O verdadeiro All-Star do Atlanta Hawks

Desde que Dejounte Murray assumiu a armação, time vem com grande campanha

All-Star Atlanta Hawks Fonte: Scott Cunningham / AFP

Trae Young precisou contar com contusões de outros jogadores para representar o Atlanta Hawks no último All-Star Game da NBA. Na época, muita gente reclamou e dizia que ele deveria ser até mesmo o titular do Leste. Mas Young acabou conseguindo sua vaguinha, de qualquer forma, e foi para o seu terceiro Jogo das Estrelas em seis anos de carreira. No entanto, o Hawks vinha fazendo uma campanha horrorosa e poderia corrrer riscos de sequer ir ao play-in, caso o Brooklyn Nets fosse menos ruim.

Não é o caso.

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Mas algo aconteceu desde então. Na verdade, no primeiro jogo após a parada para o All-Star Game, o Atlanta Hawks recebeu uma notícia devastadora: Young sofreu grave lesão em um dedo da mão. Como resultado, o armador precisou passar por cirurgia e perderia, pelo menos, um mês.

Entretanto, o que poderia causar uma queda do Hawks naquele período, teve uma surpreendente recuperação.

Apenas para entender: com Young em quadra, Atlanta venceu 22 dos 51 jogos (43.1% de aproveitamento). Mas sem ele, em toda a temporada, o Hawks já ganhou 12 das 22 partidas (54.5%).

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O que tem de diferente, afinal?

Trocou técnico? Não. Na trade deadline chegou alguém que fizesse a diferença? Também, não. Então, o que poderia acontecer?

Bem, os erros de ataque diminuíram, a porcentagem nos arremessos do perímetro aumentou, enquanto a defesa melhorou. Todos os números mostram isso.

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O defensive rating, por exemplo, melhorou de 120.0 (29° da NBA) para 113.9 (17°). O arremesso de três melhorou de 36.1% (20°) para 38% (sexto) e turnovers, de 13.4 (14°) para 12.6 (décimo). Ainda não são grandes números, mas existe uma verdadeira evolução.

Aí, também é necessário considerar outras ausências desde então, como Onyeka Okongwu (15 jogos), Saddiq Bey (nove) e Jalen Johnson (oito). Além, claro, de Trae Young (17). Então, é simples entender.

Mesmo sem três titulares em boa parte do período (17 jogos), o Hawks tem campanha positiva, que levaria a equipe ao quinto lugar no Leste (58.8% de aproveitamento). Claro que é apenas um recorte da temporada, mas já deu para entender, né?

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Dejounte Murray liderou o Atlanta Hawks em duas vitórias contra apenas o Boston Celtics. Só isso. O time de melhor campanha, por muito, caiu duas vezes diante de Atlanta.

Ele é um defensor muito bom, ótimo organizador, facilita o contra-ataque, comete poucos erros de ataque e, acima de tudo, joga pelo time. Sem demérito a Trae Young, pois são jogadores diferentes, mas Murray, sem Bey, Johnson e o ídolo de Atlanta, conseguiu fazer a equipe competir como não fez durante a primeira parte de 2023/24.

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Então, é realmente incrível ver o Atlanta Hawks jogar pela vitória o tempo todo. Não que não estivesse jogando antes, vai. O Hawks não estava na briga pelo tank ou qualquer coisa assim, mas com Young o basquete simplesmente não estava sendo bom o bastante para vencer.

Não confunda

Parece hate, eu sei. Mas estamos falando de um cara que, desde que passou a cuidar da armação, o time foi muito melhor. Muito melhor e sem três titulares. Hoje, por exemplo, Vit Krejci faz parte do quinteto inicial de Atlanta. Enquanto isso, os principais reservas (no período) são Wesley Matthews, Bruno Fernando e Garrison Matthews.

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Sério.

Com números, com fatos. Não com torcida ou hate.

Mais um número: antes da lesão de Young, o Hawks sofria 123.9 pontos por jogo (pior marca da NBA). Desde então, 110.2 (12°).

Sim, o basquete de Young é muito mais legal de ver, mas ao mesmo tempo não é vencedor. Na carreira, ele possui 45.3% de vitórias.

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Boa parte da culpa disso é da diretoria, que não consegue fazer o time competir como deveria, mas se o Atlanta Hawks possui um All-Star, você deve “alimentar” o cara de boas peças ao seu lado. É simples assim.

Até tentou com Dejounte Murray, mas não funciona. Os dois juntos não estão dando certo. Enquanto Young venceu 45.3%, Murray tem 51.2% de triunfos na carreira.

Mas o Hawks vai querer trocar um deles?

Aí é que está o ponto. Antes da trade deadline, Murray era a bola da vez e estava em rumores diferentes todos os dias. Enquanto isso, o nome de Young quase sempre seguiu intacto.

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Agora, não sei o que vai acontecer. Aliás, ninguém sabe. Mas Young deve voltar às quadras antes do fim da fase regular e, na sequência, vai disputar o play-in. Certamente, a direção vê o que acontece hoje para tomar uma decisão no futuro.

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