Quais são as nossas expectativas e previsão para a temporada 2021/22 do Los Angeles Clippers? Confira o conteúdo especial que o Jumper Brasil produziu sobre o time angelino, que chegou às finais da conferência Oeste na campanha passada.
Los Angeles Clippers
Elenco
Quem chegou?
Eric Bledsoe (New Orleans Pelicans)
Justise Winslow (Memphis Grizzlies)
Keon Johnson (Draft)
Isaiah Hartenstein (Cleveland Cavaliers)
Harry Giles (Portland Trail Blazers)
B.J. Boston (Draft)
Jason Preston (Draft)
George King (Chemnitz – ALE)
Moses Wright (sem time)
Quem saiu?
Patrick Beverley (Minnesota Timberwolves)
DeMarcus Cousins (sem time)
Yogi Ferrell (Panathinaikos – GRE)
Patrick Patterson (Portland Trail Blazers)
Daniel Oturu (sem time)
Visão geral
1. Reggie Jackson (armador, 31 anos)
5. Eric Bledsoe (armador, 31 anos)
(#). Jason Preston (armador, 22 anos)
14. Terance Mann (ala-armador, 24 anos)
5. Luke Kennard (ala-armador, 25 anos)
45. Keon Johnson (ala-armador, 19 anos)
4. Brandon Boston Jr. (ala-armador, 19 anos)
7. Amir Coffey (ala-armador, 24 anos)
0. Jay Scrubb (ala-armador, 21 anos)
2. Kawhi Leonard (ala, 30 anos)
13. Paul George (ala, 31 anos)
33. Nicolas Batum (ala, 32 anos)
8. Marcus Morris Sr. (ala, 32 anos)
7. Justise Winslow (ala, 25 anos)
8. George King (ala, 27 anos)
4. Harry Giles (ala-pivô, 23 anos)
(#). Moses Wright (ala-pivô, 22 anos)
9. Serge Ibaka (pivô, 32 anos)
40. Ivica Zubac (pivô, 24 anos)
55. Isaiah Hartenstein (pivô, 23 anos)
Rotação
Titulares
Reggie Jackson, Eric Bledsoe, Paul George, Marcus Morris, Serge Ibaka (Ivica Zubac)
Principais reservas
Nicolas Batum, Ivica Zubac (Serge Ibaka), Luke Kennard, Terance Mann, Justise Winslow
Técnico: Tyronn Lue
Destaques
O “cara” da franquia
Paul George terá que emular seus melhores momentos na NBA para manter o Clippers no topo do Oeste. É para o ala que os olhos se voltam na equipe agora, pois trata-se do jogador que já terminou uma temporada entre os cinco mais votados ao prêmio de MVP da liga. O veterano vai passar a ser não só o maior pontuador, mas também o principal criador para outros na ausência de Kawhi Leonard. É, provavelmente, o momento em que mais estará sob os holofotes da carreira.
Fique de olho!
Reggie Jackson teve uma carreira parcialmente comprometida pelas expectativas e aparência. É um bom jogador que foi julgado por ter sido titular e recebido contrato milionário no Detroit Pistons. Foi um erro do time, mas ele era quem “pagava” com críticas pesadas. Depois de playoffs iluminados, ele ganhou (mereceu) uma grande extensão contratual. Boa notícia, certo? Ao mesmo tempo, porém, deixará de ser a surpresa agradável para voltar a ser cobrado.
Ponto de interrogação
Serge Ibaka foi uma ausência, certamente, sentida nos playoffs. As alternativas que o time encontrou ao longo do mata-mata foram forçadas pela falta do congolês, um pivô versátil defensivamente e capaz de espaçar a quadra no lado ofensivo da quadra. Essa tem sido uma combinação difícil de achar, mas, na temporada regular, perfeita para os angelinos. Ivica Zubac, por exemplo, passa longe de ter esse perfil. Com o veterano saudável, esse elenco torna-se muito mais flexível.
