Oklahoma City Thunder
Campanha em 2015-16: 55-27, 3° na conferência Oeste
Playoffs: eliminado pelo Golden State Warriors na final da Conferência Oeste, 4-3
Técnico: Billy Donovan (segunda temporada)
GM: Sam Presti (décima temporada)
Destaques: Russell Westbrook, Victor Oladipo, Steven Adams
Time-base: Russell Westbrook – Victor Oladipo – Andre Roberson – Ersan Ilyasova – Steven Adams
Elenco
0- Russell Westbrook, armador
22 – Cameron Payne, armador
14 – Ronnie Price, armador
6 – Semaj Christon, armador
21 – Andre Roberson, ala-armador
5 – Victor Oladipo, ala-armador
25 – Daniel Hamilton, ala-armador
8 – Alex Abrines, ala-armador
15 – Kyle Singler, ala
2 – Anthony Morrow, ala
34 – Josh Huestis, ala
23 – Chris Wright, ala
7 – Ersan Ilyasova, ala-pivô
4 – Nick Collison, ala-pivô
33 – Mitch McGary, ala-pivô
3 – Domantas Sabonis, ala-pivô
12 – Steven Adams, pivô
11 – Enes Kanter, pivô
77 – Joffrey Lauvergne, pivô
41 – Kaleb Tarczewski, pivô
Quem chegou: Ronnie Price, Victor Oladipo, Domantas Sabonis(draft), Joffrey Lauvergne, Semaj Christon, Kaleb Tarczewski, Ersan Ilyasova
Quem saiu: Kevin Durant, Serge Ibaka, Randy Foye, Dion Waiters, Nazr Mohhamed
Revisão
O Thunder começou a temporada 2015-2016 querendo passar uma nova imagem: a saída do técnico Scott Brooks para a chegada de Billy Donovan mostrava uma tentativa de mudar o esquema de jogo da equipe, que focava seus esforços quase integralmente em Russell Westbrook e Kevin Durant. O começo foi excelente, com o time atingindo 23-10 no começo da temporada.
Enquanto a temporada ia se desenvolvendo, a torcida se preocupava com a larga quantidade de jogos perdidos após obter liderança parcial no último quarto; o time parecia não conseguir se segurar no marcador, com o maior exemplo sendo um grande confronto contra o Golden State Warriors na temporada regular.
Apesar dos bons resultados, as aspirações do Thunder pareciam limitadas a uma semi-final de Conferência, visto que Warriors e Spurs, líderes do Oeste com larga margem, pareciam que não dariam chance a mais ninguém. Por isso, a vitória sobre o Dallas Mavericks na primeira rodada dos playoffs parecia ser o último momento vitorioso da equipe na temporada, tendo em frente o San Antonio Spurs. Após perder o primeiro jogo por 124 a 92 em uma atuação magistral da equipe texana, parecia questão de tempo o adeus do Thunder.
Contudo, a franquia de Oklahoma surpreendeu a todos e, com um basquetebol de altíssima qualidade, virou a série e se colocou em posição de representar a conferência Oeste na final da NBA. O próximo passo seria bater os atuais campeões da NBA, o Golden State Warriors.
Após ganhar a primeira partida em Oakland e confirmar seus dois primeiros jogos em casa, o Thunder tinha uma liderança de 3 jogos a 1, precisando de apenas uma vitória em 3 jogos. E foi justamente nessas condições que o Thunder viu sua vantagem se desmoronar, com o Warriors conseguindo uma improvável virada e avançando para a final da NBA.
Como se não bastasse a dolorosa derrota, o mês de Julho trouxe ainda piores notícias para o torcedor do Oklahoma City Thunder: Durant, principal nome do Thunder junto a Westbrook, optou por assinar com o Warriors e abandonar o Thunder após 9 anos com a franquia. A boa notícia foi que, pouco depois, Russell Westbrook renovou em um contrato multimilionário e deve agora assumir o papel de líder de um time em reconstrução.
