Por Ricardo Stabolito Jr. e Lucas Colisse
Desde o primeiro dia de paralisação da liga, LeBron James foi um dos jogadores mais envolvidos nos esforços de retomada das partidas. E ele vê os seus esforços justificados em Orlando, às vésperas da volta às quadras. Passaram quatro meses da suspensão dos jogos e a situação do coronavírus agravou-se nos EUA, mas o ala do Los Angeles Lakers nunca mudou sua posição sobre a volta do basquete.
“Nunca passou pela minha cabeça não jogar esse lindo esporte que une as pessoas, traz felicidade e alegria para todos. Eu estou contente por ter essa plataforma por onde posso levar diversão para o mundo não só pela forma como minha equipe e eu atuamos, mas também pelo que posso fazer fora das quadras”, disse o craque, em entrevista coletiva por teleconferência concedida na última semana.
Além do coronavírus, os jogadores tiveram dúvidas sobre o retorno às quadras por causa da situação social que vive os EUA. Parte da categoria chegou a achar que a liga seria uma distração para os protestos antirracistas que pararam o país nas últimas semanas e só aceitou jogar quando a NBA liberou a inclusão de mensagens sociais nos uniformes de atletas. Algo que, surpreendentemente, LeBron não fará.
“Eu não terei nenhuma mensagem nas costas. Não estou desrespeitando a lista de opções entregue pela NBA e apoio qualquer um que coloque-as em suas camisas, mas não vou participar porque não é algo que reflete a minha missão. Eu adoraria ter sido consultado sobre as alternativas, mas não fui. Não preciso de palavras atrás da camisa para que entendam meus objetivos”, argumentou.
Se a questão de manifestação social foi resolvida, a contaminação pelo coronavírus segue como um risco real. A Flórida vive o pico da doença e confirma recordes de registros de infectados e/ou mortos a cada dia. Embora elogiado, o protocolo e o plano de saúde e segurança da “bolha” têm falhas que são admitidas por todas as partes envolvidas. LeBron, porém, não teme o que pode acontecer em Orlando.
“Eu acredito que a NBA e Adam Silver tomaram as medidas e precauções precisas para termos certeza de que a liga será tão segura quanto pode. Obviamente, há riscos em tudo o que fazemos e podem acontecer complicações. Mas aposto que nós fizemos tudo o que era possível para a segurança em uma pandemia. Não tenho preocupações sobre jogar”, finalizou o veterano, sem temores.