Previsão da temporada – Charlotte Hornets

Franquia da Carolina do Norte espera que as reposições feitas sejam suficientes para manter-se nos playoffs

Fonte: Franquia da Carolina do Norte espera que as reposições feitas sejam suficientes para manter-se nos playoffs

Charlotte Hornets

2015-16: 48-34, 6º lugar na conferência Leste
Playoffs: eliminado na primeira rodada para o Miami Heat em sete jogos.
Técnico: Steve Clifford (quarta temporada)
GM: Rich Cho (sexta temporada)
Destaques: Kemba Walker e Nicolas Batum

Time-base: Kemba Walker – Nicolas Batum – Michael Kidd-Gilchrist – Marvin Williams – Cody Zeller/Roy Hibbert

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Elenco

15 – Kemba Walker, armador
7 – Ramon Sessions – armador
1 – Andrew Andrews, armador

22 – Brian Roberts, armador
5 – Nicolas Batum, ala-armador

21 – Marco Belinelli, ala-armador
9 – Aaron Harrison, ala-armador
6 – Rasheed Sulaimon – ala-armador
12 – Treveon Graham – ala-armador
14 – Michael Kidd-Gilchrist, ala
3 – Jeremy Lamb, ala
2 – Marvin Williams, ala-pivô

35 – Christian Wood – ala-pivô
55 – Roy Hibbert – pivô
00 – Spencer Hawes, pivô

40 – Cody Zeller, pivô
44 – Frank Kaminsky, pivô
10 – Mike Tobey – pivô

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 Quem chegou: Roy Hibbert, Ramon Sessions, Marco Belinelli, Brian Roberts, Christian Wood, Mike Tobey, Treveon Graham
Quem saiu: Jeremy Lin, Al Jeferson, Courtney Lee, Troy Daniels, Tyler Hansbrough, P.J Hairston, Jorge Gutierrrez

Revisão

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A temporada do Charlotte Hornets foi de recuperação em relação a 2014-15. A equipe do técnico Steve Clifford brigou até a última rodada por mando de quadra nos playoffs. As 48 vitórias podem ser consideradas até certo ponto uma surpresa. E pensar que se ganhasse mais uma partida, ficaria com a terceira posição da conferência Leste. Esta volta por cima tem que ter mérito do técnico. Clifford conseguiu de um ano para o outro recuperar a postura tática que levou o Hornets aos playoffs em 2013-14 e além disso, evoluir a equipe como um todo.

Os acertos do treinador foi principalmente no lado ofensivo da quadra. No ano anterior, o Hornets foi o terceiro pior ataque de toda a liga, enquanto que na última campanha subiu para a 11ª posição. Um dos fundamentos que melhoraram foi os tiros de três pontos. Na temporada passada, eles foram o 4º time que mais tentou arremessos de três e terminaram em 8º lugar no aproveitamento. Marvin Williams foi o principal atirador com média de 40.2%.

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Kemba Walker esteve em sua melhor forma na carreira. Antes da última temporada, o armador de 26 anos possuía médias de 30.6% nos tiros de três pontos. A mudança da mecânica de seu arremesso e a decisão de colocar Nicolas Batum muitas vezes armando a equipe – tanto que foi o jogador com maior média de assistências na campanha -, fez com que Walker conseguisse arremessar menos contestado em várias ocasiões e elevasse seu aproveitamento para 37.1%. Além disso, teve pela primeira vez um rendimento superior a 40% nos tiros de quadra desde 2012-13.

Quando chegou a hora de disputar os playoffs, o Hornets pegou um Miami Heat com a mesma campanha que a sua na temporada regular. A irregularidade e falta de experiência da equipe fez com que perdesse a série em sete jogos, mesmo depois de ter duas oportunidades para fechar o confronto. Na offseason, procurou manter seus principais jogadores com contratos expirantes e repor a saída de peças importantes na rotação do elenco.

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O perímetro

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Seus principais jogadores estão neste setor. Kemba Walker é o rosto da franquia, o cara que vai decidir quando a coisa apertar. Se manter o nível ou conseguir elevar ainda mais seu jogo, as chances de ir ao Jogo das Estrelas são consideráveis. Nicolas Batum encaixou-se muito bem nesta equipe e no esquema proposto por Clifford, já que é um atleta que defende bem e também possui armas ofensivas, não a toa, ele foi a principal preocupação da diretoria na manutenção do elenco.

Apesar da renovação de Batum, a franquia da Carolina do Norte perdeu Jeremy Lin para o Brooklyn Nets. Chegou na equipe em baixa e saiu como um dos melhores reservas na temporada passada. Para seu lugar, trouxeram Ramon Sessions, que chega do Washington Wizards em um momento não muito bom na carreira. Sessions pode atuar ao lado de Walker ou realmente fazer o papel de armador. Além de Lin, Courtney Lee também não atuará mais pela franquia. Brian Roberts deverá ser o outro armador que vai ter alguns minutos de quadra, principalmente em caso de lesão dos titulares.

