Confira a previsão para a temporada 2021/22 da NBA que o Jumper Brasil preparou sobre o Atlanta Hawks. O time, que foi finalista da conferência Leste na última campanha, vem em busca de mostrar que não o fez por acaso.
Atlanta Hawks
Quem chegou
Jalen Johnson (Draft)
Sharife Cooper (Draft)
Johnny Hamilton (Agente livre)
Timothe Luwawu-Cabarot (Brooklyn Nets)
Gorgui Dieng (San Antonio Spurs)
Delon Wright (Sacramento Kings)
Quem saiu
Kris Dunn (Memphis Grizzlies)
Bruno Fernando (Sacramento Kings)
Tony Snell (Portland Trail Blazers)
Brandon Goodwin (Agente livre)
Elenco
11- Trae Young: armador, 23 anos
0- Delon Wright: armador, 29 anos
2- Sharife Cooper: armador, 20 anos
13- Bogdan Bogdanovic: ala-armador, 29 anos
3- Kevin Huerter: ala-armador, 23 anos
6- Lou Williams: ala-armador, 34 anos
7- Timothe Luwawu-Cabarrot: ala-armador, 26 anos
55- Daquan Jeffries: ala-armador, 24 anos
4- Skylar Mays: ala-armador, 24 anos
12- De’Andre Hunter: ala, 23 anos
22- Cam Reddish: ala, 22 anos
18- Solomon Hill: ala, 30 anos
20- John Collins: ala-pivô, 24 anos
8- Danilo Gallinari: ala-pivô, 33 anos
1- Jalen Johnson: ala-pivô, 19 anos
15- Clint Capela: pivô, 27 anos
10- Gorgui Dieng: pivô, 31 anos
17- Onyeka Okongwu: pivô, 20 anos
24- Johnny Hamilton: pivô, 27 anos
Titulares
Trae Young
Bogdan Bogdanovic
De’Andre Hunter
John Collins
Clint Capela
Reservas
Delon Wright
Lou Williams
Sharife Cooper
Kevin Huerter
Cam Reddish
Timothe Luwawu-Cabarrot
Solomon Hill
Danilo Galinari
Jalen Johnson
Gorgui Dieng
Onyeka Okongwu
Técnico: Nate McMillan
O “cara” da franquia
Trae Young
Ah, que jogador fantástico é Trae Young, não é mesmo? Quebrador de previsão, o líder do Atlanta Hawks promete ser ainda mais letal em 2021/22. Tudo bem, ele não é um bom defensor, mas o seu jogo ofensivo compensa o outro lado da quadra. Embora não seja um excepcional arremessador de três (34.3% de aproveitamento em 2020-21), Young destrói defesas com dribles rápidos e intensidade. Além disso, o camisa 11 é um grande passador, tendo superado a média de nove assistências nos últimos dois anos.
Seu maior problema, porém, nem é tanto a defesa, mas a confiabilidade física. Young sofreu com pequenas lesões ao longo da temporada e, nos playoffs, desfalcou o Atlanta Hawks quando ele era mais necessário, diante do Milwaukee Bucks. A torcida, claro, é que o armador esteja livre de contusões para levar o time o mais longe possível.
Fique de olho!
Clint Capela
E pensar que o Houston Rockets praticamente doou Clint Capela ao Atlanta Hawks porque queria jogar baixo, né? Para quem não se lembra da troca, o Hawks enviou Evan Turner, em fim de carreira, além de escolhas de draft (2020, de primeira rodada e 2026, de segunda). Capela, portanto, resolveu um problema que o time tinha no centro do garrafão que durava desde a saída de Al Horford para o Boston Celtics.
Com boa capacidade defensiva, o Hawks deu um salto do 28° melhor rating defensivo para o 18° apenas em um ano. Ainda que não seja o melhor dos mundos, a evolução com Capela é nítida e a ideia de Nate McMillan é fazer com que o garrafão seja cada vez menos penetrável. Sim, o suíço não é nenhum Dikembe Mutombo ou Theo Ratliff, mas faz bem o seu papel.
A previsão, portanto, é que Capela faça o Atlanta Hawks mais forte defensivamente em 2021/22.
O ponto de interrogação
John Collins
De contrato finalmente renovado, John Collins parece ter perdido o ritmo que o levou a fazer média de duplo-duplo em 2019-20. Embora não tenha ocorrido uma queda gigantesca em seu aproveitamento no arremesso, ele teve menos oportunidades de arremessos. Assim, Collins, que fizera 21.6 pontos e 10.1 rebotes há duas temporadas, caiu para 17.6 pontos e 7.4 rebotes.
