Fonte: Michael Gonzales / AFPDizem que você só conhece a força de uma equipe nos momentos de adversidade. As tensões no Denver Nuggets, por isso, começam a ficar expostas em uma série rara de reveses do líder do Oeste. Um dos principais jogadores da franquia, por exemplo, saiu nervoso do jogo contra o Brooklyn Nets com Michael Malone. Para Michael Porter Jr, o técnico do Nuggets sabotou a sua atuação na derrota.
“Eu não entendi o que aconteceu. Ainda estou tentando entender, aliás, qual foi o problema. Não sou o treinador, então só me resta tentar descobrir o que ocorreu. Fiquei no banco o quarto período inteiro e, então, o treinador colocou-me com 20 segundos para o fim. Portanto, foi impossível conseguir recuperar o meu ritmo”, criticou o ala de 24 anos, depois do resultado negativo.
Porter só ficou em quadra por 23 minutos, mas foi o segundo pontuador da equipe. Foram 23 pontos, com nove cestas em 12 arremessos tentados. E, além disso, há um acúmulo na situação: foi o terceiro jogo consecutivo em que ele atuou menos do que 25 minutos. Em fevereiro inteiro, por exemplo, foram só duas partidas. O ala, por isso, exaltou-se ao longo da entrevista pós-jogo.
“Como você pode dizer que eu tive problemas no segundo tempo? Arremessei só três vezes, para começar. Não joguei quase nada no segundo tempo. Nem atuei direito no último quarto, então não dá para dizer que joguei mal. Eu chutei três bolas, acertei duas e, por fim, não voltei para o jogo. Não tive dificuldades”, sentenciou o titular do Colorado, em tom de indignação.
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Explicação
O técnico do Nuggets, como esperado, fugiu das polêmicas relacionadas a Michael Porter após a derrota. Ele deu a sua explicação para o pouco tempo de quadra e, em seguida, recusou-se a responder qualquer comentário do comandado. Malone explicou que todos os titulares não jogaram bem no terceiro quarto, quando o time perdeu por 19 pontos. E, por isso, eles tiveram menos tempo de quadra do que poderiam.
“Michael fez um primeiro tempo muito bom nos arremessos, mas a equipe inteira não funcionou no terceiro período. Ninguém voltou bem do intervalo, em síntese. Não foi só ele. Então, a formação que começou o último quarto recolocou-nos no jogo. A minha decisão foi simplesmente manter o que estava funcionando lá”, justificou o treinador, minimizando as polêmicas.
O jovem ala pode aceitar ou não essa explicação. É provável, aliás, que não aceite. No entanto, agora, é o momento de seguir em frente e priorizar a equipe. “Todos os times têm adversidades, antes de tudo. Você precisa enfrentar os problemas de frente e superá-los. E nós temos que ‘absorver’ o golpe e tentar melhorar porque amanhã é um novo dia”, encerrou Porter.
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