Los Angeles Lakers
Campanha em 2015-16: 17-65, 15° na conferência Oeste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Luke Walton (primeira temporada)
GM: Mitch Kupchak (23ª temporada)
Destaques: D’Angelo Russell
Time-base: D’Angelo Russell – Jordan Clarkson – Luol Deng – Julius Randle – Timofey Mozgov
Elenco
1- D’Angelo Russell, armador
4- Marcelo Huertas, armador
5- Jose Calderon, armador
6- Jordan Clarkson, ala-armador
23- Lou Williams, ala-armador
9- Luol Deng, ala
14- Brandon Ingram, ala
3- Anthony Brown, ala
0- Nick Young, ala
37- Metta World Peace, ala
30- Julius Randle, ala-pivô
7- Larry Nance Jr., ala-pivô
11- Yi Jianlian, ala-pivô
15- Thomas Robinson, ala-pivô
20- Timofey Mozgov, pivô
28- Tarik Black, pivô
40- Ivica Zubac, pivô
Quem chegou: Brandon Ingram (draft), Ivica Zubac (draft), Luol Deng, Jose Calderon, Timofey Mozgov, Thomas Robinson, Yi Jianlian
Quem saiu: Kobe Bryant, Roy Hibbert, Brandon Bass, Ryan Kelly, Robert Sacre
Revisão
https://www.youtube.com/watch?v=YlGIkwX4GiE
Não havia a menor chance de o Los Angeles Lakers se classificar para os playoffs na temporada passada, mesmo com a presença de Kobe Bryant, que retornava de mais uma lesão. Porém, ao perceber que as dores eram mais intensas de que a sua inigualável vontade de jogar, Kobe decidiu colocar um fim em sua carreira. Em suma, o eterno ídolo não tinha mais condições físicas após quase 20 anos no Lakers. Foi a hora de dar adeus e, por onde passava, era ovacionado. A temporada foi baseada nisso e o time teve pouco a comemorar, como a evolução de Jordan Clarkson e as apostas D’Angelo Russell e Julius Randle.
Foi ainda o primeiro ano do brasileiro Marcelo Huertas pela equipe, depois de anos jogando na Europa. Demorou a chegar, assim como demorou a se encontrar. Foi vítima de piadas e de um escasso tempo de quadra. No fim da fase regular, porém, mostrou sua habilidade no controle de bola, nas assistências e fez boas partidas.
Longe, muito longe da zona de classificação, o Lakers chegou aos últimos jogos sem nenhum tipo de compromisso, exceto a despedida de Bryant. E em seu último embate, que poderia valer ao Utah Jazz a conquista da pós-temporada, Kobe assumiu a responsabilidade e anotou 60 pontos no triunfo. Memorável.
O perímetro
Após o seu primeiro ano na NBA, D’Angelo Russell vai precisar mostrar maturidade a partir de agora. Titular desde o princípio em 2016-17, o armador deu a impressão de que só sabia jogar retendo a bola em suas mãos e acabou perdendo a posição no meio da campanha. Além disso, envolveu-se em um turbulento caso em que deixou vazar um vídeo comprometedor com Nick Young. Os resultados disso: seus colegas passaram a evitá-lo e o rompimento do noivado entre Iggy Azalea e Young. Mas isso parece ter ficado no passado. Russell provou ser um ótimo jogador no ataque e vai comandar o Lakers. Para a reserva, Marcelinho Huertas deverá travar uma batalha com o espanhol Jose Calderon para saber quem será o imediato de Russell. Na pré-temporada, houve um revezamento entre os dois e o mesmo pode acontecer no início da fase regular.
O versátil Jordan Clarkson chega para o seu terceiro ano na liga e agora, sem Kobe Bryant, deverá assumir mais responsabilidades ofensivas. Acabou sendo o jogador mais consistente do Lakers no ataque em 2015-16 e está evoluindo no arremesso de longa distância, após ter acertado 34.7% na campanha passada. Do banco, deverá vir o experiente Lou Williams, vencedor do prêmio de melhor reserva há dois anos. Williams leva intensidade para o ataque e é um cestinha.
