Campanha em 2015-16: 42-40, sexto colocado na conferência Oeste
Playoffs: eliminado pelo Oklahoma City Thunder na primeira rodada
Técnico: Rick Carlisle (nona temporada)
GM: Donnie Nelson (15ª temporada)
Destaques: Dirk Nowitzki, Harrison Barnes e Wesley Matthews
Time-base: Deron Williams – Wesley Matthews – Harrison Barnes – Dirk Nowitzki – Andrew Bogut
Elenco
8-Deron Williams, armador
34-Devin Harris, armador
5-J.J Barea, armador
30 – Seth Curry, armador
3 – Jonathan Gibson, armador
23-Wesley Matthews, ala-armador
21 – C.J. Williams, ala-armador
2 – Kyle Collinsworth, ala-armador
14 – Keith Hornsby, ala-armador
40 – Harrison Barnes, ala
9 – Nicolas Brussino – ala
1- Justin Anderson, ala
10 – Dorian Finney-Smith, ala
41-Dirk Nowitzki, ala-pivô
7-Dwight Powell, ala-pivô
4 – Quincy Acy, ala-pivô
6 – Andrew Bogut, pivô
50 – Salah Mejri, pivô
20 – A.J. Hammons, pivô
Quem chegou: Harrison Barnes, Andrew Bogut, Seth Curry, Quincy Acy, Nicolas Brussino, Jonathan Gibson, Kyle Collinsworth, Dorian Finney-Smith, Keith Hornsby, C.J. Williams, A.J. Hammons (draft)
Quem saiu: Chandler Parsons, Zaza Pachulia, Raymond Felton, David Lee, JaVale McGee, Jeremy Evans, Charlie Villanueva
Revisão
A temporada toda do Dallas Mavericks pode ser marcada pela irregularidade. A franquia do Texas alternou bons e maus momentos durante toda a campanha, mas cumpriu seu papel diante do elenco que possuía. Rick Carlisle é um belo treinador e sabe trabalhar seu elenco taticamente. O ataque esteve entre os dez mais eficientes e a defesa acima da média.
Entra ano e sai ano e parece que o Mavericks vai agitar o mercado e finalmente subir de patamar, mas sempre esbarra na trava e fica na mesma situação. Antes desta última temporada aconteceu com DeAndre Jordan que assinou com os texanos e voltou atrás na decisão. Este ano flertou e flertou com Mike Conley e Hassan Whiteside, sendo que no final das contas acabou assinando com Harrison Barnes.
Definitivamente algumas contratações saíram pela culatra. Chandler Parsons é o exemplo claro disso. O ala não conseguiu promover seu melhor basquetebol e além disso, passou por uma lesão no joelho que o tirou desde março até o fim da temporada. Deron Williams chegou com status de que ainda havia esperança. Há cada ano que passa parece que nunca mais vamos ver aquele jogador que encantava nos tempos de Utah Jazz.
As costas de Dirk Nowitzki devem estar cansadas, mas tão cansadas de carregar este time. Mais uma vez o alemão jogou muito – tanto em quantidade quanto qualidade – e com 38 anos a impressão que dá é que quando ele se aposentar, o Mavs vai amargar bons anos longe dos playoffs. Falando nisso, a franquia deixou de ir à fase de mata-mata somente uma vez desde a temporada de 2000-01. Neste ano, quase foi varrido pelo Oklahoma City Thunder na primeira rodada, perdendo o confronto em cinco jogos.
O perímetro
A armação da equipe vai continuar a mesma da última temporada. Será que a diretoria do Mavs, principalmente Mark Cuban, ainda acredita que Deron Williams pode voltar a ser um All Star? De qualquer forma, a dupla de armadores da equipe não mudou. Williams terá como companheiro Wesley Matthews, que apesar de voltar a jogar depois de sua grave lesão no tendão de Aquiles, não foi o mesmo jogador dos tempos de Blazers.
