Minnesota Timberwolves e Phoenix Suns vão se enfrentar na primeira rodada dos playoffs da NBA em 2023/24, a partir do próximo sábado (20). O duelo entre terceiro e sexto colocado da Conferência Oeste, é um dos mais interessantes do começo da pós-temporada. Afinal, a equipe do Arizona poderá roubar o mando de quadra e derrubar um dos líderes do Oeste? A temporada regular mostrou que é possível, já que o Suns venceu todos os confrontos.
Confrontos na temporada
Phoenix Suns 3 x 0 Minnesota Timberwolves
- 15/11: Timberwolves 115 x 133 Suns
- 05/04: Timberwolves 87 x 97 Suns
- 14/04: Suns 125 x 106 Timberwolves
Datas da série
- 20/04: Phoenix Suns x Minnesota Timberwolves – 16:30 (ESPN 2)
- 23/04: Phoenix Suns x Minnesota Timberwolves – 20:30 (Prime Video)
- 26/04: Minnesota Timberwolves x Phoenix Suns – 23:30 (ESPN 2)
- 28/04: Minnesota Timberwolves x Phoenix Suns – 22:30 (Prime Video)
- 30/04: Phoenix Suns x Minnesota Timberwolves*
- 02/05: Minnesota Timberwolves x Phoenix Suns*
- 04/05: Phoenix Suns x Minnesota Timberwolves*
* Se necessário
Destaques
Temporada regular
Phoenix Suns (49-33)
- Kevin Durant: 27.1 pontos, 6.6 rebotes, 5.0 assistências, 1.2 toco, 41.3% nas bolas de três
- Devin Booker: 27.1 pontos, 6.9 assistências, 4.5 rebotes, 36.4% nas bolas de três
- Bradley Beal: 18.2 pontos, 5.0 assistências, 4.4 rebotes, 1.0 roubo de bola, 43% nas bolas três
- Grayson Allen: 13.5 pontos, 3.9 rebotes, 3.0 assistências, 46.1% nas bolas de três
Minnesota Timberwolves (56-26)
- Anthony Edwards: 25.9 pontos, 5.4 rebotes, 5.1 assistências, 1.3 roubo de bola, 35.7% nas bolas de três
- Karl-Anthony Towns: 21.8 pontos, 8.3 rebotes, 3.0 assistências, 41.6% nas bolas de três
- Rudy Gobert: 14.0 pontos, 12.9 rebotes, 2.1 tocos, 1.3 assistência, 66.1% nos chutes gerais
- Mike Conley: 11.4 pontos, 5.9 assistências, 2.9 rebotes, 1.2 roubo de bola, 44.2% nas bolas de três
Na temporada
Apesar de todas as inconstâncias e problemas, uma coisa é certa: o Phoenix Suns viveu sua melhor versão na NBA em 2023/24 ao enfrentar o Minnesota Timberwolves, e isso é um grande trunfo nos playoffs. São vários os fatores que levaram a isso, mas é justo dizer que não estamos falando de um mero recorte pouco valioso na temporada regular.
O ataque do terceiro colocado do Oeste foi questionado durante todo o ano, sobretudo em finais de jogos. Mas, a equipe sofreu em todos os momentos para pontuar sobre o Suns na fase regular. Para se ter uma ideia, a média de pontos deles foi de 102.7 nos três jogos com o rival. A pior marca da NBA na temporada, aliás, foi a do Memphis Grizzlies, com 105.8. Portanto, três pontos acima do que Minnesota produziu contra Phoenix.
Anthony Edwards em particular, sofreu muito nesse confronto. Afinal, sua média foi de 14.3 pontos, 30.9% nos arremessos de quadra e 27.2% nas bolas de três. O astro precisa ter um alto compromisso defensivo para limitar Booker, e é defendido não só por ele, mas também por Allen, Beal, O’Neale, Gordon e outros ao redor da temporada.
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Por outro lado, o ataque do Suns também não foi perfeito, nos três duelos. Mas, em pelo menos dois, Kevin Durant esteve muito bem e Bradley Beal explodiu. É verdade que o ala-armador esteve fora de um dos jogos (mesmo assim Phoenix venceu), mas ele teve um aproveitamento impressionante de 88.8% das bolas triplas nos dois duelos que disputou contra o rival.
Coletivamente, o ataque do Suns foi muito superior, e com Edwards muito abaixo nos duelos, o Timberwolves não teve grandes soluções. Será uma série importante para Karl-Anthony Towns, tanto nas ajudas defensivas em Kevin Durant, tanto para tirar a sobrecarga de Edwards e lhe dar um pouco mais de espaço. O ala-pivô também perdeu um dos confrontos entre eles na atual campanha.
O que se pode dizer é que olhando do ponto de vista de encaixe, Minnesota era o adversário dos sonhos para Phoenix. Por outro lado, o Suns era o pesadelo do Timberwolves na primeira rodada. Isso torna as coisas mais interessantes. Afinal, já que a equipe de melhor campanha em teoria, deveria ter o favoritismo da série pelo que mostrou na campanha como um todo.