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O Hornets e seus torcedores esperam ansiosamente o retorno de Michael Kidd-Gilchrist. Isto é, se seu ombro deixar. Kidd-Gilchrist vem sofrendo constantemente com lesões desde seu segundo ano na liga. Somente em sua temporada de calouro, ele atuou em mais de 65 jogos da temporada regular. Excelente marcador, espera-se que o jovem de 23 anos consiga melhorar ainda mais a defesa do time. Além disso, eles já provaram que podem ser um time competitivo sem Kidd-Gilchrist. Com ele saudável, as expectativas de alcançar fases mais agudas do campeonato aumentam.

Na tentativa de prevenir-se de possíveis lesões, a franquia trouxe também o italiano Marco Belinelli. O atleta pode atuar nas funções 2 e 3 e vem para dar profundidade ao elenco. Além dele, Jeremy Lamb já mostrou seu valor e possui seu espaço na rotação do técnico. Aaron Harrison e Treveon Graham deverão disputar os minutos de quadra que sobrarem.

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Uma alternativa que Clifford possui é variar bastante os atletas que vão compor o perímetro. Alguns jogadores como Batum, Belinelli e Sessions conseguem atuar em mais de uma posição e o treinador pode utilizá-los da melhor forma de acordo com o adversário.

 O garrafão

Na posição de ala-pivô, Marvin Williams segue como titular. Como já dito, ele foi o jogador com maior aproveitamento nos tiros de três pontos da equipe na última temporada. Por arremessar bem, espaça a quadra e oferece opções de jogadas ofensivas. Além de tudo, não é um mau defensor. Na segunda unidade, Spencer Hawes é seu substituto e também possibilita os tiros de longa distância. O elenco ainda conta com Christian Wood.

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Mas a principal alteração que houve no garrafão do Hornets da temporada passada para esta foi a saída de Al Jefferson e a vinda de Roy Hibbert. O primeiro conseguia produzir bem ofensivamente, mas na defesa deixava muito a desejar. Já o segundo, sempre foi considerado um bom defensor – embora não tenha ido bem no Los Angeles Lakers – e com arsenal ofensivo limitado. A questão é que o técnico Steve Clifford já deu declarações de que pretende contar e muito com Hibbert. Se vai ser titular, é outra história.

Até porque quem vinha começando os jogos era o jovem Cody Zeller, que já demonstrou ser um bom jogador. Apesar disso, o treinador ainda confiava em Jefferson na última campanha em momentos decisivos do jogo, até pela falta de experiência de seu titular. No media day, Clifford não garantiu Zeller entre os que começam em quadra e disse que ele teria que lutar pela titularidade com Hibbert. O segundo anista Frank Kaminsky deverá ser o reserva dos dois e também vai ter minutos.

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CHARLOTTE, NC - NOVEMBER 26:  Lance Stephenson #1 of the Charlotte Hornets runs reacts as he runs down the court during their game against the Portland Trail Blazers at Time Warner Cable Arena on November 26, 2014 in Charlotte, North Carolina.  NOTE TO USER: User expressly acknowledges and agrees that, by downloading and or using this photograph, User is consenting to the terms and conditions of the Getty Images License Agreement.  (Photo by Streeter Lecka/Getty Images)

Análise geral

Espera-se que o Hornets esteja nos playoffs ao término da temporada regular. A ideia é dar sequência no bom trabalho que Steve Clifford vem desempenhando no comando da equipe, que aos poucos, vem fazendo com que se esqueça dos tempos fracassados do Charlotte Bobcats. Nesta temporada, ele terá que mais uma vez resgatar jogadores que estão desacreditados na liga, como é o caso de Roy Hibbert, Ramon Sessions e Marco Belinelli.

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A ascensão contínua de Kemba Walker é mais do que fundamental neste processo, já que a cada ano ele vem desenvolvendo seu jogo e demonstra que pode ser um rosto de uma franquia. Além dele, Batum e Williams provaram na última campanha que também são fundamentais no esquema da equipe. A grande dúvida que cerca o Hornets, é se Kidd-Gilchrist vai conseguir se tornar o jogador que se espera dele.

Pesa ainda a falta de experiência em playoffs. Sim, o Hornets chegou na fase de mata-mata em três das últimas quatro temporadas, mas em todas elas caiu na primeira rodada. O grande desafio é superar isso. Mesmo com as trocas de jogadores, o técnico e a base do time foram mantidas. Poderia ser pior, se Batum e Williams deixassem Charlotte.

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A defesa da equipe tem tudo para ser uma das melhores da liga, já o ataque não se pode dizer o mesmo. Lin, Lee e Jefferson somados fizeram 32.6 pontos por jogo na última campanha. Os jogadores que ocuparão os lugares deles não possuem características ofensivas. O próprio Clifford já declarou que seu ataque vai levar um tempo para se adequar aos novos jogadores, o que significa que terão que cumprir defensivamente o que se espera do time, se quiserem começar com o pé direito na temporada.

Previsão: sexto lugar na conferência Leste

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