Fonte: Matthew Stockman / AFPPensar pequeno e ser modesto, certamente, não são duas características comuns em jogadores da NBA. Pelo contrário. O atleta profissional deve ser destemido e confiante em suas próprias habilidades. Acreditar que seja o melhor competidor sempre, em síntese. O astro Anthony Edwards, por isso, mira o ídolo Michael Jordan todas as vezes que entra em quadra para treinar ou jogar.
“Eu sempre disse que desejava ser o melhor ala-armador da história desse jogo. Portanto, estou em uma perseguição a Michael. Quero alcançá-lo, certamente. É claro que sei que vai ser difícil. Mas esse é o meu objetivo”, afirmou o craque do Minnesota Timberwolves, em entrevista ao jornal The Star Tribune.
Edwards acaba de finalizar a melhor campanha de sua curta, mas já impactante carreira na NBA. Teve médias de 24,6 pontos, 5,8 rebotes, 4,4 assistências e 1,6 roubos de bola em 79 jogos realizados. Registrou, além disso, os seus mais altos índices de conversão nos arremessos de quadra e longa distância. Engana-se, no entanto, quem acredita que isso deixe o ala-armador satisfeito.
“Deixei tudo o que tinha em quadra na última temporada, então sei o que preciso trabalhar para melhorar. E, antes de tudo, quero estar em uma melhor forma. Eu desejo estar mais bem preparado do que qualquer outro jogador da liga porque o basquete é algo natural para mim. O meu ano foi ok, mas poderia ter sido muito melhor”, admitiu o jogador de 21 anos.
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Defesas
O rápido caminho de Edwards para o estrelato, como resultado, fez com que fosse notado pelas outras equipes. E, com isso, as defesas passaram a vir prontas para enfrentá-lo. São planos de jogo, coberturas especiais e dobras de marcação noite após noite. Esse protagonismo, definitivamente, modificou o jogo do garoto. Mas, ao mesmo tempo, aumentou a sua motivação em quadra.
“A coisa mais divertida para mim em quadra é quando utilizam diferentes tipos de defesa contra mim, mas nada funciona. Ver o coordenador defensivo desesperado, com as mãos na cabeça. É, certamente, a coisa mais empolgante. Eles vão tentar parar-me e, como resultado, tento achar maneiras de não ser parado. Esse jogo é divertido demais”, contou o cestinha de Minnesota.
Identificar essas abordagens e estratégias para, em seguida, “quebrá-las” é uma habilidade que Edwards ainda desenvolve. Não é algo simples para um atleta de apenas 21 anos processar. No entanto, ele sente-se bem em estar nos holofotes. Ele quer, mais do que isso, ser o foco. Deseja ser quem faz a jogada certa, mas também quem carrega (e abraça) a responsabilidade.
“Eu melhorei bastante, nos últimos anos, em compreender as defesas adversárias. Preciso fazer a jogada correta por alguns minutos para, então, voltar a abrir tudo em meu favor e atacar mais uma vez. Não posso perder de vista que, no fim das contas, a jogada certa é eu arremessar. Esse é o meu pensamento entrando na próxima temporada”, cravou o jovem astro.
Dinheiro
Anthony Edwards está só no início da carreira, mas está perto de algo que Michael Jordan jamais conseguiu. O ala-armador, afinal, vai ser elegível a uma extensão prévia máxima na offseason que pode pagar-lhe US$40 milhões anuais. É óbvio que, a princípio, o Timberwolves vai oferecer esse vínculo no primeiro minuto possível. No entanto, ele garante que o dinheiro pouco lhe importa hoje.
“Estou pronto para entrar em quadra e jogar, acima de tudo. Nem estou pensando em contratos, mas isso é legal. Dinheiro é bom. No entanto, eu faço isso porque amo o basquete. Não sou um atleta por dinheiro, para ser um milionário ou coisa do tipo. Jogo basquete porque sempre quis isso. E quero que as pessoas, um dia, vejam-me e digam: ‘putz, esse cara foi um grande jogador’”, concluiu Edwards.
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