Jogadores e dirigentes da NBA ensaiam entrar em um duelo nos bastidores por conta da data do início da temporada: o dia 22 de dezembro é alvo de equipes e liga, enquanto quem entra em quadra quer a retomada da competição só em janeiro. É muito difícil, no momento, dizer quem será mais forte nessa “queda de braço” de milhões de dólares. O ex-pivô Kendrick Perkins, porém, já escolheu o seu lado: ele acredita que os atletas têm sido hipócritas nessa questão e os jogos de basquete no Natal precisam acontecer.
“Os jogadores sabiam que isso poderia ocorrer quando aceitaram jogar na ‘bolha’: uma volta rápida para a próxima temporada. Nós precisamos ter basquete no dia de Natal. Sem pensar. Existem equipes que não entram em quadra desde março. Então, no fim das contas, a associação dos atletas tinha consciência de que uma offseason curta era uma real possibilidade e precisa assumir isso. Temos que ter jogos no Natal. Façam acontecer!”, exclamou o atual comentarista da ESPN, na última sexta-feira.
A pandemia do coronavírus causou perdas bilionárias para a NBA na última temporada e ter os jogos de Natal – rodada de temporada regular mais rentável da liga, em que não enfrenta concorrência de nenhuma outra grande liga norte-americana – é essencial para que a renda da próxima campanha já não comece defasada. Companheiro de Perkins na ESPN, Amin Elhassan acredita que a nova postura da liga passa por uma “proteção” da data especial e a percepção de que o isolamento social vai durar algum tempo ainda.
“A NBA falava em esperar para poder colocar torcedores nos ginásios, mas eu acho que caíram na real de que isso não vai acontecer. E, se não será assim, é melhor iniciarmos tudo o mais cedo possível. Não há propósito em aguardar mais tempo. Hoje, o que vejo também é a NBA com um senso de urgência para defender o Natal como um ‘feriado do basquete’, para que a NFL ou outra liga não ‘roube’ essa data”, explicou o analista, complementando a reflexão de Perkins.
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