Números de Suns e Timberwolves
Minnesota se apoiou em sua defesa de elite ao longo da campanha. Eles se deram ao luxo de ser um ataque mediano, apenas a 16ª eficiência da liga, enquanto tiveram a melhor eficiência defensiva com alguma vantagem. A proteção de aro de Rudy Gobert e com nomes sólidos no perímetro. Um dos times que mais limitou pontos no garrafão na temporada com a presença do candidato a Defensor do Ano.
Mas aqui vai uma métrica interessante: apesar de um volume mediano, o time do técnico Chris Finch teve o terceiro maior aproveitamento na bola tripla durante a campanha. Você tem dois nomes que podem pontuar de todo lugar da quadra, enquanto também tem espaçamento de elite com Mike Conley, Naz Reid, Nickeil-Alexander Walker e Monte Morris. É um time com mais variedade do que se é dito.
Phoenix por outro lado, teve o nono melhor ataque e a 13ªmelhor defesa. Alguns defeitos marcantes em ambos os lados, mas números acima da média em geral. No lado ofensivo, seguem sendo um dos times que menos chuta de três em toda a liga, mas compensam isso com o quinto melhor aproveitamento. Além disso, os erros de ataque são um grande problema. Isso acontece na hora de fechar jogos. Eles foram mal no último quarto em geral. Ainda assim, é um time de um ataque muito poderoso, com grande poder de fogo. Sobretudo, na meia distância.
Muitos problemas defensivos se resolveram com a chegada de Royce O’Neale, e uma rotação mais agressiva nesse sentido por 48 minutos. Diria que a desatenção defensiva em trocas de marcação e sistemas ofensivos muito trabalhados, ainda é um problema. Além disso, o Suns sofre em geral pela falta de reposição boa para Jusuf Nurkic na proteção de aro e até na facilitação ofensiva.
Na história
Phoenix Suns e Minnesota Timberwolves jamais se enfrentaram nos playoffs da NBA, até 2023/24. Mesmo no começo dos anos 2000, quando viveram bons momentos simultâneos, não se encontraram. Na temporada regular, o retrospecto é amplamente favorável para o Suns, com 83 vitórias contra 44 de Minnesota.
E o momento?
Minnesota sobreviveu a lesão de Towns, e se manteve na briga pela liderança do Oeste até o último dia. O astro ganhou algum ritmo no retorno, e quer chegar forte aos playoffs. Eles venceram 12 dos 17 jogos antes do fim da campanha regular. Aliás, dois foram para o próprio Suns. Apesar da frustração por não conseguir a liderança, o contexto ajuda a entender que o Wolves chega confiante para a disputa.
Phoenix oscilou. A equipe teve o calendário mais difícil da liga nos últimos dez jogos e oscilou vitórias fantásticas com derrotas frustrantes. Essa foi uma tônica, afinal, de toda a campanha. Nesse contexto, conseguir a vaga direta foi um grande resultado. Além disso, uma melhora significativa nos últimos quartos das partidas a partir de abril, ajuda a inspirar confiança.
É justo dizer que ambos vem de bons momentos, mas que a confiança de Phoenix para o confronto em si, é maior. Eles se veem na grande chance de conseguir avançar da primeira rodada, evitando por exemplo, o Denver Nuggets ou o Oklahoma City Thunder, contra quem não venceu em 2023/24.
O grande ponto de Minnesota será entender se eles conseguem jogar a sua maneira e são capazes de ao mesmo tempo, rivalizar com o Suns, o que não aconteceu em jogos grandes. Se especula até que caso não consigam, formações mais baixas são uma possibilidade para um time com três pivôs muito bons e dominantes em sua função. Pode ser sobre se adaptar para o time que tem o mando de quadra.
Afinal, quem passa?
A realidade é que apesar do retrospecto da temporada ser importante, ele não é tudo. É verdade que aqui, pelos times terem tido desfalques semelhantes e chegarem a jogar um contra o outro completos em alguns momentos, ele vale mais. Mas os playoffs são uma nova realidade na NBA, e Minnesota Timberwolves e Phoenix Suns se encaixam nisso também.
O Timberwolves tem uma capacidade de variação defensiva quase que única no Oeste, e o ataque de Phoenix pode demorar jogos inteiros para se ajustar a isso. Por outro lado, é justo pensar que a experiência dos astros do Suns, contra um time de Minnesota que ainda não venceu uma única série de pós-temporada com Edwards e Towns, possa ser um fator.
Essa é uma série intrigante, com estilos de jogo diferentes, armas muito variadas e muito poder de ambos os lados da quadra. Fico com Phoenix, mas sem facilidade alguma, aposto em sete jogos.
Palpite: Suns em sete.
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