O perímetro
Sem dúvida, o principal jogador do Thunder se encontra no perímetro: Westbrook é sem dúvidas um dos melhores armadores da liga, com excelente visão de jogo e um atleticismo único para sua posição. Agora sem Durant, Westbrook será ainda mais responsável por comandar tudo que acontece em quadra para o Thunder: por causa disso, muitos o consideram um dos favoritos ao prêmio de MVP da temporada, uma vez que suas estatísticas podem aumentar ainda mais.
Complementando Westbrook na armação, Andre Roberson é um dos melhores armadores no quesito defesa. Seu jogo ofensivo, no entanto, deixa a desejar, apesar do jovem estar constantemente evoluindo. Quem deve ficar em quadra tanto quanto Roberson é Victor Oladipo, que chegou em troca que levou o ala-pivô Serge Ibaka ao Orlando Magic. Oladipo, se conseguir ser consistente, será um ótimo complemento e válvula de escape para Westbrook. As outras opções na armação não empolgam tanto: Cameron Payne mostrou algum potencial como novato ano passado, mas ainda precisa amadurecer seu jogo para se tornar uma peça importante.
A posição de ala é, sem dúvidas, a mais deficitária na rotação do Thunder, o que é extremamente natural, visto que a equipe depositava toda a sua confiança na posição em Durant. O titular deve Kyle Singler, o que não agrada muito os torcedores da franquia. A opção no banco é Anthony Morrow, que possui como ponto forte um excelente arremesso de três, ainda que o mesmo não tenha sido bom como de costume na temporada passada.
O garrafão
https://www.youtube.com/watch?v=geV7icBgJV8
O Thunder certamente não tem nenhum nome que assusta torcedores de equipes adversárias, mas o leque de opções da equipe certamente é um dos melhores em toda a liga. O principal nome para essa temporada promete ser Steven Adams. O pivô neozelandês foi uma grande força no garrafão para sua equipe durante os playoffs, e a expectativa de torcida e mídia é que ele passe a desempenhar um papel mais importante na equipe com a saída de Durant e Ibaka.
A posição de ala-pivô, a princípio, deve ficar sob os cuidados de Ersan Ilyasova. O principal diferencial de Ilyasova é o bom arremesso do perímetro, o que permite esticar o time pela quadra. Ilyasova passa longe de ser um grande defensor, mas talvez Adams possa ajudá-lo nesse sentido.
Se a equipe tiver problemas com sua rotação titular, opções no banco é o que não faltam: Enes Kanter é um dos homens de garrafão com combinação de arremesso e movimentos no poste mais refinados na liga. Além disso, o pivô turco parece se entender muitíssimo bem com Westbrook em jogadas de pick-and-roll. Outro jogador de garrafão internacional do Thunder é Joffrey Lauvergne, que chegou do Denver Nuggets. Se todos esses nomes não fossem suficientes, o veterano Nick Collison e os jovens Mitch McGary e Domantas Sabonis também são opções para a equipe ao longo da temporada.
Análise geral
Se a temporada prometia ser difícil para o Thunder após a derrota para o Warriors na final do Oeste, a saída de Durant foi um grande choque para jogadores, staff e torcida. Ainda que a equipe tenha se reforçado com alguns nomes interessantes como Oladipo, a verdade é que a franquia deve levar um tempo para se acostumar à vida sem Durant.
Por outro lado, o otimista pode ver na saída de Durant o fim da eterna batalha pelo protagonismo entre Durant e Westbrook: agora o armador do Thunder terá mais autonomia e total apoio da torcida para executar seu jogo e comandar a equipe. A equipe batalhará duro nos dois lados da quadra para mostrar que são um grupo extremamente competente e que não precisam de Durant para vencer.
Se Westbrook conseguir de maneira consistente conduzir a equipe do Thunder, a profundidade do elenco, especialmente no garrafão, pode ser um trunfo para a equipe ao longo da temporada. Entretanto, quando a coisa apertar, alguém precisará chamar a responsabilidade junto com Westbrook, e esse provavelmente será o maior desafio do Thunder para 2015-2016.
Previsão: 8° lugar na conferência Oeste