A diretoria contratou o veterano Luol Deng, que estava no Miami Heat. Deng já não é mais o mesmo, até por conta de lesões. Mas ainda é um grande defensor e tem um bom arremesso de três. A presença de Metta World Peace no elenco para a temporada não está garantida, até porque era esperado que a temporada passada fosse a sua última. O calouro Brandon Ingram, segunda escolha do último draft, é a a esperança para o futuro. Em 2016-17, deverá ser reserva, enquanto ganha ritmo e experiência. Mas Ingram já demonstrou nos jogos de preparação que isso não deverá muito. Defende bem, sabe atacar a cesta e tem um bom arremesso. A equipe conta ainda com o segundanista Anthony Brown.
O garrafão
A contratação de Timofey Mozgov foi uma das mais estranhas dos últimos tempos. O pivô, reserva no Cleveland Cavaliers, recebeu uma oferta de US$ 64 milhões por quatro anos. Ele, que não tem nada com isso, aceitou. Até eu, amigo. Até eu. Entretanto, pareceu uma estratégia para inflacionar o mercado, já que foi um dos primeiros acertos anunciados. Apesar de seus altíssimos vencimentos, Mozgov é um jogador razoável, técnico e que pode contribuir dos dois lados da quadra. O novato Ivica Zubac mostrou consistência defensiva nas Ligas de Verão, mas não deverá ter muitos minutos, exceto por lesões. Por ora, o esforçado Tarik Black aparece como o principal reserva de Mozgov.
Julius Randle não disputou o prêmio de Calouro do Ano por 14 minutos. Isso porque, em 2014-15, seu ano de estreia, se machucou logo na primeira partida e ficou de fora do restante da temporada. Mas Randle, logo de cara, terminou a sua primeira campanha completa com média de duplo duplo (11.3 pontos e 10.2 rebotes). Não é um exímio defensor, o arremesso de média distância ainda é questionável, e tem a mania de sair disparado para o contra-ataque com a bola nas mãos. Porém, ajuda bem mais do que atrapalha. A tendência é que cresça de produção, enquanto terá Larry Nance Jr. como o seu principal reserva, enquanto o chinês Yi Jianlian briga por uma vaga no elenco. Jianlian, sexta escolha do draft de 2007, estava fora da NBA desde 2011-12 e só voltou por conta das boas exibições por sua seleção. Na realidade, quando o time jogar baixo, Mozgov deverá sair para a entrada de um ala ou ala-armador (leia-se: Ingram ou Williams), enquanto Randle será o pivô.
Análise geral
O Lakers possui mais talento nesta temporada do que nos últimos anos, exceto por Kobe. Porém, isso não é para agora. O time está muito longe de estar pronto e esse período de reconstrução é dolorido para os fanáticos torcedores, tão acostumados com as vitórias. Em hipótese alguma, a não ser por uma greve dos titulares de todas as outras equipes da conferência Oeste, o Lakers vai se classificar para os playoffs. Seria a maior surpresa de todos os tempos, incluindo a campanha do Portland Trail Blazers no ano passado. Sim, nós erramos com o Blazers e por isso, nos desculpem. Ninguém esperava, mas nos próximos dias você vai poder saber mais desse time. Mas com o Lakers, não. A meta é ir atrás das primeiras escolhas no draft, mais uma vez. A partir do ano que vem, pode ser. Porém, se errarmos de novo, foi mal.
É esperado que Russell, Clarkson e Randle liderem a equipe, enquanto Ingram ganha tempo de NBA. O Lakers tem um ótimo plantel de jovens jogadores, mas a distância para os outros times ainda é grande. Baseando-se no que foi visto nos anos anteriores, a tendência é seguir na mesma até que eles evoluam. Existe vida pós-Kobe.
Previsão: 14° lugar na conferência Oeste