Prêmios de metade da temporada 2022/23 da NBA

Nem parece, mas a temporada 2022/23 já chegou em sua metade e, como resultado, fizemos uma eleição interna para definir os prêmios para os melhores. Pedimos aos membros do Jumper Brasil para elegerem os principais candidatos, além de surpresas positivas e negativas. Para ampliarmos ainda mais o debate, também votamos nas equipes que surpreenderam e nas que decepcionam.

Então, confira os prêmios da metade da temporada 2022/23 da NBA.

Maior steal do Draft

O armador Andrew Nembhard, do Indiana Pacers, foi quem recebeu mais votos (3) de toda a equipe do Jumper Brasil. Trigésima primeira escolha do último Draft, ele não demorou muito para ganhar titularidade na equipe. Em 39 partidas, Nembhard começou 30 e possui médias de 8.4 pontos, 3.8 assistências, além de acertar 38.5% dos arremessos de três.

Também receberam votos: Jalen Duren (Detroit Pistons), Jalen Williams (Oklahoma City Thunder) e Christian Braun (Denver Nuggets).

Time que mais surpreendeu positivamente

O Sacramento Kings recebeu quatro dos seis votos para o primeiro lugar, enquanto o New Orleans Pelicans ficou com os outros dois. Apesar de o Pelicans estar na briga pelos primeiros postos da conferência Oeste, o Kings não vai aos playoffs desde 2006/07. Em contrapartida, New Orleans já esteve lá na última temporada. Ou seja, venceu o que realmente ninguém esperava que estivesse lá.

Embora o Pelicans esteja na terceira posição e, no momento, sem Zion Williamson e Brandon Ingram, Sacramento é o quarto na classificação. Com Domantas Sabonis e De’Aaron Fox no comando em quadra, a equipe californiana supera, por muito, qualquer expectativa dos próprios torcedores.

Antes do início da temporada, por exemplo, listamos o Kings como o possível décimo no Oeste. Ou seja, apesar de nós considerarmos Sacramento no play-in, jamais imaginamos lutando por mando de quadra.

Time que mais surpreendeu negativamente

Olha, a concorrência para um dos prêmios mais chatos de metade da temporada da NBA foi enorme. Nada menos que cinco times receberam votos, mas o Phoenix Suns ganhou dois deles. Toronto Raptors, Chicago Bulls, Golden State Warriors e Los Angeles Lakers também foram citados.

Mas vamos por partes.

Enquanto o Lakers tinha a expectativa de trocar Russell Westbrook, criou-se uma chance de o time brigar pelos primeiros lugares do Oeste. Então, aquela negociação que envolvia Myles Turner e Buddy Hield por Westbrook não aconteceu (ainda) e a equipe segue fora do play-in. Nem mesmo Anthony Davis e LeBron James brilhando, a situação melhorou. Aliás, eles basicamente brilharam sozinhos, né? Davis o fez quando James estava fora e o contrário acontece hoje.

No Raptors, a gente até escreveu sobre isso recentemente. O time não dá liga, apesar de contar com vários jogadores realmente bons. Então, talvez, o caminho seja partir para uma reformulação de elenco.

O Bulls, por outro lado, sente a falta de Lonzo Ball. Para ter uma ideia, o time de Chicago venceu 22 partidas e perdeu 13 enquanto Ball atuou (62.8%). Mas sem ele, desde a sua chegada, o aproveitamento é de apenas 47.8% (43 vitórias e 47 derrotas). Ao menos, existe a chance de ele retornar na atual campanha.

Melhor técnico

Willie Green recebeu três dos seis votos para o melhor técnico da temporada, enquanto Jacque Vaughn, Mike Brown e Joe Mazzulla ficaram com um. O treinador do New Orleans Pelicans está tirando leite de pedra. Sem Zion Williamson e Brandon Ingram por diversos jogos, ele colocou a equipe no terceiro lugar. Aliás, New Orleans chegou a liderar o Oeste antes de Zion se machucar.

Mas os outros que receberam votos também possuem grandes méritos.

O Boston Celtics lidera o Leste após problemas com Ime Udoka. Mas não foi só isso. Robert Williams começou a temporada no estaleiro, enquanto Danilo Gallinari está fora por toda a campanha. Ainda assim, Joe Mazzulla faz o Celtics estar no topo.

Mike Brown é responsável por fazer o Sacramento Kings estar em quarto no Oeste, enquanto Jacque Vaughn tirou o Brooklyn Nets de um possível colapso e colocou o time na briga pelo Leste.

Melhor defensor

Jaren Jackson Jr, do Memphis Grizzlies, recebeu três dos seis votos. Brook Lopez, do Milwaukee Bucks, apareceu duas vezes, enquanto o seu companheiro Giannis Antetokounmpo, uma. Mas é bem fácil explicar Jackson no topo.

O Grizzlies era time de meio de tabela no começo da temporada, já que Jackson estava fora por lesão. Ele voltou às quadras no meio de novembro e, agora, Memphis tem o melhor defensive rating. Com 3.2 bloqueios por jogo, ele só não lidera a liga por conta do número mínimo de jogos. Mas quando atingir, ele será o primeiro, pois Nic Claxton, do Brooklyn Nets, é o primeiro atualmente com 2.6.

Melhor negócio da offseason

Donovan Mitchell para o Cleveland Cavaliers recebeu votação unânime. Ou seja, todos os seis membros do site escolheram o ala-armador. Mas não chega a ser surpresa, né? Mitchell colocou o Cavs entre os primeiros do Leste e briga, rodada a rodada, pelo terceiro lugar com Milwaukee Bucks e Philadelphia 76ers.

