O efeito Wall

A melhora repentina do Washington Wizards, antepenúltimo colocado da conferência Leste, surpreende até certo ponto. Tudo bem que o  elenco não é exatamente o mais promissor do mundo, mas conta com John Wall e Bradley Beal. Era esperada uma campanha melhor, porém ninguém contava com a lesão de Wall antes do início da temporada. Isso […]

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A melhora repentina do Washington Wizards, antepenúltimo colocado da conferência Leste, surpreende até certo ponto. Tudo bem que o  elenco não é exatamente o mais promissor do mundo, mas conta com John Wall e Bradley Beal. Era esperada uma campanha melhor, porém ninguém contava com a lesão de Wall antes do início da temporada. Isso custou caro.

O Wizards perdeu os seus primeiros 12 jogos, e posteriormente foi derrotado em 16 dos próximos 20. Ou seja, com 32 partidas disputadas, o time amargava uma campanha ridícula: quatro vitórias e 28 derrotas.

Então, Wall retornou, uma partida depois de uma quase improvável vitória sobre o Oklahoma City Thunder. Desde a sua volta, o Wizards virou um time de playoffs. Em 22 embates, a equipe venceu 13 deles, o que daria um ótimo sétimo lugar no Leste.

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Seus números não são tão expressivos. Ele possui médias de 14.0 pontos, 7.5 assistências, 3.2 rebotes e 1.0 roubada. Wall mal arremessa de três, está mais lento do que antes e as estatísticas são as piores de sua breve carreira, o que nos leva a pensar que inteiro, ele pode contribuir muito mais.

Mais que apenas a volta de Wall, tem ainda o fato de o time estar praticamente inteiro pela primeira vez na temporada. O brasileiro Nenê não faz uma temporada tão produtiva como nos anos anteriores. O aproveitamento de arremessos caiu de 53.7% para 48.6% em 2012-13. Ainda assim, contribui com 12.6 pontos e 6.8 rebotes.

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Emeka Okafor está jogando bem. E talvez, pela primeira vez em alguns anos, eu o vejo com uma mobilidade razoável, que chega a lembrar seus tempos de Charlotte Bobcats.

A defesa desses três (Wall, Nenê, e Okafor) está fazendo a diferença em diversos momentos. A equipe é a sexta que menos leva pontos e a quarta de melhor aproveitamento. Tudo isso, contando a temporada inteira. Desde a volta de Wall, o time sofreu 100 pontos ou mais em quatro oportunidades. Ainda assim, venceu as quatro.

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Para se ter uma noção, o Wizards tem a oitava melhor marca em pontos sofridos por posse de bola em 2012-13. Na mesma fase da temporada passada, o time era o 24°. Tendo a dupla de garrafão em Nenê e Okafor, faz com que os times evitem cada vez mais a área pintada. Seus adversários tentam cerca de 20 arremessos de longa distância e a eficiência, agora muito por conta da rotação e Wall e Beal, não é lá essas coisas. Quem enfrenta o time de Washington converte 34%. Agora a surpresa: apenas Chicago Bulls, San Antonio Spurs, e Indiana Pacers, possuem uma eficácia defensiva maior que a do Wizards nos arremessos de três.

Martell Webster faz seu melhor ano da carreira, especialmente nos arremessos de longa distância, que estão na casa dos 45% de aproveitamento. Beal também se destaca no fundamento. O calouro converteu 46 de 91 tentativas (50.5%) desde o dia 1° de janeiro.

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Wall é importante, sim. Mas não é o único. A mescla de veteranos competentes com juventude do elenco é uma das maiores virtudes. Até a chegada de Jason Collins no último dia de trocas, Nenê e Okafor eram os mais velhos, com 30 anos.

Mas o ingrato início faz com que a equipe siga lá atrás, bem longe de uma classificação. Não tem problema. O Wizards vai fazer de tudo para vencer o máximo possível neste ano para entrar na próxima temporada como um time com chances reais.

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