Se o recrutamento deste ano decepcionou muita gente, o draft de 2014 tem tudo para ser o melhor dos últimos anos. Em 2003, ano do último grande recrutamento, tivemos nomes como LeBron James, Dwyane Wade, Carmelo Anthony e Chris Bosh, que se consolidaram como astros na NBA. A safra desta temporada é extraordinária. Podem acreditar, a badalação não é à toa.
É bom vocês já irem se acostumando com os nomes de Andrew Wiggins (ala, Kansas), Jabari Parker (ala, Duke), Julius Randle (ala-pivô, Kentucky), Dante Exum (armador, Australian Institute of Sport), Marcus Smart (armador, Oklahoma State), Aaron Gordon (ala-pivô, Arizona), Joel Embiid (pivô, Kansas), James Young (ala, Kentucky), Wayne Selden (ala-armador, Kansas), Gary Harris (ala-armador, Michigan State), Glenn Robinson III (ala, Michigan), Montrezl Harrell (ala-pivô, Louisville), Dario Saric (ala-pivô, Cibona Zagreb) e Andrew Harrison (armador, Kentucky).
Reparem que eu citei 14 atletas, que, hoje, estão bem cotados para serem escolhas de loteria e que têm tudo para se consolidarem na NBA. Alguns deles, provavelmente, serão astros. E mais, o recrutamento terá outros nomes que merecem atenção e que nem foram citados. Vai ter jogador de bom nível até na segunda rodada!
O Big Three do draft
Wiggins, Parker e Randle, em especial, são considerados os grandes prospectos de 2014. Os três, de apenas 18 anos cada, são calouros na NCAA, vêm de desempenhos fabulosos no basquete colegial e têm todas as ferramentas para serem estrelas na NBA.
Melhor jogador colegial da última temporada, Wiggins tem um atleticismo absurdo e é espetacular no jogo de transição. Ele já sofre com a fama precoce e com a pressão de ser considerado o melhor prospecto a sair do basquete colegial desde LeBron James. Wow! A hype em cima de Wiggins é impressionante.
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Já Parker faz cesta de tudo quanto é jeito. Ele tem um alto QI de basquete para um jogador da sua idade e pode jogar bem em até três posições (SG, SF e PF). Seu estilo de jogo lembra bastante o de Carmelo Anthony, com o plus de defender melhor. Em entrevista recente, o ala Kevin Durant, do Oklahoma City Thunder, disse que Parker é “o cara”.
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E Randle é um monstro no garrafão, um ala-pivô que já tem os atributos físico-atléticos para se impor na área pintada e ser uma estrela na liga. Ele é uma máquina de rebotes, que ainda tem a capacidade de pontuar dentro e fora do garrafão. Pensem em um Zach Randolph atlético. Talvez, do Big Three citado, ele seja o jogador mais pronto para atuar na NBA de imediato.
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Tankar, tankar e tankar
Muitos torcedores já pedem que seus times do coração entrem de cabeça no modo tank nesta temporada da NBA. O objetivo, claro, é ter mais chances de conseguir as primeiras escolhas no draft de 2014. Dada a qualidade dos prospectos dessa classe, veremos mais times tankando do que o habitual. O Utah Jazz é um deles. Talvez Sacramento Kings, Milwaukee Bucks, Phoenix Suns, Philadelphia 76ers, Orlando Magic, Toronto Raptors, Boston Celtics. Faltou algum time?
Condenável ou não, o tank é uma artimanha utilizada já há algum tempo na NBA. Funcionou com o San Antonio Spurs, em 1997, quando Tim Duncan caiu no colo do time texano. Posteriormente, o Spurs conquistou quatro títulos. E Duncan vai ser, daqui a alguns anos, um integrante do Hall da Fama.
GMs, scouts, imprensa especializada. Todos concordam que o recrutamento de 2014 será fantástico. Por isso, não fique desanimado se seu time for muito mal nesta temporada. Uma campanha ruim agora pode significar a primeira escolha do próximo draft e, quem sabe, um futuro astro como Wiggins, Parker ou Randle sendo selecionado. Já estou contando as horas para que 26 de junho (dia do recrutamento) chegue o mais rápido possível.
Ah, e desde já fica o convite: o Jumper Brasil irá, mais uma vez, apresentar as tradicionais postagens sobre o draft, com tudo sobre os prospectos. A saga começa em meados de abril. Não percam!