Miami Heat
2010-11: 58-24, 2° na conferência Leste
Playoffs: perdeu a final da NBA para o Dallas Mavericks em seis jogos
Técnico: Erik Spoelstra, três temporada (144-98)
GM: Pat Riley, três temporadas, três playoffs, nenhum título
Destaques: LeBron James, Dwyane Wade e Chris Bosh
Elenco
15- Mario Chalmers, armador
55- Eddie House, armador
30- Norris Cole, armador
3- Dwyane Wade, ala-armador
31- Shane Battier, ala-armador
13- Mike Miller, ala-armador
7- Derrick Byars, ala-armador
22- James Jones, ala
6- LeBron James, ala
40- Udonis Haslem, ala-pivô
1- Chris Bosh, ala-pivô
5- Juwan Howard, ala-pivô
34- Eddy Curry, pivô
45- Dexter Pittman, pivô
50- Joel Anthony, pivô
Perder para o Dallas Mavericks na final da NBA não estava nos planos de Pat Riley. O Miami Heat começou a última temporada com várias derrotas, mas conseguiu chegar aos playoffs mais forte, superando o Boston Celtics e o Chicago Bulls. Nas finais, LeBron James ficou apagado.
Erik Spoelstra acredita que o Heat agora está mais forte, apesar de não ter adquirido jogadores para as posições mais carentes: armador e pivô. Por não haver tanta badalação neste ano, o treinador vê possibilidades de fazer seu elenco vencer sem ser tão notado.
O perímetro
Mike Bibby saiu, o que no final das contas não foi tão ruim para o Heat. Bibby estava fazendo um trabalho ruim na equipe da Flórida, defendendo mal, e não ajudando no ataque. Isso sobra para o jovem Mario Chalmers, que volta ao quinteto incial. Chalmers defende muito bem, e tem em seu arremesso de longa distância o seu maior destaque. O calouro Norris Cole deverá ser o seu imediato.
O astro Dwyane Wade é quem deve conduzir o time por boa parte do tempo. Ele, que teve sua pior temporada em assistências desde o seu primeiro ano na Liga, ainda não conseguiu um arremesso de longa distância equilibrado. Fora isso, ele é completo. Defende como poucos (1.8 roubada e 1.0 bloqueio por jogo na carreira), ataca a cesta o tempo todo, e é um cestinha de primeira. No ano passado, ele obteve 25.5 pontos, mesmo com LeBron James e Chris Bosh no time.
James falhou na final, é fato. Mas o que ele fez contra o Chicago Bulls nas semifinais, prova que é um jogador diferenciado, provavelmente o melhor da NBA no momento. Suas médias, mesmo em Miami, são assustadoras: 26.7 pontos, 7.5 rebotes e 7.0 assistências. Números de MVP, algo que ele já conseguiu duas vezes. Para chegar lá pela terceira vez, terá de levar o Heat ao primeiro lugar da conferência Leste. Depois, precisará provar que sua fama de desaparecer em momentos decisivos ficou para trás.
O Heat contratou o ótimo defensor Shane Battier, que estava no Memphis Grizzlies. Ele será um dos principais jogadores do banco de reserva, ao lado de Mike Miller, que está totalmente curado das lesões que o importunaram no ano passado.
O time ainda conta com Eddie House e James Jones, dois especialistas em arremessos.
O garrafão
Se no perímetro o Heat é um dos melhores times da NBA, no garrafão a história é bem diferente. Apenas Chris Bosh salva. Não que Bosh apenas dê para o gasto, mas seus companheiros são uma lástima. Bosh é jogador de All star game, e sabe que precisa fazer melhor em 2011-12, pois deixou uma impressão ruim em certos momentos, especialmente na defesa. Seus números foram os piores desde 2005-06, o que até certo ponto é compreensível. Só precisa se esforçar um pouco mais.
Joel Anthony é projetado para ser o pivô titular, o que é algo preocupante. O Heat não conseguiu contratar nenhum dos bons jogadores de garrafão na agência livre, e ainda perdeu Zydrunas Ilgauskas para a aposentadoria. Erick Dampier também não retornou, assim como Jamaal Magloire. Assim, Udonis Haslem terá de atuar como pivô em vários momentos da temporada. Haslem é bom, porém ficou quase toda a última temporada de fora, por conta de contusão.
Sobram poucas opções para o time. Juwan Howard voltou para o seu 18° ano na NBA, o que não é nada animador. O Heat ainda pode, eventualmente, contar com Eddy Curry e Dexter Pittman. Curry chegou bem mais magro para essa temporada, e deve ganhar alguns minutos. Pittman é jovem e cru. Falta muito para aprender.
Análise geral
Se por um lado o Heat é um dos principais candidatos ao título da conferência Leste, por outro, o time possui buracos em duas posições fundamentais. Nem tanto por Chalmers, mas por Anthony. Não é possível esperar que do banco de reservas saia alguém bom o suficiente para mudar um jogo. No entanto, no perímetro a coisa muda de figura. Battier, Miller, e Jones serão muito importantes na rotação.
É possível buscar o objetivo principal, o título da NBA. O Heat precisará provar várias coisas esse ano: Spoelstra, se é capaz de fazer seu time vencer. Curry, se ainda pode jogar na NBA. James, se consegue manter o ritmo de vencedor em momentos decisivos. Falta pouco, mas falta muito.
Previsão: primeiro lugar na conferência Leste.