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New York Knicks: repelente de astros

Sob o comando de James Dolan, o time de Nova York está cada vez menor e deixa de ser interessante para grandes jogadores

New York Knicks astros Fonte: Maddie Meyer/AFP

A frustração do torcedor do New York Knicks ao ver a troca de Donovan Mitchell para o Cleveland Cavaliers dá a sensação de que a equipe não vai conseguir astros tão cedo. Embora o time tenha uma enorme tradição na NBA, o Knicks parece que passou um repelente contra grandes nomes e vive no limbo. Mas o que acontece em Nova York para nada dar certo?

Primeiro, sabe qual foi a última grande contratação do Knicks?

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É até embaraçoso escrever, mas em 2016, o time assinou com Joakim Noah. Não por um valor razoável, mas o time pagou US$72 milhões por quatro temporadas ao pivô, que tinha 31 anos na época. Entretanto, Noah já estava em queda no Chicago Bulls quando fechou com o Knicks. O resultado? Cinquenta e três jogos, médias de 4.6 pontos, 7.9 rebotes e uma dispensa em outubro de 2018.

Mas antes de Noah, o último jogador de nível All Star que o Knicks assinou foi Amare Stoudemire, em 2010. Sim, Stoudemire era um jogador incrível, mas tinha problemas no joelho dos tempos de Phoenix Suns. No entanto, mesmo assim, a diretoria deu a ele um contrato de US$99.7 milhões por cinco anos. Vale ressaltar que foi em sign and trade. Ou seja, ele estendeu o contrato com o Suns e, em seguida, foi em troca para Nova York.

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Steoudemire até teve um grande ano de estreia pela equipe, mas depois disso, foram três longos anos batalhando contra lesões, que terminaram em… adivinha só: dispensa.

Portanto, a coisa não está boa no Knicks pelo que acontece agora, mas pelo passado desastroso.

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Nos últimos quatro anos, o New York Knicks esteve próximo de assinar ou fazer trocas por cinco astros, pelo menos. Vá lá, “próximo” pode ser forte demais, mas esteve no páreo.

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Na offseason de 2018, por exemplo, o Knicks reviveu a chance de fechar com LeBron James, que estava saindo do Cleveland Cavaliers. Ele foi para o Los Angeles Lakers, no fim das contas. Oito anos antes, James tinha tudo para acertar com a equipe. Os rumores eram diários, de diversas fontes confiáveis, mas LeBron levou seus talentos para South Beach.

Em 2019, os alvos eram Kyrie Irving e Kevin Durant. Todavia, eles assinaram com o vizinho Brooklyn Nets.

Agora, imagine o torcedor vendo os dois astros fechando com um time que nunca passou perto da tradição do Knicks. Simplesmente terrível!

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No fim de 2020, a bola da vez era Giannis Antetokounmpo. Com a eliminação do Milwaukee Bucks para o Miami Heat na “bolha”, o grego queria deixar a equipe, deixou de seguir seus colegas nas redes sociais, tirou a informação que jogava pela equipe da bio e tudo mais. O Knicks achou que tinha uma chance, mas em dezembro daquele ano, o Bucks estendeu seu contrato.

Por fim, o namoro com Donovan Mitchell foi forte. O Utah Jazz e o Knicks conversaram durante toda a offseason, mas a troca não saía. Enquanto esperávamos que tudo iria se resolver, uma pequena diferença de escolhas de Draft colocou o astro no Cavs.

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James Dolan

Um dos motivos pelo qual astros não assinam com o New York Knicks é James Dolan, dono da equipe. Aparentemente, Dolan se preocupa com várias coisas, menos com o Knicks. Além de empresário, ele é o vocalista da banda JD & The Straight Shot.

É sério.

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Recentemente, Charles Oakley revelou uma conversa com LeBron James sobre Dolan e o Knicks. James disse a ele que jamais jogaria pela equipe enquanto Dolan estivesse por lá.

Para quem não sabe, Oakley fez parte da equipe entre 1988 e 1998. Por lá, ele foi às finais da NBA contra o Houston Rockets, fez parte de dois times ideais de defesa e representou o Knicks no Jogo das Estrelas uma vez.

E não é que Dolan conseguiu arrumar confusão com ele?

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Em 2017, Oakley foi expulso do ginásio por, supostamente, gritar com Dolan. Houve uma discussão com seguranças da equipe, que perguntaram o motivo de se sentar ali, próximo do gestor da equipe e ele respondeu que comprou o ingresso. Mas, nada feito.

Oakley brigou com os seguranças, foi preso e o Knicks o baniu do ginásio.

“Eu fiquei sentado por uns quatro minutos, mas não disse nada para James. Juro pela minha mãe. Os seguranças chegaram e queriam saber por que estava sentado ali. Então, eu expliquei que comprei o ingresso. Eles continuaram a me olhar e pediram para que saísse. Mas eu disse que não sairia e tudo começou”, contou o veterano ao jornal New York Daily News, após a liberação pela polícia.

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Imagine isso.

Dolan criou um ambiente tão hostil que um dos grandes nomes da franquia não podia entrar no Madison Square Garden.

Posteriormente, por conta da péssima repercussão, o Knicks voltou atrás.

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Dolan afasta quem quer fazer o time vencer

Em 2008, Dolan contratou Donnie Walsh para ser o GM do Knicks. E Walsh precisou desfazer erros de seu chefe.

Ele fez diversas trocas, mas a mais importante foi para a montagem de um elenco que pudesse vencer. Na ocasião, Walsh negociou com o Denver Nuggets e recebeu Carmelo Anthony e Chauncey Billups. O time parecia estar mais comprometido com as vitórias e, em 2011, voltou aos playoffs, após seis anos de ausência.

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No entanto, Dolan não quis mais contar com os seus serviços após LeBron James assinar com o Miami Heat.

Ou seja, a culpa caiu em cima do GM.

Durante três temporadas consecutivas, o Knicks foi aos mata-matas, perdendo em uma semifinal de conferência em uma delas.

Depois, em 2014, ele contratou Phil Jackson para o cargo de GM e o time naufragou ainda mais, sem nenhuma classificação aos playoffs sob seu comando.

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Direção ruim, time ruim

Que Dolan é um péssimo gestor, todo mundo sabe. Ele, por exemplo, assinou com Allan Houston um contrato de US$100 milhões por seis anos (naquela época, era possível um contrato tão longo), sendo que nenhum outro time ofereceu mais do que US$75 milhões.

Desde 1999 no comando, Dolan é tido como mesquinho, teimoso, controlador, que gasta demais sem necessidade e que pouco se importa com o sucesso do time em quadra.

Como é que algum astro vai querer jogar ali?

O resultado é simples: em 24 temporadas com Dolan dando as cartas, o Knicks foi aos playoffs em oito oportunidades. Em cinco delas, o time caiu na primeira rodada.

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Não, não se trata de apenas uma gestão ruim. Ele apequenou o Knicks.

Nos 32 anos anteriores a ele, o Knicks foi aos playoffs 24 vezes e conquistou um título.

Dolan conseguiu, inclusive, brigar com o diretor e produtor Spike Lee, um dos principais torcedores da equipe.

Várias petições para remover Dolan do comando da equipe foram feitas, mas ele segue firme por lá.

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O fato é que, enquanto ele mandar, o New York Knicks sempre será um repelente de astros e vai continuar envergonhando o torcedor.

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