O Jumper Brasil encerra a sua cobertura da agência livre com uma última (polêmica) pergunta para você: após elegermos os melhores e piores contratos assinados nas últimas semanas, quais teriam sido as melhores contratações da offseason da NBA?
Para buscar respostas para essa questão, nos últimos dias, o site reuniu sua equipe de editores e os parceiros para opinarem sobre o assunto. A intenção foi reunir visões das mais diversas sobre os vínculos que foram finalizados nas últimas semanas. Formamos, então, um grupo multifacetado de produtores de conteúdo especializado em NBA que estão resumidos nos dez votos listados abaixo:
Integrantes Jumper | Parceiros Jumper |
Gustavo Freitas | André Rocha (Podcast Basqueteiros) |
Gustavo Lima | Layups & Threes (Colunistas) |
Ricardo Stabolito Junior | Lucas Torres (Central do Draft) |
Vinicius Donato | Podcast Amassando o Aro |
Ricardo Romanelli (Jumper Front Office) | |
Splash Brothers Podcast |
Todos os consultados receberam uma mesma pergunta: quais foram as cinco melhores contratações fechadas nessa offseason da NBA? Não foi solicitado que, necessariamente, eles citassem os atletas em ordem de preferência ou ranqueados. Houve regras, porém, para essa enquete e nem todas as transações acertadas foram elegíveis. Definimos que a votação permitiria apontar qualquer jogador que mudou de time, via troca ou agência livre, desde a reabertura do mercado (16 de novembro).
Cada voto em um atleta valeu um ponto e, no fim das contas, dez jogadores acabaram sendo citados entre as melhores contratações acertadas na offseason. Por isso, vamos ao TOP 10 do Jumper Brasil de melhores contratações desse período na NBA:
10. Josh Richardson (Dallas Mavericks, um voto)
Ala-armador, 27 anos
Aquisição: via troca com o Philadelphia 76ers
Médias na última temporada: 13.7 pontos, 3.2 rebotes e 2.9 assistências em 30.8 minutos de ação
No Mavericks, tudo gira em torno de complementar Luka Doncic – e Richardson é uma excelente aposta para fazê-lo. O jogador de 27 anos vem de uma temporada fraca em uma equipe disfuncional, mas já deu provas de que pode ser um arremessador de três pontos (tem 36.3% de acerto em 1387 tentativas na carreira) e playmaker secundário bastante competente. Mais importante, ele pode cobrir o jovem astro na defesa com a sua capacidade de marcar qualquer posição do perímetro. Foi um achado para Dallas.
9. Jerami Grant (Detroit Pistons, dois votos)
Ala-pivô, 26 anos
Aquisição: via agência livre com contrato de US$60 milhões por três temporadas
Médias na última temporada: 12.0 pontos (38.9% de aproveitamento nos arremessos de longa distância) e 3.5 rebotes em 26.6 minutos de ação
O Pistons fez um altíssimo investimento para superar a concorrência e contratar Grant, um dos destaques dos playoffs desse ano atuando pelo Denver Nuggets. Sei que pode parecer um contrato exagerado, mas há argumentos além do “leilão” do mercado para explicá-lo. Ele é, em síntese, o protótipo do jogador de garrafão moderno da NBA: um protetor de aro de elite que pode marcar qualquer posição com sua condição atlética e agilidade enquanto espaça a quadra em alto nível no lado ofensivo.
8. Montrezl Harrell (Los Angeles Lakers, dois votos)
Pivô, 26 anos
Aquisição: via agência livre com contrato de US$19 milhões por duas temporadas
Médias na última temporada: 18.6 pontos (58.0% de aproveitamento nos arremessos de quadra) e 7.1 rebotes em 27.8 minutos de ação
O prêmio de melhor reserva da última temporada foi a coroação de seguidas temporadas em que Harrell “destruiu” segundas unidades finalizando pick-and-rolls, como uma força dominante e superprodutiva. O Lakers aposta que, melhor do que o Clippers, possui um sistema defensivo mais adequado para escondê-lo: o técnico Frank Vogel deverá utilizá-lo para pressionar de maneira agressiva a bola no perímetro e importunar ballhandlers adversários, enquanto conta com Anthony Davis cuidando da proteção de aro.
7. Kelly Oubre Jr. (Golden State Warriors, três votos)
Ala, 25 anos
Aquisição: via troca com o Oklahoma City Thunder
Médias na última temporada: 18.7 pontos, 6.4 rebotes e 1.3 roubos de bola em 34.5 minutos de ação
Após a lesão de Klay Thompson, o Warriors pagou quase US$70 milhões em multas pela chance de “absorver” o vínculo de Oubre. O jovem ala não é exatamente um substituto para o craque, mas, em sua defesa, ninguém seria. Ele não é tão bom arremessador e defensor – embora venha melhorando em ambos os quesitos, nos últimos anos –, mas um pontuador versátil com estilo de jogo mais próximos de Andrew Wiggins. O técnico Steve Kerr pode usar alguém com tais qualidades para dar nova cara a Golden State.
