Phoenix Suns
2011-12: 33-33, 10° na conferência Oeste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Alvin Gentry (três temporadas e meia, 145-116)
GM: Lance Blanks (duas temporadas, sem classificação para os playoffs)
Destaques: Goran Dragic, Luis Scola e Marcin Gortat
Elenco
1 Goran Dragic, armador
12 Kendall Marshall, armador
31 Sebastian Telfair, armador
26 Shannon Brown, ala-armador
3 Jared Dudley, ala-armador
10 Diante Garrett, ala-armador
0 Michael Beasley, ala
2 Wes Johnson, ala
17 P.J. Tucker, ala
14 Luis Scola, ala-pivô
11 Markieff Morris, ala-pivô
8 Channing Frye, ala-pivô
20 Jermaine O’Neal, pivô
4 Marcin Gortat, pivô
40 Luke Zeller, pivô
Quem chegou: Goran Dragic, Luis Scola, Michael Beasley, Wes Johnson, Jermaine O’Neal, P.J. Tucker, Kendall Marshall, Luke Zeller, Diante Garrett
Quem saiu: Steve Nash, Grant Hill, Robin Lopez, Hakim Warrick, Josh Childress, Michael Redd, Aaron Brooks, Ronnie Price
O Phoenix Suns chega para esta temporada sem o armador Steve Nash, maestro da equipe nos últimos oito anos. Para completar, o também veterano Grant Hill deixou o time, Josh Childress foi anistiado e Robin Lopez e Hakim Warrick foram despachados para o New Orleans Hornets. Na última temporada, a expectativa era de que o time não chegasse aos playoffs (o que realmente aconteceu). Para 2012-13, o panorama não é diferente. Com o elenco que foi montado, o Suns deve figurar na parte de baixo da classificação da conferência Oeste. O time de Phoenix é, talvez, o menos atlético da Liga, o que é um grande problema…
O perímetro
Para substituir Steve Nash, o Suns trouxe de volta o armador esloveno Goran Dragic, que deixou o time de Phoenix em fevereiro do ano passado. Depois de uma temporada e meia pelo Houston Rockets, Dragic mostrou que pode ser o armador titular de uma equipe da NBA. Ele melhorou o arremesso, a defesa, o domínio de bola e a visão de jogo, além de ser mais agressivo em quadra. Resta saber se Dragic sentirá ou não o peso de substituir a lenda Nash.
Na rotação da posição 1, o Suns ainda tem o mediano Sebastian Telfair e o novato Kendall Marshall, um dos melhores armadores do último draft. Os dois travarão uma batalha feroz por minutos em quadra.
Nas outras duas posições do perímetro, o time de Phoenix terá, inicialmente, Jared Dudley e Michael Beasley como titulares. O primeiro, um dos seis remanescentes do elenco da temporada passada, é um bom defensor e costuma ser uma ameaça da linha dos três pontos. No entanto, é um jogador pouco atlético e limitado no ataque. Já Beasley é um dos mais atléticos do elenco. Porém, ele é um jogador estritamente ofensivo, preguiçoso e egoísta. Na defesa, esqueçam de Beasley. O jogador chegou ao Suns dizendo que os problemas extra-quadra ficaram no passado e que ele quer dar uma guinada em sua carreira. Será mesmo?
Ainda na rotação do perímetro, o Suns conta com Shannon Brown (outro dos poucos jogadores atléticos do elenco) e Wes Johnson. Brown é mais agressivo, e Johnson, dada a pré-temporada, será uma espécie de desafogo nas bolas de três pontos. São, portanto, bons reservas.
O garrafão
No garrafão, o Suns terá Luis Scola e Marcin Gortat, dois jogadores que se destacam mais no setor ofensivo do que na defesa. O argentino tem um excelente jogo no low post (área próxima à cesta) e ainda mete umas bolinhas de média distância. Entretanto, não é atlético e tem muitas dificuldades para marcar jogadores mais velozes da posição. Já Gortat é um pivô que vem evoluindo a cada temporada. O polonês mostrou que é bom no jogo próximo à cesta e que defende razoavelmente o garrafão. Com Scola e Gortat em quadra, a promessa é muito pick and roll.
Na rotação do garrafão, o time de Phoenix conta com Markieff Morris e Jermaine O’Neal. Com o problema de saúde de Frye, o segundoanista Morris será o reserva imediato de Scola. O jovem ala-pivô é um bom defensor e ainda converte bolas de três pontos. A comissão técnica do Suns espera que ele evolua (principalmente o jogo de garrafão) nesta temporada.
Já o veterano O’Neal, se estiver saudável, pode ser considerado um bom reforço, já que traz vigor defensivo ao garrafão. Mais uma vez, se estiver saudável. Vale lembrar que, nas últimas duas temporadas, O’Neal atuou em apenas 49 das 148 partidas disputadas pelo Boston Celtics. Os preparadores físicos do Suns são considerados os melhores da NBA. Conseguiram recuperar Grant Hill e Michael Redd, por exemplo…
Análise geral
Em fase de rebuild do elenco, o Suns deverá fazer uma das piores campanhas da ainda mais competitiva conferência Oeste. O time do Arizona vai passar dificuldades para se adaptar à ausência de Steve Nash. Com o problema coronário de Channing Frye (fora da temporada) e a contratação de Luis Scola, a tendência é que o time jogue mais no garrafão. O argentino e Marcin Gortat são muito bons no ataque. Goran Dragic, o substituto de Nash, deve abusar dos pick and rolls e pick and pops com os pivôs. O Suns também trouxe dois alas desacreditados na Liga: Michael Beasley (segunda escolha do draft de 2008) e Wes Johnson (quarta escolha do draft de 2010). Os dois jogadores ainda não “aconteceram” na NBA e encaram a oportunidade dada pela franquia do Arizona como um recomeço na carreira. Outra aposta é no veterano e freqüentador assíduo do Departamento Médico, Jermaine O’Neal. Enfim, o time de Phoenix está fazendo apostas pra lá de duvidosas e não deverá dar muitas alegrias ao seu torcedor. Com o material que tem em mãos, o técnico Alvin Gentry, que está em seu último ano de contrato com a franquia, não vai conseguir levar o time de volta aos playoffs. Ah, e pode anotar aí: o Suns terá uma das duas piores defesas da Liga em 2012-13.
Previsão: 12° lugar na conferência Oeste.