Os reservas J.J. Barea e Devin Harris continuam no elenco e deverão disputar minutos com Seth Curry, irmão mais novo do astro Stephen Curry. O caçula da família, conseguiu seu primeiro contrato totalmente garantido com os texanos depois de um bom final de temporada regular pelo Sacramento Kings. Com algumas variações, estes três jogadores também podem atuar em algumas oportunidades como ala-armadores.
A grande novidade da equipe é a vinda de Harrison Barnes. O jogador de 24 anos vai morar em Dallas depois de quatro anos defendendo o Golden State Warriors. Não é só a cidade que mudou na vida do atleta, a responsabilidade também. Com um salário de US$ 94 milhões em quatro temporadas, gerou-se muita expectativa de como ele irá se comportar. Até porque, no Mavs não tem nenhum Stephen Curry ou Klay Thompson para ficar com a bola na mão. Em seu novo time, ele terá que por conta própria conduzir os ataques e ser um cara de decisão. Justin Anderson deverá ser seu reserva imediato, o segundo anista mostrou boas qualidades defensivas e agora precisa desenvolver seus tiros de longa distância para ganhar ainda mais minutos.
O garrafão
Os torcedores do Mavericks ficam felizes por ver que Nowitzki aos 38 anos continua jogando em alto nível. Esses mesmos torcedores, ficam tristes ao ver que Nowitzki ainda é o melhor jogador do elenco e o mais (senão o único) confiável. O alemão jogou em média quase dois minutos a mais na última campanha do que em 2014-15 e a maneira que se reinventa em quadra é de se espantar. Seu substituto deverá ser Dwight Powell, que exibiu boas atuações na última campanha quando esteve em quadra.
Outro reforço que chega para compor a equipe é Andrew Bogut. O australiano de 32 anos fez uma boa Olimpíada no Rio de Janeiro e parece que recuperou-se totalmente da lesão sofrida no joelho esquerdo que o tirou das finais da liga. A saída de Zaza Pachulia e sua chegada promove um salto de qualidade na área pintada. No entanto, o Mavs deverá ter uma preocupação nos minutos de quadra do pivô pelo seu histórico de lesões. Foi uma decisão arriscada. Se Bogut permanecer saudável durante a temporada, a troca de pivôs com o Warriors foi um bom julgamento.
Carlisle terá que se desdobrar para pensar na rotação de seus pivôs, ainda mais se Bogut sofrer lesões. Nenhum dos reservas possuem tempo de quadra suficiente para ter-se adquirido alguma experiência. O próprio Powell, Salah Mejri e A.J. Hammons são jogadores jovens que ainda precisam ser lapidados para colocá-los em quadra por um bom período. Quincy Acy parece ser o mais pronto para assumir o buraco deixado por David Lee, JaVale McGee e Charlie Villanueva na rotação.
Análise Geral
Ao contrário da última temporada, o time de Dallas terá que ser menos irregular se quiser almejar uma vaga nos playoffs. A conferência Oeste virá mais acirrada neste ano e por isso manter seus atletas saudáveis é fundamental para o sucesso da equipe. O problema é conseguir dosar a entrada de seus principais jogadores sem afastar-se muito das últimas vagas para a fase de mata-mata. Carlisle deverá saber escolher e analisar cada jogo para isso.
A grande dúvida que ronda Dallas é que tipo de jogador que será Harrison Barnes daqui para frente. Este pode ser o grande momento da carreira do ala, em que finalmente tem a chance de assumir o protagonismo de uma equipe e se tornar um atleta de elite. Até pela preservação dos pivôs e falta de experiência do banco de reservas, Barnes poderá atuar em algumas situações como ala-pivô, aderindo a tática de small ball tão comum hoje na NBA.
As costas largas de Dirk Nowitzki parece não ter fim. Mais uma vez o Mavs buscou no mercado novos companheiros para o alemão na tentativa de atingir fases mais agudas da competição (mesmo não sendo a princípio quem eles desejavam). O fato é que o veterano ainda é o jogador mais confiável e regular do time, em que os coadjuvantes podem ter noites inspiradas de outras ocasiões, ou serem jogadores medianos como vem acontecendo nos últimos tempos.
Previsão: 10° da conferência Oeste