6. Russell Westbrook (Washington Wizards, cinco votos)
Armador, 32 anos
Aquisição: via troca com o Houston Rockets
Médias na última temporada: 27.2 pontos (25.8% de aproveitamento nos arremessos de longa distância), 7.9 rebotes e 7.0 assistências em 35.9 minutos de ação
Todas as discussões sobre Westbrook são envolvidas por muita polêmica, mas estamos falando de um ex-MVP da liga eleito para um dos quintetos ideais da última temporada. Diga o que quiserem, ele é um upgrade monumental sobre Ish Smith ou o sonho de ter John Wall de volta. Seu dinamismo com a bola nas mãos e impacto em todas as áreas do jogo é uma adição estratégica a um Wizards que carece de versatilidade e tinha sua criação ofensiva inteira em cima de Bradley Beal. É um reforço acima de suspeitas.
5. Dennis Schroder (Los Angeles Lakers, seis votos)
Armador, 27 anos
Aquisição: via troca com o Oklahoma City Thunder
Médias na última temporada: 18.9 pontos (38.5% de aproveitamento nos arremessos de longa distância), 3.6 rebotes e 4.0 assistências em 30.8 minutos de ação
O primeiro movimento do Lakers na offseason foi a aquisição de Schroder, indicando que sempre o viram como potencial substituto ideal para Rajon Rondo. E, na teoria, ele é um encaixe muito interessante no sistema de Frank Vogel. Schroder habituou-se a não ter a bola nas mãos no Oklahoma City Thunder pontualmente, compondo formações com até três armadores na equipe. Defensivamente, sua capacidade como marcador “carrapato” na bola é perfeita para o expediente de pressão em ballhandlers dos angelinos.
4. Jrue Holiday (Milwaukee Bucks, sete votos)
Armador, 31 anos
Aquisição: via troca com o New Orleans Pelicans
Médias na última temporada: 19.1 pontos 4.8 rebotes, 6.7 assistências e 1.6 roubos de bola em 34.7 minutos de ação
Holiday virou a grande cartada do Bucks para tentar “segurar” Giannis Antetokounmpo na franquia. Uma aposta interessante e certeira, mas, como esperado, que não muda muito a forma da equipe de Milwaukee ao assumir o espaço de Eric Bledsoe. Ele é um marcador mais alto, técnico e versátil do que o antigo armador, que representa ainda um upgrade cavalar no lado ofensivo da quadra por ser iniciador/criador de jogadas consideravelmente superior e arremessador muito mais consistente.
3. Serge Ibaka (Los Angeles Clippers, sete votos)
Ala-pivô, 31 anos
Aquisição: via agência livre com contrato de US$19 milhões por duas temporadas
Médias na última temporada: 15.4 pontos (38.5% de aproveitamento nos arremessos de longa distância) e 8.2 rebotes em 27.0 minutos de ação
Quando um candidato ao título investe a exceção salarial média em um reforço, Ibaka é o tipo de jogador que ele busca: veterano provado, com experiência de vitória e derrota nas finais, com um conjunto de habilidades muito específico para um pivô. O congolês é um protetor de aro de elite na NBA também capaz de sair do garrafão e movimentar-se lateralmente para defender o perímetro, além de ótimo espaçador de quadra que pega rebotes em bom volume e converte 70% dos seus arremessos dentro da área pintada.
2. Robert Covington (Portland Trail Blazers, oito votos)
Ala-pivô, 29 anos
Aquisição: via troca com o Houston Rockets
Médias na última temporada: 12.8 pontos, 6.7 rebotes e 1.7 roubos de bola em 29.4 minutos de ação
Desde a saída de Al-Farouq Aminu e Moe Harkless, o Blazers sente uma falta crônica de alas que ofereçam qualquer indício de versatilidade defensiva – crucial, especialmente, por ser um time que usa muito com pivôs de ofício. Covington foi a provável aquisição mais pontual da offseason nesse panorama: um ala que revelou-se o pivô ideal para o super small ball de Houston trocando marcação no perímetro, protegendo o garrafão, quebrando linhas de passe e espaçando a quadra – o que pode fazer melhor, por sinal.
1. Chris Paul (Phoenix Suns, nove votos)
Armador, 35 anos
Aquisição: via troca com o Oklahoma City Thunder
Médias na última temporada: 17.6 pontos, 5.0 rebotes, 6.7 assistências e 1.6 roubos de bola em 31.5 minutos de ação
O Suns deu a cartada final para transformar o fenômeno da “bolha” em um padrão com a contratação de Paul, assumindo o pesado contrato do veterano. É um risco tranquilo para se correr, na verdade, afinal o armador já deu provas de que segue atuando em alto nível e aumenta o patamar de uma equipe jovem na temporada passada. Phoenix trouxe um líder dentro e fora de quadra, que toma excelentes decisões e pode liberar Devin Booker para ser mais uma ameaça atuando fora da bola – o que potencializa o ataque da equipe. É tudo o que eles queriam!
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