Collins é um ótimo arremessador, mas precisa ter mais chances no ataque. Apesar de o Atlanta Hawks contar com diversos jogadores capazes de pontuar, a tendência é que ele perca ainda mais bolas por jogo. O elenco é muito qualificado e conta com Danilo Gallinari, Cam Reddish, Clint Capela, De’Andre Hunter, Bogdan Bogdanovic, mas ainda tem o astro Trae Young. Ou seja, não será nada fácil para o ala-pivô destacar-se individualmente.
O que esperar do Hawks em 2021/22?
Apesar de o Atlanta Hawks contar com um núcleo bastante jovem, a previsão é que o time brigue pelo mando de quadra em 2021/22. O salto de qualidade que a equipe teve durante a última campanha, no entanto, pareceu meramente uma falta de comando. Antes, com Lloyd Pierce, o Hawks era apenas o 11° da conferência Leste. Depois que Nate McMillan assumiu, saltou para o quinto lugar na fase regular. Nos playoffs, então, fez aquele estrago, eliminando New York Knicks e Philadelphia 76ers, parando apenas no eventual campeão, o Milwaukee Bucks.
Entretanto, poucas mudanças no elenco foram feitas para a próxima temporada. Do draft, vieram Jalen Johnson e Sharife Cooper, além de Johnny Hamilton, Timothe Luwawu-Cabarot e Gorgui Dieng, da agência livre. Por fim, Delon Wright, chegou em troca. No entanto, o time pouco perdeu: Kris Dunn e Bruno Fernando, em trocas, e Tony Snell (assinou com o Portland Trail Blazers) e Brandon Goodwin, que é agente livre.
O mais interessante será entender se McMillan pretende tirar alguns minutos de Trae Young, deixando-o mais preparado e, ao mesmo tempo, descansado para os playoffs. Vale lembrar que o astro sofreu com diversas contusões na fase de mata-matas, mas especialmente na decisão do Leste. As presenças de Wright e, eventualmente, Lou Williams, podem ter algum sentido nisso. É importante ressaltar, contudo, que ele atuou por cerca de 33 minutos na temporada regular e saltou para 37 na fase seguinte.
Alas e alas-armadores
Nas posições dois e três, porém, McMillan pode rodar bastante o time. Bogdan Bogdanovic, Kevin Huerter, De’Andre Hunter, Cam Reddish e Solomon Hill deverão ter muitos minutos, além do calouro Johnson. Portanto, o treinador não terá problemas aqui.
Hunter, que vinha em uma grande temporada, se machucou e, quando retornou às quadras, claramente não estava no mesmo nível. Espera-se, porém, que ele esteja mais bem preparado para 2021/22. Nos primeiros 18 jogos, o ala havia anotado 20 pontos ou mais em seis ocasiões, mas quando voltou, nos oito seguintes, ele não conseguiu atingir tal marca em nenhuma oportunidade. Reddish, recuperado de contusão, é a melhor opção no banco, enquanto Hill serve para propósitos estritamente defensivos.
Já Bogdanovic, teve altos e baixos nos playoffs. Em uma sequência de seis jogos, ele obteve 6.1 pontos, convertendo 26.8% dos arremessos. Nas três partidas seguintes, o sérvio registrou 22.7 pontos e 45.3% das tentativas. A alternativa principal a ele é Huerter, de 23 anos. O jovem sabe passar a bola melhor do que boa parte dos jogadores de sua posição e comete pouquíssimos erros de ataque. Além disso, Huerter tem bom aproveitamento nos arremessos de três.
Garrafão
Na área pintada, Clint Capela comanda as principais ações defensivas. Líder em rebotes da NBA em 2020-21, Capela obteve 15.2 pontos, 14.3 rebotes e 2.0 bloqueios, com aproveitamento próximo a 60% nos arremessos. Apesar disso, o Atlanta Hawks sofreu com os pontos dos oponentes no garrafão, sendo apenas o 20° no quesito (para efeito de comparação, no entanto, o Utah Jazz, de Rudy Gobert, foi o 22°). Seu principal reserva será o bom Gorgui Dieng, enquanto o segundanista Onyeka Okongwu foi “rebaixado” para a terceira opção da posição.
Ao seu lado vai jogar John Collins, jogador de ótimo aproveitamento ofensivo (55.6% nos arremessos e 39.9% em três pontos), mas que ainda peca do outro lado. Embora ele tenha capacidade física para tal, Collins evitou o confronto contra jogadores mais atléticos nos playoffs, como Giannis Antetokounmpo (sobrou para Capela em várias ocasiões). Enquanto isso, seu reserva, o italiano Danilo Gallinari (o Andrea Bargnani que deu certo), cuida bem apenas do lado ofensivo. Experiente, Gallinari acertou 40% ou mais dos três pontos pelo terceiro ano consecutivo, mas foi discreto nos cantos da quadra, com 33% de aproveitamento.
Projeção Jumper Brasil
Conferência Leste: 4º lugar
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