Previsão da temporada – Orlando Magic

Equipe investiu em reforços de garrafão para tentar voltar aos playoffs após cinco anos

Fonte: Equipe investiu em reforços de garrafão para tentar voltar aos playoffs após cinco anos

NBA: Preseason-San Antonio Spurs at Orlando Magic

Orlando Magic

Campanha na temporada passada: 35-47, 11º colocado da conferência Oeste
Playoffs:
não classificou
Técnico:
Frank Vogel (primeira temporada)
Gerente-geral:
Rob Hennigan (quinta temporada)
Destaques:
Nikola Vucevic e Serge Ibaka
Time-base:
Elfrid Payton – Evan Fournier – Aaron Gordon – Serge Ibaka – Nikola Vucevic

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Elenco

4- Elfrid Payton, armador
14- D.J. Augustin, armador
32- C.J. Watson, armador
10- Evan Fournier, ala-armador
8- Mario Hezonja, ala-armador
20- Jodie Meeks, ala-armador
23- C.J. Wilcox, ala-armador
13- Nick Johnson, ala-armador
00- Aaron Gordon, ala
34- Jeff Green, ala
7- Serge Ibaka, ala-pivô
21- Arinze Onuaku, ala-pivô
3- Damjan Rudez, ala-pivô
9- Nikola Vucevic, pivô
11- Bismack Biyombo, pivô
33- Stephen Zimmerman, pivô

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Quem chegou: D.J. Augustin, C.J. Wilcox, Nick Johnson, Jeff Green, Serge Ibaka, Arinze Onuaku, Damjan Rudez, Bismack Biyombo e Stephen Zimmerman

Quem saiu: DeWayne Dedmon, Ersan Ilyasova, Brandon Jennings, Devyn Marble, Shabazz Napier, Andrew Nicholson, Victor Oladipo e Jason Smith

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Revisão

A última temporada foi absorvida como uma espécie de choque de realidade para o Orlando Magic. A franquia criou expectativas injustas para si mesmo começando a campanha pensando, única e exclusivamente, em uma vaga nos playoffs. O “linha duríssima” Byron Scott foi chamado para transformar um grupo de jovens no time competitivo que a direção do time sempre visualizou. E, apesar de um bom início, as coisas não seguiram como o esperado.

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O Magic terminou o ano passado na quarta posição da conferência Leste, mas ruiu em janeiro: a defesa caiu assustadoramente de produção, a ofensiva sentiu a falta de seu armador (Elfrid Payton) e rumores negativos sobre a relação entre o elenco e Scott começaram a emergir. Como conjunto, os dois lados da quadra entraram em parafuso juntos. No fim da temporada, a equipe não só não foi aos playoffs, mas sequer chegou às duas semanas finais com chances remotas de classificação.

A queda serviu para que a direção da franquia agisse, com a aparente impressão de que a base jovem montada não era boa o bastante. O ala Tobias Harris foi trocado ainda com a temporada em andamento, enquanto Victor Oladipo saiu em transação fechada na offseason e não foi feito nem esforço para “segurar” o pivô reserva Dewayne Dedmon. Junto a isso, a equipe investiu na contratação de veteranos para dar corpo ao plantel – como Serge Ibaka, Jeff Green e D.J. Augustin.

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Caminhando para seu quinto ano longe dos playoffs, o Magic parece ter cansado de apostar em jovens talentos e resolveu dar preferência a montar um time que possa trazer resultados rápidos. Scott saiu e o também experiente Frank Vogel assumiu o posto na tentativa de implantar a filosofia defensiva que tanto se anuncia, mas não acontece em Orlando. Mas será que isso é o bastante para garantir uma vaga na pós-temporada?

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Perímetro

O Magic perdeu por opção seu principal jogador de perímetro da última temporada na offseason: o ala-armador Victor Oladipo foi integrante da negociação que trouxe Ibaka para a Flórida. Mas, se não em nomes, o trio titular que inicia a Era Vogel soa essencialmente o mesmo: trata-se de um grupo que apresenta as mesmas virtudes (versatilidade defensiva, agressividade) e os defeitos de sempre (poder de criação, espaçamento) dos perímetros de Orlando.

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Muito da sensação de “mais do mesmo” passa pela armação: Elfrid Payton começa sua terceira temporada na NBA com muitas das qualidades e problemas que já são conhecidas. Ele é um dos melhores infiltradores da liga, mas seu impacto é limitado pela relativa facilidade que os adversários encontram para explorarem sua carência de arremesso. Ainda assim, trata-se do principal criador do Magic e o seu desfalque foi trágico para os rumos da campanha passada da equipe. A novidade aparece no banco de reservas: o veterano D.J. Augustin oferece um reserva que, embora bem mais “frouxo” defensivamente, combina poder de criação com afiado arremesso de longa distância.