A troca para o Cavaliers foi meio que uma surpresa, pois todo mundo esperava que ele iria para o New York Knicks. Mas no fim das contas, todo mundo se beneficiou e o próprio Knicks luta por playoffs de forma direta.

Pior negócio da offseason

Assim como Mitchell, Rudy Gobert recebeu todos os votos da equipe. O que o Minnesota Timberwolves fez para ter o francês foi algo absurdo. Patrick Beverley, Malik Beasley, Leandro Bolmaro, Jarred Vanderbilt, Walker Kessler e, por fim, quatro seleções de primeira rodada de draft foram para Salt Lake City.

Apesar de o Jazz trocar Beverley para o Los Angeles Lakers e Bolmaro praticamente não jogar, todos os outros são muito importantes para Utah. Beasley é o melhor arremessador de três do time, enquanto Vanderbilt foi titular por vários jogos. Por fim, Kessler ganhou a vaga no quinteto inicial e é muito eficiente na defesa.

O Timberwolves, por outro lado, aparece apenas na sétima posição do Oeste e só chegou ali depois de muitos ajustes. Aliás, não deu certo a dupla Karl-Anthony Towns e Gobert. Jogando juntos, eles somam nove vitórias e dez derrotas, mas não se trata apenas de resultados. Em quadra, eles não se entendem.

O projeto para espelhar o que Boston Celtics e Cleveland Cavaliers (de dois caras grandes) não funciona em Minnesota. Portanto, levar os seis votos não chega a ser surpresa.

Jogador que mais evoluiu

Claro que ainda é cedo, mas os nossos votos para os prêmios de metade da temporada da NBA já conta com alguns favoritos. E, para o de jogador que mais evoluiu não é diferente.

Apenas três jogadores receberam votos, mas é possível que todos estejam no Jogo das Estrelas pela primeira vez em suas carreiras. Em primeiro, Tyrese Haliburton, com três votos. Em segundo, Lauri Markkanen, com dois. Por fim, Shai Gilgeous-Alexander recebeu um.

Haliburton é o responsável pelo fato de o Indiana Pacers estar brigando por playoffs. Enquanto o mundo esperava a equipe no tank e na reconstrução do elenco, o armador fez o time jogar. E como fez.

O problema é que ele se machucou e deve voltar em duas semanas. Nas duas primeiras partidas sem ele, o Pacers até jogou bem, mas não conseguiu superar Atlanta Hawks e Memphis Grizzlies.

Já Markkanen, o caro é um tanto diferente. O finlandês era peça solta no Cleveland Cavaliers, após uma boa temporada de calouro no Chicago Bulls. Mas ele não explodiu nos anos seguintes e foi parar no Cavs. Como Cleveland queria ter Donovan Mitchell, o enviou para o Utah Jazz como moeda de troca. E, finalmente, em Salt Lake City, ele mostrou o seu melhor basquete.

Por fim, Gilgeous-Alexander é um dos cestinhas da temporada e faz o Oklahoma City Thunder deixar o tank de lado por um momento. Claro que não é uma campanha brilhante da equipe, mas só o fato de competir, já é incrível.

Melhor reserva

E quem falou que a carreira de Russell Westbrook acabou no Los Angeles Lakers? O armador recebeu quatro dos nossos seis votos para o melhor reserva da temporada. Enquanto isso, Bobby Portis e Jordan Poole receberam um cada.

Westbrook se encontrou vindo do banco e, apesar de ainda cometer erros bobos de ataque, faz uma campanha justa em Los Angeles. Seu jogo flui mais, embora ele não goste muito da ideia. Só que, com sua explosão, liderando a segunda unidade do Lakers, ele sempre faz o adversário se ajustar.

Até a metade da atual temporada da NBA, o Lakers pode acabar ganhando um dos prêmios que sequer imaginava.

Por fim, Portis e Poole foram lembrados pela nossa equipe.

Melhor calouro

Não deu para ninguém mais, além de Paolo Banchero, do Orlando Magic. O calouro recebeu todos os seis votos para o prêmio e, pelo andamento da temporada, dificilmente alguém vai tirar isso dele. É bem verdade que Bennedict Mathurin tem sido importante no Indiana Pacers e Jabari Smith mostra grande evolução no Houston Rockets, mas Banchero é o melhor novato até o momento.

Existem outros jovens que estão aparecendo, como AJ Griffin no Atlanta Hawks e Jalen Duren no Detroit Pistons. Aliás, o Pistons ainda tem Jaden Ivey, que começou muito bem, caiu de produção, mas já voltou a produzir.

A classe tem muito talento.

MVP

Com três votos, Luka Doncic, do Dallas Mavericks, foi eleito o MVP da metade de 2022/23. Nikola Jokic recebeu dois votos para receber o seu terceiro prêmio consecutivo, enquanto Jayson Tatum foi lembrado uma vez.

É natural que Doncic receba tantos votos, mas com o Mavs longe dos primeiros lugares do Oeste, dificilmente ele consegue se manter. Tudo bem que já aconteceu de um time não estar no topo e um jogador ganhar o MVP, mas não faria sentido. Pelo menos, não se o Mavericks se classificar aos playoffs via play-in.

No momento, tudo certo. Dallas é o quinto e briga com o Sacramento Kings e o New Orleans Pelicans. Mas e se o Golden State Warriors e o Los Angeles Clippers subirem de produção? Então, é bom aguardar.

Jokic é o atual líder da Corrida para o MVP, de acordo com o site oficial da liga. Na última edição, o jogador do Denver Nuggets segue em primeiro, enquanto Doncic é o segundo.

Por fim, Tatum, do líder Boston Celtics, é o terceiro tanto na votação da NBA quanto na do Jumper Brasil.

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