O novato Nikola Jovic não teve muitas oportunidades de atuar em seu time na NBA. Ele só disputou 15 jogos da campanha regular do Miami Heat e, mesmo assim, com minutos limitados. Mas ganhou a chance de provar o seu talento na Copa do Mundo FIBA. O ala-pivô de 20 anos foi o terceiro cestinha da Sérvia, que acabou o torneio com o vice-campeonato. Assim, aposta que chegou a hora de mais participação.
“Estou mais preparado, certamente, para ajudar uma equipe. Tanto mental, quanto fisicamente. A evolução do meu arremesso, acima de tudo, vai fazer crescer o meu jogo. Temos excelentes jogadores que ‘atacam’ e controlam o garrafão em Jimmy Butler e Bam Adebayo. Os chutes de três pontos livres vão aparecer e eu preciso convertê-los”, disse o jovem, em entrevista ao jornal Miami Herald.
A importância das cestas de longa distância para o sucesso do Heat ficou explícita durante a última temporada. A equipe teve o quarto pior índice de acerto nesses chutes na campanha regular e, com isso, fez um ano decepcionante. Mas a sua surpreendente trajetória nos playoffs foi impulsionada por registrarem o melhor aproveitamento da liga no mata-mata.
“Nós temos um padrão, para começar. Os nossos atletas de apoio são caras como Max Strus, Gabe Vincent, Kevin Love e Duncan Robinson. Ou seja, o essencial está em ‘matar’ os seus arremessos. É o que o time precisa, então é o que penso em todos os treinos. Tenho que estar pronto e confiante para chutar, pois é isso que esperam de mim”, prosseguiu o talentoso jogador.
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De saída?
Enquanto jogava pela seleção, o nome de Jovic tornou-se bem comentado nos EUA. No entanto, a princípio, não foi por seu ótimo desempenho em quadra. O ala-pivô era um dos atletas mais especulados em uma troca do Heat por Damian Lillard. Uma negociação que não aconteceu. Ir jogar basquete com a seleção sérvia do outro lado do mundo, então, veio em uma ótima hora.
“Manter-me ocupado na offseason ajudou bastante porque a sua cabeça sai dos rumores. Eu estava simplesmente concentrado em basquete. Não houve tempo, portanto, para ficar acompanhando as especulações ou mesmo pensar em uma troca. A NBA é um negócio e, por isso, esse tipo de coisa está fora das minhas mãos. O que tiver que acontecer, vai acontecer”, desabafou o prodígio.
A Sérvia, de certa forma, “blindou” Jovic dos rumores. Mas a volta à realidade da NBA era inevitável. É um teste de foco para o jovem talento. “Agora, eu estou em Miami e ficou mais difícil desligar de tudo. Afinal, as pessoas falam sobre trocas o tempo inteiro. É muito diferente, por exemplo, de quanto estava na Ásia e jogava quase todos os dias”, admitiu.
Tem que jogar
Mas será que o desempenho na Copa do Mundo realmente prova que Nikola Jovic merece um papel maior no time do Heat e na NBA. Não dá para cravar com total certeza, a princípio. Para o treinador da Sérvia, no entanto, uma coisa é clara: o ala-pivô está em uma crescente inegável. E, assim, é um desperdício retardar o processo no fim do banco de uma equipe dos EUA.
“Nikola é um jogador em evidente ascensão, mas não só porque tem 20 anos de idade. Ele pode assumir tantas funções diferentes e jogar em múltiplas posições nos dois lados da quadra. Está evoluindo, certamente. No entanto, para que isso siga, o garoto precisa jogar. Acho que essa é a primeira chave do seu sucesso”, apontou o veterano Stevislav Pesic.
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