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Na próxima semana, a NBA completa dois meses de mercado reaberto. Os elencos já estão quase fechados para a reapresentação das equipes e o início dos treinos de pré-temporada. Quase. Ainda há atletas sendo contratados e, para quem está a fim de “garimpar”, tem gente disponível em condições de contribuir. O Jumper Brasil entrou de cabeça no fim das listas de agentes livres para encontrar quem podem ser os jogadores úteis em busca de uma vaguinha na liga.
Hoje, é dia de falarmos de alas-armadores. Até o fim da semana, nós vamos abordar as outras posições também. Dez atletas por dia, sendo que a turma de calouros de 2013-14 não conta. Todos têm lugar na NBA? É muito provável, quase certo, que não. Se tivessem, já estariam contratados. Mas ainda há quem valha a pena no meio dessas listas.
Lá vamos nós: alas-armadores.
1. DeShawn Stevenson
Stevenson precisa estar na situação ideal para render. Ele foi peça importantíssima no título do Mavericks, em 2011, e depois emplacou duas temporadas bastante discretas pelo Hawks. Sua capacidade defensiva e arremesso de longa distância são atributos valiosos, mas necessita de tempo de quadra para ganhar a confiança e atitude que sempre foram seus diferenciais dentro de quadra. Já ganhou um campeonato, não sucumbe à pressão e possui rodagem defendendo os melhores atletas da NBA.
Interesse? Nada até o momento. Esse é o problema de ser dispensado já em agosto: você fica para trás em relação aos outros agentes livres.
2. Marquis Daniels
Longe dos holofotes, Daniels foi titular em boa parte da campanha de um time que chegou aos playoffs (Bucks) e isso é mais do que pode ser dito de muitos nesta lista. Não tem um arsenal ofensivo consolidado, mas foi o melhor defensor de perímetro de uma equipe que, diferente do que se imagina, manteve-se competitiva pela eficiência defensiva. Há muitos especialistas defensivos neste TOP 10, mas, enquanto muitos são grifes ou extremamente veteranos, o ala-armador de 32 anos vive seu melhor momento nos últimos quatro ou cinco anos.
Interesse? O mercado está bem quieto para ele. O que não faz tanta diferença assim, já que é um jogador de contrato mínimo mesmo.
3. Leandrinho Barbosa
Eu acho que Leandrinho fez uma temporada melhor do que muitos dão crédito pelo Celtics. Com tempo de quadra bem limitado, conseguiu me convencer de que ainda tem espaço na NBA e não é hora de voltar para cá. A idade e contusões estão “engolindo” sua velocidade, mas ele tornou-se um bom arremessador que pode jogar com ou sem a bola nas mãos. Voltou a treinar recentemente e faz sentido que os interessados queiram checar se está realmente recuperado da cirurgia no joelho esquerdo antes de oferecer um contrato.
Interesse? Segundo o irmão e empresário, Artur, ele recusou o Rockets e estava negociando com Mavs e Bulls.
4. Daniel Gibson
Sua última temporada em Cleveland passou perto da nulidade. Mas, com ritmo de jogo, Gibson pode ser um reforço útil e já mostrou isso em anos anteriores. Um dos melhores chutadores da liga (40.7% de conversão para longa distância na carreira) e, aos 27 anos, ainda possui plenas condições de colocar pressão na defesa. Movimenta-se bem sem a bola, sabe abrir espaços e, em situações extremas, até pode iniciar o ataque.
Interesse? Esteve em consideração por Rockets e Bucks.
5. Damien Wilkins
A la Marquis Daniels, Wilkins fez uma temporada surpreendente longe dos holofotes. Aos 33 anos, ele mostrou um jogo finalmente mais amadurecido e eficiente com a camisa do 76ers. Rendeu até algumas vitórias indesejadas ao time no fim da temporada, quando já estavam eliminados. Ainda é o bom defensor de sempre, mas melhorou de forma latente seu passe, arremesso e tomada de decisões. Pode ajudar saindo do banco.
Interesse? Nada. A tendência é que o mercado esquente às vésperas da pré-temporada.
6. Cartier Martin
Poucos notaram, mas Martin jogou as últimas duas temporadas pelo Wizards com tempo de quadra razoável. Ele é mais um especialista em arremessos na lista e, embora não seja tão consistente quanto gostariam, converteu quase 40% de suas tentativas para três pontos na campanha passada. Pode compor bem um sistema defensivo bem montado. É uma opção sólida para completar times e um atleta ainda relativamente jovem (28 anos).
Interesse? Deverá assinar com o basquete chinês.
7. Richard Hamilton
Depois de uma temporada que colocava sérias dúvidas sobre a continuidade de sua carreira, Hamilton deu sinal de vida no último jogo do Bulls nos playoffs. A vitalidade dos tempos que corria de um lado para o outro, defendendo e buscando espaços, já não está mais lá. Tem a experiência, mas precisa arremessar bem para seguir jogando. Ser mais o cara que acertou 43% para três na série contra o Heat do que aquele que converteu menos de 31% na temporada regular.
Interesse? Deu a entender que tinha várias opções em julho. Até agora, nada.
8. Dahntay Jones
Com 32 anos, Jones continua sendo o bom defensor sem jogo ofensivo consistente de quando apareceu. É até surpreendente que já tenha dez temporadas de carreira na NBA. Teve pouco tempo de quadra na última temporada e só ganhou destaque por ter tentado contundir Kobe Bryant. Não é brilhante, mas é mais um cara que, ao menos, você sabe exatamente o que vai oferecer quando assina contrato.
Interesse? Nos primeiros dias de mercado reaberto, ele foi seriamente especulado pelo Knicks.
9. Raja Bell
Bell dispensa apresentações e foi um jogador muito útil durante a carreira. Pode até ainda ser. Próximo dos 37 anos e sem jogar há 17 meses, porém, ninguém sabe o que esperar dele e as expectativas não são muito altas. Dizem que fez um ótimo treino em Nova York em julho, mas treino é treino e jogo é jogo. Em especial, para alguém com a idade e inatividade do veterano.
Interesse? Knicks e Lakers estão de olho nele. O que não quer dizer muita coisa, pois ambos estão interessados em todo mundo.
10. Daequan Cook
Cook é o que é. Seu jogo passa longe de ser um segredo para alguém: ele é um arremessador – e, até segunda ordem, só isso. A sorte é que especialistas em arremessos sempre vão ser importantes para equipes de basquete, como provam seus seis anos de carreira na NBA. Não oferece muito, mas você sabe exatamente o que esperar dele.
Interesse? Seria inteligente em estudar oportunidades na Europa, China e D-League.