Fournier assume o lugar que era de Oladipo no quinteto inicial e continuará sendo a principal alternativa da equipe criando o próprio arremesso, além de ser um sólido ball handler secundário para Vogel e o chutador mais consistente dos titulares. Com contrato renovado e US$85 milhões em salários a receber, é seguro dizer que ele precisará ter um papel maior dentro das ações do time. A expectativa fica por conta do jovem Mario Hezonja, que deve ser a primeira opção para a posição saindo do banco e tenta fazer uma temporada de afirmação para confirmar o status de quinta escolha do draft do ano passado. O experiente Jodie Meeks é alternativa para um time mais certeiro nos tiros de longa distância.

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Hezonja também o reserva natural para a posição três, ao lado do recém-chegado e experiente Jeff Green, onde Vogel pretende fazer sua experiência mais ousada: ele vai utilizar o talentoso Aaron Gordon como titular na ala, formando um time mais alto e de imposição atlética. A aposta do técnico é que o jovem possa ser o “Paul George de Orlando” e existem sinais positivos neste sentido, se lembrarmos que trata-se de um jogador que impressionava pelo controle de bola e capacidade como passe nos tempos de colegial e universitário. Ao mesmo tempo, essa ótima impressão se devia também ao fato de ser comparado a alas-pivôs – e não atletas necessariamente de perímetro.

Muito do sucesso ou fracasso do Magic pode passar pelos resultados da experiência com Gordon: um arremessador alto em evolução com algumas mostras de técnica com a bola nas mãos e enxergando o jogo, ele pode tornar-se um diferencial para o Magic. Mas, como aconteceu com o time de forma geral na temporada passada, o ala está envolto por altíssimas expectativas e uma função muito difícil de cumprir.

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Serge Ibaka Magic

Garrafão

O garrafão sempre foi o grande problema do Magic, com a ausência de proteção de aro comprometendo a defesa do time ano após ano. Finalmente, a franquia parece ter corrigido a deficiência como uma atuação incisiva no mercado. Os dirigentes de Orlando conseguiram trazer o ala-pivô de seus sonhos com a troca que garantiu a chegada de Serge Ibaka. O ex-atleta do Oklahoma City Thunder traz aquilo que o time procurou incessantemente em tempos recentes: um veterano que pudesse proteger a cesta na defesa e espaçar a quadra no ataque. Ele é o encaixe perfeito, teoricamente.

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Gordon tenderia a ser o reserva natural da posição, mas a atuação como ala deve limitar sua disponibilidade para atuar como ala-pivô em formações mais baixas. A tendência, assim, é que o experiente Jeff Green seja o suplente natural. Ele é um jogador muito diferente de Ibaka: trata-se de um ala de ofício, que pode oferecer maior versatilidade defensiva no confronto de equipes mais baixas e mais técnica atacando a cesta, operando no perímetro. Ter esse tipo de variação é importante, embora Green não seja o atleta mais elogiado por onde passa.

Entre os pivôs, a situação é bem mais definida: Nikola Vucevic deverá começar a campanha como titular, enquanto o recém-chegado Bismack Biyombo vai sair do banco de reservas. Pelo menos, assim será por enquanto. Os dois jogadores, na verdade, chegam em condições semelhantes na temporada e podem ser usados para situações diferentes. O montenegrino é a inspiração: um cara mais técnico, capaz de trabalhar melhor com a bola nas mãos e com mais vastos recursos para pontuar. Já o africano é transpiração: pivô atlético, que corre a quadra e defende a cesta com incrível intensidade, mas com técnica ainda a ser bastante refinada.

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Talvez, o maior mistério do Magic seja exatamente analisar como pode evoluir a situação entre os dois pivôs. Vucevic pode ser superado por Biyombo e, caso isso aconteça, ele teria grandes chances de ser negociado nos próximos meses. Pode tratar-se de um dos grandes nomes disponíveis no mercado, por exemplo, na janela de transferências de fevereiro.

Análise Geral

O Magic acredita ter montado um elenco que, ao ser moldado por Vogel como seu Indiana Pacers de tempos recentes, pode voltar aos playoffs a partir de um forte trabalho defensivo. É uma aposta. Mas é impossível também não notar que essa equipe, embora jovem, caminha contra a maioria dos conceitos do basquete que muitos times da NBA praticam hoje: com dois jogadores de ofício no garrafão, confiando em uma formação mais pesada, sem espaçamento ideal.

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A experiência de Aaron Gordon como o “novo Paul George”, a disputa por espaço nas rotações de garrafão, a total falta de arremesso de Payton e a melhora dos competidores do Leste são pontos de interrogação que empilham-se quando você pensa se o Magic pode realmente ser um dos oito melhores do Leste. É provável que o time tenha potencial para chegar lá eventualmente, mas a direção de Orlando parece ter uma espécie de compulsão pela queima de etapas.

Mas, independentemente do que imaginamos, a verdade é que não é difícil ler o que a franquia pensa: o Magic quer vencer – e vencer agora. Agiu e investiu como tal agente no mercado. O que esse time possui realmente em mãos agora, depois dos investimentos? Essa é uma pergunta bem mais nebulosa.

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Previsão: 11º lugar na conferência Leste.

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