Fonte: Kevin C. Cox / AFPO Dallas Mavericks está à beira do total fracasso. O time ocupa a 11ª posição do Oeste e, com isso, está fora da zona de play-in a dois jogos do fim da temporada. Mas, independentemente da classificação, uma mudança não vai acontecer. Para a revolta, aliás, dos torcedores locais. O dono do Mavericks, Mark Cuban, garantiu que Jason Kidd não corre risco de demissão como técnico da equipe.
“Não há razão para uma mudança no comando técnico, antes de tudo. Afinal, não acho que os nossos problemas sejam culpa de Jason. A responsabilidade é minha. Eu não notei que não seríamos capazes de sustentar a nossa identidade defensiva com as alterações que nós realizamos. Isso impactou o entrosamento do grupo e, como resultado, tudo tornou-se incerto”, argumentou o empresário.
Na última temporada, o Mavericks chegou às finais do Oeste impulsionado por uma ótima defesa. O time texano, afinal, teve a sétima eficiência defensiva mais alta da liga. Essa qualidade realmente se perdeu, no entanto, na atual campanha. Desde a chegada de Kyrie Irving, por exemplo, a equipe possui a quarta marcação menos eficiente da competição. Toma mais de 117 pontos por 100 posses de bola.
“Vencer jogos, em síntese, é a única maneira de resolvermos os nossos problemas. Vencer e divertir-se em quadra. Ganhar só quatro de 22 partidas ‘apertadas’ nunca vai ser legal. Ninguém vai sair de quadra feliz, certamente, nessa situação e com a defesa que praticamos. E não dá, aliás, para deixar 22 jogos para serem decididos nos minutos finais. Então, todos estamos incomodados”, garantiu Cuban.
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Largar mão
A péssima situação do Mavericks na classificação provocou um movimento estranho dos torcedores. Eles não querem uma vaga no play-in, a princípio. A franquia deve uma escolha de draft para o New York Knicks, mas está protegida para o TOP 10 do próximo recrutamento. Ou seja, ficar fora da repescagem significa grandes chances de mantê-la. O dono da equipe, no entanto, descarta esse cenário.
“Eu entendo que os fãs sugiram ‘largarmos mão’, mas não podemos fazer isso. Os jogadores não vão fazer isso, certamente. Se terminarmos na loteria, então assim será. Vamos fazer o nosso trabalho e ver os prospectos disponíveis. É assim que a liga funciona. No entanto, o nosso foco está em chocar o mundo e entrarmos nos playoffs”, explicou o experiente mandatário.
Cuban está pronto para abraçar decisões impopulares junto aos fãs. Pois acredita que perder de propósito ou demitir o técnico Jason Kidd não são soluções para o Mavericks. “Estamos quatro jogos abaixo da quinta colocação do Oeste. Isso é o que somos. Temos que nos adaptar, então, e corrigir os erros desse ano. E, por fim, torcer para que isso não nos elimine já agora”, resumiu.
Liderança
Um dos pontos muitos discutidos no iminente fracasso de Dallas é a liderança da equipe. Luka Doncic, por exemplo, recebe críticas por seu comportamento não refletir o que os texanos precisam no momento. A equipe está em turbulência e, como resultado, o jovem astro sempre parece destemperado em quadra. Cuban encara os comentários como um exagero.
“Cada jogador tem um estilo de liderança diferente. Luka, antes de tudo, tem sido ótimo para a nossa equipe e deixa tudo em quadra. Mas ele é quem é. E algumas coisas equivocadas são ditas por aí sobre ele. Há momentos de frustração natural em uma história de cinco anos com um mesmo time. Afinal, só há um campeão em junho”, ponderou o magnata norte-americano.
Ele diz isso, aliás, com conhecimento de causa. Já viu essa história no passado no Mavericks. Administrá-la com paciência, no fim das contas, deu ótimos resultados. “Antes de conquistar um título, por exemplo, todos diziam que Dirk Nowitzki era soft. Que fazia isso mal, era péssimo naquilo. Até que ganhe um título, então, você não é bom em nada. Essa é a natureza dessa liga”, concluiu o empresário.
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