Fonte: Cameron Browne / AFPO Miami Heat está se especializando em fracassar na hora de fechar grandes trocas na NBA nas últimas temporadas. Afinal, Damian Lillard não foi o primeiro. Outros grandes nomes do mercado nos últimos anos foram veiculados a Miami, mas não teve sucesso. O Jumper Brasil relembra os outros casos.
Menção honrosa: Kyle Lowry
O grande movimento de Miami desde que Jimmy Butler chegou foi a troca por Kyle Lowry com o Toronto Raptors. Mas foi antes da campanha de 2021/22. Entretanto, você lembra que os times chegaram a negociar na trade deadline anterior?
O Heat teve muitos problemas em 2020/21 e acabou sendo varrido pelo Milwaukee Bucks na primeira rodada dos playoffs. Toronto sequer chegou a pós-temporada, o que criou a ideia de reconstrução na franquia. Lowry então, era um dos grandes nomes daquele fim de mercado e interessava aos últimos dois finalistas da NBA, Heat e Los Angeles Lakers.
No entanto, o armador veterano estava em alta e nenhum dos dois times pagou o preço exigido pelo Raptors. Por um lado, Los Angeles se recusou a envolver Talen Horton-Tucker. Já o Heat não envolveu Tyler Herro.
Por fim, isso envelheceu muito bem. O Heat conseguiu Lowry depois ao enviar Precious Achiuwa e Goran Dragic para o Canadá.
Kevin Durant
A offseason de 2022 foi uma loucura e Durant não foi o único astro especulado em Miami no período. O ala pediu uma troca do Brooklyn Nets antes do começo da temporada 2022/23. O negócio não saiu por vários motivos, incluindo o inflacionamento do mercado pelo que foi pago na troca de Rudy Gobert, mas também em um ponto que respinga no Heat. A falta de agressividade.
Pat Riley nunca cogitou ceder todos os ativos que o Nets buscava. Muitos apontavam para Bam Adebayo como um nome importante para que a troca acontecesse. Mas o Heat não estava disposto sequer a ceder Tyler Herro e um grande pacote de nomes, já que isso destruiria a profundidade do elenco.
Então, sequer houve novela. Os dois lados só negociaram até a Summer League de 2022, de acordo com Shams Charania, do portal The Athletic. A distância foi grande e nem sequer o desespero de uma temporada regular abaixo da média fez o Heat estar nas negociações do meio do ano, que enfim, levaram Durant para o Phoenix Suns.
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Donovan Mitchell
Mitchell era o plano B do Heat no mercado de 2022. No entanto, as coisas novamente não funcionaram. Em um primeiro momento, o plano principal era guardar ativos e descobrir o que aconteceria com Kevin Durant. Ou seja, mesmo sendo o segundo time mais forte do rumor, abaixo do New York Knicks, Miami ainda era conservador na questão, em prol do alvo maior.
Utah entrou em reconstrução ao negociar Rudy Gobert com o Minnesota Timberwolves. Portanto, Mitchell era o próximo a ser movimentado em prol do rebuild.
De fato, o próprio jogador esperava ser negociado com o Knicks. É bom lembrar que o atleta é nascido em New York. Mas a falta de agressividade de ambos os lados levou a uma troca para o Cleveland Cavaliers.
A extensão de RJ Barrett matou as chances da equipe favorita em fechar um acordo. Enquanto isso, a equipe da Flórida se viu na indecisão de enviar seu melhor pacote.
A temporada 2022/23 já começou complicada para o time, que já tinha perdido P.J Tucker para o Philadelphia 76ers. Além disso, após especular com os dois grandes nomes do mercado, não conseguiu nenhum.
Bradley Beal
E a tendência de perder astros no mercado da NBA já vem de algumas temporadas para o Miami Heat. A equipe sempre foi especulada como um destino para Bradley Beal quando ele resolvesse sair do Washington Wizards. E a possibilidade, enfim, virou real. A equipe era um dos principais destinos para o ala-armador no começo da offseason deste ano.
O Heat chegou a oferecer um pacote, que incluía Kyle Lowry e Duncan Robinson, além de duas escolhas de primeira rodada. Porém, novamente a oferta foi insatisfatória. Phoenix, que no princípio não estava nos rumores, enviou Chris Paul, Landry Shamet, seis escolhas de segunda rodada e quatro pick swaps.
O contrato máximo do jogador não era muito bem visto em Miami. A equipe perderia muita flexibilidade financeira. A oferta do Suns não pareceu claramente superior, mas Paul foi um ativo que se transformou em ainda mais coisas para o Washington na troca que o levou ao Warriors. Jordan Poole, Patrick Baldwin Jr, Ryan Rollins, uma escolha de primeira rodada e outra de segunda rodada no Draft foram para o Wizards.
Damian Lillard
A mais recente falha do Miami Heat no mercado da NBA é simbólica com o contexto das últimas temporadas analisado. Niguém acima estava tão na mão de Miami do que Lillard.
Mitchell preferia o Knicks, enquanto Durant queria o Suns. O interesse em Beal e Lowry era disputado e eles até tiveram sucesso em um dos casos. Mas a troca pelo astro esteve travada por meses, justamente por não haver competidor para a equipe.
Miami tentou se utilizar das baixas alternativas que o Blazers possuía para levar o jogador por um preço mais camarada. A equipe não esteve disposta a enviar todos os seus ativos. Enquanto isso, Portland não se interessou pelo principal dos envolvidos, o ala-armador Tyler Herro. A exemplo do que aconteceu com Durant, os dois lados não conversam desde a liga de verão em 2023. Ou seja, a dois meses.
A negociação se arrastou. O astro deixou claro que seu destino preferido era apenas o Heat. Mas a falta de agressividade de um lado e a paciência do outro levou ao resultado inesperado. O Milwaukee Bucks que mal estava nos rumores, fechou a troca pelo craque, enviando Jrue Holiday e ativos.
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