Já se passaram meses da traumática eliminação dos playoffs, mas os reflexos da derrota ainda parecem atormentar o Phoenix Suns. A franquia teve uma offseason conturbada e, como resultado, exibiu clima estranho na reapresentação do elenco. Desconforto, aliás, que atingiu a relação entre técnico e atletas. Monty Williams, por exemplo, admitiu ter mantido distância dos jogadores do Suns nas férias.
“Eu não conversei com vários atletas do nosso elenco, pois acho que precisavam de um tempo de mim. Tive interações com todos nas últimas temporadas e já falamos sobre coisas profundas, então era o momento de uma pausa. Mesmo quando esses jogadores estavam treinando em nosso ginásio, na verdade, eu evitei encontrá-los para dar esse espaço”, contou o treinador, em entrevista coletiva.
Williams lidera um trabalho elogiado no Arizona nos últimos três anos, mas a última impressão foi dolorida. Após ter o melhor recorde da liga, a equipe foi eliminada em uma série de sete partidas contra o “azarão” Dallas Mavericks. A derrota derradeira aconteceu em Phoenix, por 33 pontos de diferença, depois de uma atuação apática. Parte do início do trabalho dessa temporada, por isso, passa por um “exorcismo”.
“A gente ouviu falar demais sobre aquele sétimo jogo, certamente. Isso passou, no entanto. Reunimos todos em um jantar e, por fim, conversamos de maneira aberta sobre o que aconteceu. Acredito que colocamos um ponto final nesse tema na noite passada e, agora, podemos seguir em frente”, revelou o ex-ala.
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Caso Ayton
O diálogo de Monty Williams com os jogadores do Suns tornou-se tema de debate por causa de declarações de Deandre Ayton. O jovem atleta teve uma discussão até hoje mal explicada com o técnico no jogo da eliminação do time. Ficou, como resultado, só 17 minutos em quadra naquele confronto. Em seguida, acredite se quiser, são quatro meses em que ambos sequer conversaram.
“Não conversei com Monty desde aquele jogo, pois posso mostrar em quadra mais do que falar o que penso. Tudo gira em torno, afinal, da forma como performo e o que ofereço ao time. O que foi dito, em síntese, está dito. Chegou a hora de entrar em quadra e trabalhar. Não estou jogando por mim, mas sim por uma franquia e pelo nome que carrego nas costas”, contou o pivô de 24 anos.
Williams não descarta bater um papo em reservado com o jovem, mas, hoje, isso está fora de cogitação. Não faz parte da abordagem de trabalho do técnico, para resumir, esse tipo de “tratamento particular”. Ele sabe que é muito questionável, antes de tudo, se Ayton realmente queria continuar no Suns. Mas, uma vez lá, não vê seu relacionamento com o titular como algo potencialmente tóxico.
“Alguns atletas necessitam de uma conversa individualizada, enquanto outros não. Identificarei essa condição com Deandre, então, com o andamento da temporada. Meu plano, por enquanto, é falar com todos os meus jogadores como sempre faço no início do trabalho. Tenho convicção que, no fim das contas, minha relação com ele não será um problema”, completou o atual técnico do ano na liga.
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