O que Patrick Beverley e LeBron James têm em comum? Você pode imaginar que pouca coisa, a princípio. Mas, depois de poucas semanas na Europa, o experiente armador diz que é bem mais do que pensamos. Ele garante que o impacto que provocam nas visitas a novos países, por exemplo, é parecido. O veterano revelou que as primeiras partidas pelo Hapoel Tel Aviv fizeram com que conhecesse como um ídolo se sente.
“Para começar, eu posso dizer que sei como LeBron se sente. Acaba o jogo e os atletas que enfrentei pedem para tirar fotos. Até os treinadores adversários querem imagens. Os torcedores dos outros clubes me vaiam o jogo inteiro, mas, assim que acaba, todo mundo fala comigo. Saio de quadra e tem 30 crianças me esperando. E isso acontece em todos os países, cara”, contou o especialista defensivo em seu podcast.
Beverley nunca foi um astro na NBA, mas tornou-se um jogador conhecido por outros motivos. A qualidade e disposição como marcador o fez um atleta aclamado entre os colegas de elenco por onde passou. O estilo falastrão rendeu mais críticos do que fãs entre o público, mas sempre o colocou na “boca do povo”. A admiração que vê pela Europa é o atestado de que, bem ou mal, ele deixou uma marca.
“Hoje, eu tive um amistoso em Belgrado e acho que fiz umas 50 fotos com as pessoas por aqui. É uma prova, antes de tudo, que as pessoas apreciam o meu jogo. É incrível competir com jogadores e técnicos e, em seguida, eles virem pedir fotos. Não precisa existir constrangimento porque é uma sensação incrível. Agora, realmente posso dizer que sei como LeBron se sente”, reforçou o atleta de 36 anos.
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Mínimo
Patrick Beverley pode ter a repercussão de LeBron James na Europa, mas, certamente, não tem o mesmo prestígio em termos contratuais. A sua chegada ao Hapoel Tel Aviv, aliás, já é uma prova disso. O veterano revelou que deixou a NBA porque as propostas que recebeu como agente livre não agradaram. Ele não se vê, em síntese, como um atleta para receber US$3 milhões por temporada nos EUA.
“Eu não acho que sou um jogador de contrato mínimo. No entanto, a partir do momento que Kyle Lowry e Russell Westbrook aceitam o mínimo, eu passo a ser. E não acho que seja justo comigo. Trabalho muito mais duro, afinal, do que vários atletas que estão na liga. Mas a lógica é simples: assim que você aceita um contrato mínimo, é assim que você passa a ser visto pelos times”, explicou o armador.
Mais do que isso, Beverley acha que não deveria ter um contrato tão emparelhado com Lowry e Westbrook. “Sem desrespeito a ninguém, mas eu tive uma temporada melhor do que Kyle e Russell. Então, não deveria ter o meu valor definido pelo que eles aceitam. Sinto que fiz um dos melhores anos da minha carreira e, por isso, ainda tenho muita lenha para queimar”, concluiu.
Em conflito
Beverley assume um risco quando aceita jogar em Israel. Afinal, o país está no centro de um conflito histórico em uma região de muitos “atritos”. É comum vermos notícias sobre guerras e atentados naquela faixa. O especialista defensivo admite a instabilidade local, mas ainda não vê isso com preocupação. Ou melhor, não vê enquanto não estiver envolvido em uma situação perigosa.
“Segurança é importante. Por isso, se uma bomba cair perto de mim, tchau. Mas acho que isso não vai acontecer. A maioria dos nossos jogos na Eurocup, por exemplo, vão ser na Bulgária. Ainda não tive conhecimento de nenhum lugar inseguro em Tel Aviv, além disso. Pelo contrário. Um dos meus ex-companheiros ficou três ou quatro meses seguidos sem sair de Israel e nada aconteceu”, relatou o polêmico jogador.
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