Fonte: Ezra Shaw/AFPAndre Iguodala é um “ponto fora da curva”, certamente, quando observamos os escolhidos MVP das finais da NBA. Trata-se de um ‘coadjuvante’, afinal, que levou um prêmio habituado a ficar nas mãos dos astros e referências das equipes. Mas, nos últimos anos, essa história diferente passou por uma espécie de revisionismo. Um grupo crescente de jornalistas e fãs creem, hoje, que a NBA errou na decisão.
“Eu mereci o prêmio, pois aproveitei ao máximo aquela oportunidade. O esquema foi montado para eu desacelerar LeBron James e, certamente, fiz meu trabalho. Além disso, a defesa estava focada em Stephen e Klay [Thompson]. Então, eu fui acionado no ataque e tomei cada decisão correta. Não costuma ocorrer em finais, mas estava pronto”, defendeu o veterano ala, em entrevista ao site The Athletic.
Iguodala ganhou votos após a final de 2015, em particular, pela defesa imposta a LeBron. É incomum – inédito, talvez – que um atleta seja premiado com a defesa como “carro-chefe”. O seu rendimento ofensivo, no entanto, também foi bastante produtivo. Ele obteve médias de 16.3 pontos, 5.8 rebotes e 4.0 assistências, com quase 44% de aproveitamento nos arremessos de longa distância.
“Eu assisto aos vídeos dos jogos e, acima de tudo, fiz tudo direitinho. Quando o jogo dizia ‘arremesse’, por exemplo, acertava. E passava a bola nos momentos exatos em que os passes abriam. Não anulei LeBron, mas acredito que dificultei suas ações. Ficou mais difícil porque precisava pensar duas vezes antes de cada decisão”, analisou o jogador, que disputa sua temporada final na liga.
Hora de Curry
As críticas à escolha de Iguodala aumentam por causa de um ponto crucial. Curry continua sem ser reconhecido com um MVP das finais, apesar dos três títulos do Warriors e excelentes médias nessas séries. O armador disputou 30 partidas em decisões da NBA, anotando 26.8 pontos, 5.7 rebotes e 6.1 assistências. O próprio veterano, aliás, já disse que o colega de elenco merecia ter vencido prêmio.
“Eu acho que essa discussão é, antes de tudo, um desserviço ao esporte. Nunca disse, afinal, que premiar-me havia sido uma má decisão. Acho que Stephen já deveria ter conquistado um troféu, sim, em algum momento. Mas isso não quer dizer que tenham sido equivocados em dar-me o prêmio em 2015. Esse debate, aliás, é totalmente absurdo”, reclamou o experiente atleta.
Andre Iguodala sabe que, por fim, questionamentos sobre seu MVP das finais não vão parar. Nenhum comentário negativo, no entanto, é maior do que o título e o troféu em sua estante. “Ouço tudo o que dizem, mas não me incomodo. A maior parte das pessoas falam isso para aparecer, né? Não responderei, pois é o que querem. Esse é o único objetivo delas, no fim das contas”, finalizou.
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