“Não sou o líder de um time campeão da NBA”, admite Paul George

Ala do Clippers revela que experiência de atuar com outros superastros fez com que reavaliasse a sua carreira

paul george campeão nba Fonte: Adam Pantozzi / AFP

Tal jogador pode ser a referência de uma equipe que dispute o título? Essa é uma pergunta muito subjetiva, mas, vira e mexe, mobiliza imprensa e torcedores. E é bastante difícil, antes de tudo, ver um astro que assume não ter condições de ser essa liderança vitoriosa. Fomos surpreendidos, por isso, nessa semana. O craque Paul George admitiu que não se vê como primeira opção de um time campeão da NBA.

“Eu queria tudo o que a NBA poderia oferecer no início de minha carreira. Mas jogar com outros astros foi uma revelação, pois fez com que entendesse qual era o meu papel. Precisava, acima de tudo, ser sincero comigo mesmo. Notei que, para chegar ao ponto que desejava e vencer no mais alto nível, não tinha como ser o líder. Não iria ser campeão assim”, reconheceu o ala, em entrevista ao podcast de JJ Redick.

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George, aliás, é um alvo constante desse tipo de debate. A sua parceria com Kawhi Leonard, por exemplo, suscitou muitos debates sobre quem seria o principal atleta do Los Angeles Clippers. Ele não acredita que isso seja tão relevante para levantar uma discussão tão acalorada. Mas, nesse sentido, ele não tem problemas em ser considerado o “escudeiro” da dupla. Pelo contrário.

“Sei que posso pontuar como os melhores e, além disso, dominar partidas. Mas eu não acredito que esse deva ser o meu jogo se o objetivo for ser campeão. Eu não acho que ser a primeira opção seja o meu lugar nesse cenário. Aprendi isso com o tempo. Joguei o meu melhor basquete, por exemplo, fora da bola. Ser o ‘número dois’ trouxe à tona o meu melhor”, avaliou o jogador de 32 anos.

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Aprendizado

Ter essa consciência sobre a sua função em um time campeão da NBA, no entanto, não foi algo automático para Paul George. Ele precisou de tempo para entender a dinâmica da liga, assim como os sacrifícios necessários para competir no mais alto nível. Nesse sentido, aquele jovem que brilhou no Indiana Pacers muito diferente do jogador que hoje assume-se como “escudeiro” no Clippers.

“Em minhas primeiras temporadas, eu só queria alcançar tudo o que queria. Queria ser o ‘cara’ do time, a referência e, por fim, ter tudo em minhas mãos. Mas, depois de alguns anos e lesões, vi como a NBA mudou e percebi que não conseguiria fazer tudo sozinho. Então, o meu pensamento passou a ser como poderia ajudar uma equipe competitiva”, explicou o veterano pontuador.

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Tudo mudou, basicamente, quando George deixou Indianápolis para jogar ao lado de Russell Westbrook. Ele ganhou não só um grande amigo em sua passagem pelo Oklahoma City Thunder, mas também uma nova visão da carreira. É verdade que o astro chegou a ser candidato a MVP atuando pelo Thunder. No entanto, em sua cabeça, sempre foi o principal coadjuvante do armador.

“Eu não sabia para onde iria quando pedi para ser trocado em Indiana. Terminei em Oklahoma City e, como resultado, joguei com um superastro em Russell. Aquela foi uma mudança de papel, pois vi que não seria mais o líder. Então, comecei a pensar nas qualidades que poderia adicionar ao jogo de Russell. E, no fim das contas, senti que encontrei a minha função”, relembrou um dos principais alas da NBA.

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Quem sou

A NBA é uma liga de egos, acima de tudo. É difícil, então, ver um craque admitir a possibilidade de não ser o centro das atenções. Estamos falando de atletas, afinal, tratados e vistos como grandes estrelas desde o basquete colegial. O protagonismo é parte do que são, em síntese. Admitir que não pode ser a primeira opção de um time campeão da NBA exige, assim, muito senso de afirmação de Paul George.

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“Sou confiante sobre quem sou como jogador e, acima de tudo, o que posso fazer em quadra. O basquete foi muito bom comigo. Eu já ganhei bastante dinheiro, a princípio, praticando esse lindo jogo. Então, não tenho ego dentro de quadra. Só quero vencer. Não conquistei títulos em nenhum nível, então priorizo o que tenho que fazer para vencer. É só isso que quero”, resumiu o astro.

Para muitos jogadores, abdicar do protagonismo pode ser um motivo de vergonha. George, por outro lado, encara esse aprendizado com um forte senso de orgulho. Aprendeu, antes de tudo, que encaixar-se em qualquer cenário é mais importante do que liderar a qualquer custo. Como a segunda opção, o popular “PG-13” encontrou a verdade do seu jogo e carreira.

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“Eu tenho orgulho de ser capaz de jogar com qualquer atleta, em qualquer estilo. Não importa o que a equipe precise, eu posso fazer. Esse é o meu papel, pois é o jogador que sou. Eu estou mais confortável do que nunca. E se, para ser campeão, tiver que ser ‘uma peça’ e não ‘a peça’, vai ser assim. Não preciso, por fim, que amaciem o meu ego”, concluiu o consciente ala angelino.

 

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