suns

Campanha em 2012-13: 48-34, 9° na conferência Oeste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Jeff Hornacek (segunda temporada)
GM: Ryan McDonough (segunda temporada)
Destaques: Goran Dragic e Eric Bledsoe
Time-base: Goran Dragic – Eric Bledsoe – P.J. Tucker – Markieff Morris – Miles Plumlee

Elenco

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2- Eric Bledsoe, armador
1- Goran Dragic, armador
4- Tyler Ennis, armador
3- Isaiah Thomas, armador
10- Zoran Dragic, ala-armador
20- Archie Goodwin, ala-armador
14- Gerald Green, ala-armador
15- Marcus Morris, ala
17- P.J. Tucker, ala
12- T.J. Warren, ala
11- Markieff Morris, ala-pivô
43- Shavlik Randolph, ala-pivô
40- Anthony Tolliver, ala-pivô
21- Alex Len, pivô
22- Miles Plumlee, pivô

Quem chegou: Isaiah Thomas, Anthony Tolliver, Zoran Dragic, Tyler Ennis (draft), T.J. Warren (draft)

Quem saiu: Channing Frye, Emeka Okafor, Ish Smith, Leandrinho, Dionte Christmas

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O Phoenix Suns chega para esta temporada com a expectativa de brigar por uma vaga nos playoffs da concorrida conferência Oeste. A equipe do Arizona foi uma das sensações da última temporada, contrariando prognósticos (inclusive, o meu, como podem ver aqui) e alcançou uma campanha positiva. O Suns brigou até a penúltima rodada da temporada regular e acabou ficando de fora dos playoffs após perder para dois concorrentes diretos, os “cascudos” Dallas Mavericks e Memphis Grizzlies, que se classificaram para a pós-temporada no apagar das luzes.

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O primeiro ano da dupla Ryan McDonough (gerente-geral) e Jeff Hornacek (treinador) foi animadora para os apaixonados pela franquia de Phoenix. Ao trocar veteranos consolidados (Marcin Gortat, Luis Scola) pelo combo jogadores sem muito tempo de quadra (Gerald Green, Miles Plumlee) + futuras escolhas de draft, o jovem McDonough limpou a folha salarial, montou um time guerreiro, que lutou rodada a rodada para provar que tinha valor, e foi um dos melhores executivos de 2013/2014. O trabalho de reconstrução de uma equipe é árduo e McDonough provou que não tem medo de arriscar.

Já Hornacek, em seu primeiro trabalho como técnico, fez um time considerado fraco no papel mostrar um basquete de alto nível. Isso o credenciou, justamente, como um dos melhores treinadores da temporada. Hornacek conseguiu êxito naquilo que a equipe, historicamente, faz de melhor: o jogo de transição. A aposta dele em escalar dois armadores no time titular (Goran Dragic e Eric Bledsoe), relembrando o tempo em que o Suns tinha Kevin Johnson e Jason Kidd em suas fileiras, foi decisiva para o bom desempenho da equipe. O Suns foi o time que mais fez pontos de contra-ataque em 2013/14 e os dois armadores foram os destaques da equipe na temporada. 

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O perímetro

Com a contratação de Isaiah Thomas, o Suns passou a ter uma ótima rotação de armadores. Goran Dragic e Eric Bledsoe são os titulares incontestáveis e Thomas chega para brigar pelo prêmio de melhor reserva da temporada. Combinados, os três anotaram quase 60 pontos de média em 2013/14. A promessa é de que o Suns jogue em um ritmo ainda mais alucinante do que na temporada passada, com bastante infiltração no garrafão e contra-ataques. Em determinados momentos, o time pode ter os três em quadra ao mesmo tempo.

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A equipe de Phoenix espera que, desta vez, Bledsoe não perca tantos jogos como na temporada passada. De contrato renovado, o camisa 2 do Suns desfalcou o time em 39 partidas por conta de uma lesão no menisco do joelho direito, o que acabou pesando para que a equipe não conseguisse a classificação para os playoffs. O super atlético Bledsoe revelou que vem trabalhando bastante na offseason para resolver o seu maior problema: a falta de consistência nos arremessos de média e longa distância.

A lesão de Bledsoe teve um lado positivo, pelo menos para Dragic, que aproveitou bem a ausência do companheiro para ter um desempenho espetacular. O armador esloveno fez sua melhor temporada na NBA, com médias de 20.3 pontos, 3.2 rebotes, 5.9 assistências, além de aproveitamentos de 50.5% nos arremessos de quadra e 40.8% nas bolas de três pontos. Merecidamente, Dragic ganhou o prêmio de jogador que mais evoluiu (MIP) e foi escolhido para o terceiro time ideal de 2013/14. Agora, no último ano de contrato, ele deverá continuar jogando em alto nível para conseguir um contrato “generoso”.

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Já Thomas chega ao Suns motivado e disposto a provar aos dirigentes do Sacramento Kings que eles erraram por terem permitido a sua saída. O armador foi o segundo cestinha do Kings na temporada passada e, agora, passa a ser mais uma arma ofensiva para o Suns.

Além do trio, a equipe selecionou no draft o canadense Tyler Ennis, considerado o melhor playmaker da classe deste ano. O estilo de Ennis, de cadenciar mais o jogo (diferentemente dos armadores citados acima), é uma boa opção que o técnico Hornacek terá à disposição. O difícil é imaginar que o novato tenha um tempo de quadra razoável.

