Fonte: Reprodução / InstagramSó cinco times na história venceram uma série de playoffs depois de perderem os dois primeiros jogos como mandante. Pois o atual campeão da NBA, Denver Nuggets, quer ser o sexto. O time conseguiu empatar o duelo semifinal do Oeste contra o Minnesota Timberwolves após duas derrotas no Colorado. Na visão do técnico Michael Malone, a recuperação é um “tapa na cara” de todos que já os havia eliminado por aí.
“Rudy Tomjanovich estava certo: nunca subestime o coração de um campeão. Todos já tinham descartado a gente, mas essa equipe conquistou o título no ano passado. E não somos os campeões por acaso. Esse time já enfrentou vários testes e sempre encontra uma solução para o que os oponentes propõem. Ainda temos muita força e bravura, certamente”, cravou o experiente treinador.
O Nuggets abriu vantagem no segundo período e, então, encerrou o primeiro tempo com uma sequência destruidora. Foram oito pontos seguidos em 20 segundos, incluindo uma cesta do meio da quadra de Jamal Murray. A equipe já ganhava por 15 pontos no fim do segundo quarto e nunca deixou a diferença ficar abaixo de três posses de bola. Foi uma grande recuperação, mas Malone ainda não vê motivos para celebração.
“Essa série ainda está longe do final, então não temos nada para comemorar ainda. Isso está empatado depois de quatro jogos: dois a dois. Mas o que descobri sobre esse time é que todos acreditam uns nos outros. Eles olham para o lado e confiam na pessoa que veem. Por isso, sinto que temos um elenco que age como você espera que um grupo campeão aja”, exaltou o revigorado técnico.
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Desafio aceito
A equipe que defende um título não costuma ser “subestimada” em nenhum esporte. Por isso, o Denver Nuggets acredita ser um campeão da NBA um pouco diferente. O time se sentiu subestimado, em primeiro lugar, quando perdeu os dois primeiros jogos contra o Timberwolves. Além disso, segundo Aaron Gordon, o troféu Larry O’Brien não apaga a trajetória de “azarões” de muitos integrantes do elenco.
“Eu gosto quando as pessoas nos ‘descartam’ porque é uma posição que já conhecemos. Vários jogadores do nosso elenco foram dados como descartáveis em algum instante da carreira. Nós sempre fomos azarões, em síntese. É uma novidade para o time enquanto coletivo, mas não acho que seja uma situação nova para os nossos indivíduos. Então, ninguém estava assustado”, contou o ala-pivô.
Para Gordon, a prova de força do Nuggets é um ponto positivo por si só. Mas, acima de tudo, a experiência foi importante para reforçar o aguerrimento do elenco diante das dificuldades. “Eu gostei do desafio de estar em uma situação tão desfavorável. Mas o que me deixou mais animado é que todos aceitamos esse desafio de nos colocar em uma boa situação de novo”, completou.
Coadjuvante
E Gordon, aliás, foi um dos grandes destaques do Nuggets no quarto jogo da série. Para começar, ele acertou os primeiros 11 arremessos que tentou. Terminou a noite com 27 pontos, sete rebotes e seis assistências, enquanto cometeu só dois turnovers. Deu dois tocos, além disso. A atuação foi tão boa que, depois da partida, o astro Nikola Jokic nomeou o ala-pivô como melhor jogador de Denver na noite.
“Esse elenco é repleto de atletas talentosos, antes de tudo. Nikola sempre tem atuações incríveis, mas não venceríamos se não fosse por Aaron. Ele faz várias coisas para o time em termos de criação de jogadas, composição defensiva, jogo físico nos dois lados da quadra, por exemplo. Nós estamos exigindo muito dele, mas ele sempre responde e entrega”, elogiou Michael Malone.
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