O que esperar do Los Angeles Clippers na próxima temporada?
A reação natural ao analisarmos um time desfalcado do seu astro, assim como o Clippers na temporada a começar, é apresentar visão pessimista. Os angelinos, porém, não são um caso tão regular assim. O que cria certo otimismo na franquia é como o time reagiu nos playoffs à ausência de Kawhi Leonard: fechou a série contra o Utah Jazz e teve bom desempenho na derrota para o Phoenix Suns sem a referência do elenco.
Vale lembrar, aliás, que o craque não está descartado para a temporada. Há certo otimismo internamente de que ele possa retornar ao longo da campanha. Não é realista, no entanto, imaginá-lo em quadra a julgar por seu histórico. Leonard, no fim das contas, é um jogador extremamente cauteloso com sua questão física. E o time também tem interesse em preservá-lo, após assinar extensão de três anos.
O grande ponto do Clippers é que trata-se de um elenco moderno: possui vários alas altos e versáteis nos dois lados da quadra, ou seja, intercambiáveis. São atletas que podem, por exemplo, passar a bola, arremessar, gerar mismatches e/ou defender múltiplas posições. E esse plantel é fortalecido, agora, por uma aposta da offseason que ilustra esse tipo de atleta flexível e “multitarefa”: Justise Winslow.
Winslow não foi a única aparente “bola dentro” da franquia nos últimos meses, dentro de suas possibilidades. Os angelinos apostaram no draft e saíram com mais dois atletas que atendem ao perfil detalhado antes (Keon Johnson e B.J. Boston). Isaiah Hartenstein é um pivô que, certamente, oferece mais mobilidade na defesa do que Zubac.
A saída do especialista defensivo Patrick Beverley para a chegada do instável Eric Bledsoe é um movimento bem mais questionável. No entanto, essa é uma troca que promete ter menor significância ao passo em que os alas são a base da rotação.
Formação de quatro alas
O Clippers encontrou uma solução nos playoffs com as suas formações com quatro alas, diante da ausência de Ibaka e ineficiência de Zubac. Era uma equipe com espaçamento máximo e passes em movimento no ataque enquanto trocava marcação a cada bloqueio na defesa. Foi assim que Tyronn Lue conseguiu derrubar o Dallas Mavericks (uma série que o próprio tratou de complicar) e ruiu o time de melhor recorde da liga, Utah Jazz.
Não há como negar que foi uma solução estritamente de playoffs para os angelinos. Na temporada regular, as 19 formações com mais minutos do Clippers tiveram, ao menos, um pivô em quadra (Ibaka, Zubac ou Daniel Oturu). Nenhum quinteto sem pivô jogou mais do que 30 minutos junto ao longo das 72 partidas. As três formações mais usadas nos playoffs, por outro lado, tinham três ou mais alas sem pivôs em quadra.
O drama de Lue na atual campanha, certamente, passa por usar mais esses quintetos na temporada regular ou não. E essa decisão pode estar, de certa forma, um pouco fora de suas mãos. A verdade é que esse recurso só foi usado porque os pivôs não funcionaram – e o técnico insistiu até mais do que deveria com Zubac. Se Ibaka estiver saudável, em especial, essa formação talvez deva cair em desuso rapidamente.
Outro ponto que pode impedir o uso mais extenso dessa arma é a ausência de Leonard, mas o elenco tem tantos alas que não acho que seja impeditivo. E, no fim das contas, para ser sincero, um cenário de pouca utilização das formações sem pivôs pode ser o melhor possível para o Clippers. Permite que, afinal, a franquia guarde um recurso já provado “na manga” para os playoffs. Esconder o jogo também é jogar.
Projeção Jumper Brasil
O Los Angeles Clippers projeta ser o sexto colocado da conferência Oeste pelas nossas previsões, classificando-se para os playoffs de forma direta.
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