Fonte: Reprodução / InstagramStephen Curry é um dos jogadores ativos com mais experiência nos playoffs da NBA. No entanto, encara um novo tipo de pressão no basquete nas últimas semanas. É um raro caso de atleta de 36 anos de idade que disputa as Olimpíadas pela primeira vez. Então, tudo é uma novidade para o veterano. O que mais impressionou o craque até agora é como as partidas da fase de grupo já se assemelham ao mata-mata da liga.
“As Olimpíadas são como o basquete dos playoffs da NBA. Mas é evidente que existem as diferenças óbvias. As dimensões da quadra são diferentes e as partidas têm menos tempo, por exemplo. O estilo de jogo é mais físico também. No entanto, a intensidade em si é semelhante”, avaliou o armador da seleção dos EUA. Ele anotou 11 pontos em sua estreia olímpica, na vitória contra a Sérvia.
As diferenças do jogo para os atletas da liga norte-americana, na verdade, vão muito além do que Curry citou. Algumas das regras e marcações da arbitragem são muito diferentes do basquete norte-americano. O ritmo dos jogos e uso dos pivôs também difere bastante. Mas, para o veterano, nada é mais desafiador para os EUA do que o processo de cada atleta descobrir um novo papel.
“A maior das adaptações para nós, certamente, está em alinhar as nossas diferentes habilidades durante a competição. Se tivéssemos uma temporada inteira de treino e entrosamento, provavelmente, a gente não falaria sobre tudo isso com tanta ênfase. Mas a situação é essa – e vamos ter que fazer funcionar”, cravou o futuro membro do Hall da Fama.
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Novo cenário
Stephen Curry não é o primeiro jogador a comparar as Olimpíadas com os playoffs da NBA. Mas também não inova ao dizer que o grande desafio para os EUA não está em igualar a intensidade dos jogos. Joel Embiid, por exemplo, concorda quando o craque aponta a adaptação dos atletas a nova funções como um obstáculo maior. No entanto, trata-se de um desafio que qualquer astro gostaria de enfrentar.
“Eu estou acostumado a ser a referência na NBA, então esse é um cenário bem diferente para mim. Mas, ao mesmo tempo, é ótimo porque me coloca ao lado de vários grandes jogadores. Não preciso ter um volume tão alto e adoro isso. Tudo vai girar em torno de encontrarmos uma forma de encaixar as nossas habilidades em uma equipe vencedora. Só isso importa, no fim das contas”, explicou o pivô.
Embiid acredita que essa experiência vai servir como uma preparação para se encaixar em um renovado Philadelphia 76ers. “Eu quero que Tyrese Maxey, em particular, alcance outro patamar como jogador na próxima temporada. Para isso, tenho que ser um apoio sem deixar de ser dominante. Essa é uma ótima experiência para mim porque quero empoderar os meus companheiros”, destacou.
Sudão do Sul
A seleção dos EUA vai ter a sua evolução nas últimas semanas colocada a prova nessa quarta-feira. O time enfrenta o Sudão do Sul, que derrotou por só um ponto em jogo preparatório para os Jogos Olímpicos. O inesperado jogo duro serviu como um alerta para todos. Steve Kerr admite que a equipe está mais preparada para encarar o adversário dessa vez.
“Eles ficaram a um ponto de nos vencer. Por isso, eu estou realmente agradecido por termos feito esse amistoso. Afinal, pudemos entender a velocidade em que gostam de jogar e ver a capacidade de arremessar em alcance. Sobretudo, vimos como são um bom time. Nós vamos estar mais bem preparados agora, mas isso não garante nada”, avisou o treinador do USA Team.
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