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Nas alas, o Suns combina explosão com energia e bons arremessadores de longa distância. O titular da posição 3, provavelmente, continuará sendo P.J. Tucker, um leão na defesa. Em virtude de uma suspensão por ter sido preso após dirigir embriagado, Tucker vai desfalcar o time nas três primeiras rodadas da temporada. Em seu lugar, Hornacek deverá escalar Marcus, o menos talentoso dos irmãos Morris. Marcus joga sempre com muita energia e ainda tem um bom arremesso de longa distância. 

Na rotação das alas, a equipe de Phoenix ainda tem Gerald Green, que vem de sua melhor temporada na NBA. Ele é uma peça importante saindo do banco, já que contribui com atleticismo e bolas de três pontos. Como está no último ano de contrato, a tendência é que Green mostre ainda mais vontade em quadra.

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Além dele, o Suns tem à sua disposição o esloveno Zoran, o menos talentoso dos irmãos Dragic. O ala-armador pode ser muito útil na defesa e nos arremessos de longa distância. Fechando a rotação das alas, o Suns conta com os jovens Archie Goodwin e T.J. Warren. O primeiro vai disputar a segunda temporada, mas terá dificuldade em conseguir tempo de quadra dada a concorrência na posição 2. Já o novato Warren, se repetir o ótimo desempenho, sobretudo na tábua ofensiva, que teve na Summer League, pode beliscar minutos nas posições 3 e 4.

O garrafão

O garrafão é o ponto fraco do Suns. Com a saída do veterano Channing Frye, a equipe perdeu uma peça importante para o espaçamento de quadra. Para substitui-lo, o time do Arizona trouxe Anthony Tolliver, que tem um ótimo aproveitamento nos arremessos de longa distância e pode fazer o papel de stretch four que era de Frye. 

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Mas o titular da posição 4 nesta temporada deverá ser Markieff Morris, que, juntamente com seu irmão Marcus, acaba de ganhar uma extensão contratual com a equipe. Markieff está treinando bastante nesta offseason para fazer bem o papel de ala-pivô que espaça a quadra. Ele sabe que terá que melhorar seu aproveitamento nas bolas de três pontos, que foi de apenas 31.5% em 2013/14, para ter mais espaço no time. E tem mais: o técnico Jeff Hornacek já revelou que Markieff também vem treinando na posição 5, com uma formação mais baixa em quadra (small ball). O outro ala-pivô que o Suns tem em seu elenco, o veterano Shavlik Randolph, deverá ter pouquíssimo tempo de quadra.

Fechando o garrafão, o Suns conta com dois pivôs jovens e que tentam fazer bem o papel de protetores da cesta. Miles Plumlee, que estava jogado às traças no Indiana Pacers, chegou sem alarde ao time de Phoenix e surpreendeu muita gente. Ele se aproveitou das lesões de Alex Len e ganhou bastante tempo de quadra em 2013/14. Plumlee compensa os movimentos pouco refinados no ataque com muita energia na defesa do garrafão.

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Já Len, grande aposta do Suns no draft do ano passado, teve a temporada prejudicada por causa de duas lesões no tornozelo. O jovem pivô ucraniano atuou em apenas 42 jogos na temporada e pouco mostrou nos poucos minutos em que esteve em quadra. A equipe confia muito em Len, já que ele consegue aliar bons fundamentos defensivos com um arremesso confiável de média distância. O problema é que, mais uma vez, ele passa boa parte da offseason no departamento médico. Len fraturou duas vezes o dedo mindinho direito e sua participação no começo da temporada ainda é um mistério. Saudável, ele pode ajudar muito o Suns na principal carência da equipe: a proteção da cesta.

Análise geral

O Suns está preparado para dar o próximo passo no processo de reconstrução da equipe: chegar aos playoffs após cinco anos. A equipe manteve a base (de relevante, perdeu apenas Channing Frye) e se reforçou bem, sobretudo, com o armador Isaiah Thomas. O Suns aposta na evolução de seus jovens jogadores, que surpreenderam o mundo na última temporada com a campanha de 48 vitórias e 34 derrotas, ficando perto de alcançar os playoffs.

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Dragic e Bledsoe, considerados os pilares da equipe, provaram que podem atuar juntos e têm tudo para repetir o ótimo desempenho de 2013/14. Thomas chega para brigar pelo título de sexto homem e Markieff Morris, enfim, terá mais tempo de quadra e a chance de mostrar que mereceu o contrato recém-renovado.

Além de manter a ótima produção ofensiva, impulsionada pelo eficiente jogo de transição, o técnico Jeff Hornacek espera que o time melhore na tábua defensiva (o Suns teve a décima pior defesa de 2013/14). Para isso, é fundamental que o pivô Alex Len se mantenha saudável, já que ele é o melhor protetor de cesta no elenco.

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O problema da equipe de Phoenix é que o Oeste conta com várias equipes fortes. Se estivesse no Leste, por exemplo, o Suns teria chegado sem sustos aos playoffs na última temporada, pois fez campanha idêntica às de Toronto Raptors e Chicago Bulls, terceiro e quarto colocados naquela conferência, respectivamente.

Acredito que o Suns vai brigar até o fim pela tão almejada vaga nos playoffs, mas a falta de consistência defensiva no garrafão e a forte concorrência no Oeste podem fazer com que a equipe fique novamente pelo caminho. 

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Previsão: 9° lugar na conferência Oeste

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